Já tive oportunidade de referir que não acredito que queiram prejudicar os alunos, pelo que muitos não a farão ou darão as aulas sem "assinar".
Fico à espera para ver...
É uma notícia da SIC.
"Professores e educadores iniciam hoje uma greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado que pode deixar alunos sem aulas e sem avaliação, até ao final do ano letivo, em algumas escolas.
Professores e educadores iniciam greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado
Notícias País O impacto da medida, adotada pela Plataforma de Sindicatos dos Professores, vai depender da quantidade de horas extraordinárias que cada escola tenha e pode sentir-se pouco em alguns estabelecimentos com menos serviço extraordinário, disse à agência Lusa o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira.
Os sindicatos contestam a forma de cálculo que o Governo determinou este ano para pagamento das horas extraordinárias, que dizem ser ilegal e contrariar o disposto no Estatuto da Carreira Docente (ECD).
"Apesar de o ECD ser claro sobre a fórmula a adotar, devendo a hora extraordinária calcular-se a partir das 22 ou 25 horas letivas do horário base dos docentes, o Ministério da Educação (ME) decidiu unilateralmente e ilegalmente efetuar o cálculo a partir das 35 horas, ou seja, o horário completo do docente, deixando de fora o tempo de trabalho individual que está adstrito a cada hora", lê-se em comunicado conjunto emitido pelos sindicatos.
Em declarações à Lusa, o dirigente da Federação Nacional dos Professores (FENPROF) insurgiu-se igualmente contra o projeto de despacho para organização do novo ano letivo e acusou o Ministério da Educação de querer pôr os docentes a "trabalhar de graça", no seu tempo de descanso, para preparação de aulas, correção de testes e avaliação dos alunos.
Os impactos da greve serão difíceis de avaliar para já, admitiu Mário Nogueira, explicando que primeiro é preciso fazer um levantamento do número de horas extraordinárias que cada docente tem para eventualmente se saber a repercussão.
"Há também um problema que tem a ver com o valor, decorrente da redução salarial", disse Mário Nogueira, para quem o objetivo último do Governo é preencher o horário dos professores com aulas e deixar para trabalho de casa, não remunerado, a preparação das aulas, testes e outras tarefas.
Embora o cenário possa não se colocar em todas as escolas, Nogueira assumiu que se uma turma ficar sem aulas pode ficar sem avaliação, o que atribui a "irresponsabilidade" do Ministério da Educação.
O ME indicou na semana passada ter dado orientações às escolas para seguirem as regras gerais de pagamento de horas extraordinárias.
Fonte do ME disse à Lusa estar em causa o "estrito cumprimento do estabelecido na Lei do Orçamento do Estado", pelo que as escolas deverão seguir a regra geral aplicável nesta matéria a toda a Administração Pública.
No final do primeiro dia de greve, a Plataforma de Sindicatos vai ser recebida na Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, onde exporá as suas razões.
Os sindicatos pediram para ser ouvidos alegando preocupações face "à falta de negociação em aspetos essenciais à vida das escolas e dos professores", questões relacionadas com o esperado "aumento do desemprego em setembro" e "a desorganização que a teimosa manutenção do atual regime de avaliação está a causar" nos estabelecimentos de ensino"
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Abraço!
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