A FNE quer negociar (de certeza que a FENPROF também) e envolver várias partes na concretização do novo modelo de avaliação.
Não é fácil agradar a todos, mas esta não agradava a ninguém (mentira, agradava ao ME e ao governo...)!
Numa mensagem muito concorrida (mas que, para grande frustração minha serviu para pouco) que deixei neste blogue (Os Professores não querem esta ADD. Como querem a "outra"?) notou-se que uma ADD é difícil, envolve muitos factores, muitas variantes, que não é fácil definir critérios nem medidas. Mas defendo que exista, tal como todos (quase todos).
Fico na expectativa para ver a que vem substituir esta. E disponível para dar a minha ajuda! Querem-na?
"Condenável" e "consensual" foram as expressões ontem utilizadas para comentar a revogação da avaliação dos professores e para descrever como deve ser o próximo critério a aprovar. Enquanto a ministra da Educação se empenhou em endereçar críticas ao PSD por ter contribuído para a revogação do modelo, a Federação Nacional de Educação (FNE) já olha mais para a frente e defende que, no futuro, o novo modelo seja elaborado por "forças políticas, organizações sindicais, investigadores e comunidade científica".
"Este é um acto que não irá de maneira nenhuma honrar nem o trabalho em Educação nem o trabalho da Assembleia da República. É um acto a todos os títulos condenável", considerou ontem a ministra da Educação, Isabel Alçada, a propósito da posição do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que disse apoiar a revogação do modelo de avaliação dos professores. Isabel Alçada, citada pela Lusa, disse ainda que a decisão dos sociais-democratas e restante oposição partidária é "precipitada".
O líder social-democrata entendeu, conforme declarações prestadas na sexta-feira à SIC, que a mudança votada foi uma decisão de "bom senso".
Se as trocas de acusações entre as forças políticas já eram esperadas, também a mudança do modelo de avaliação era "imperiosa", segundo os responsáveis da FNE. Ontem, em declarações ao PÚBLICO, o secretário-geral desta estrutura, João Dias da Silva, lembrou que a mudança já fora exigida ao Ministério da Educação e deveria ser concretizada até Setembro deste ano.
Lembrando que o modelo a aprovar abrange um universo entre 130 a 140 mil professores, João Dias da Silva entende que "ninguém é dono da verdade absoluta e, para se chegar a uma formula consensual, devem ouvir-se as diversas forças interessadas até que se obtenha um modelo sério, justo e transparente". Esse modelo, ainda de acordo com o presidente da FNE, "deve ser estável, mas capaz de permitir ajustamentos sempre que os mesmos sejam necessários".
Comentando o trabalho já realizado referente ao processo de avaliação (nomeadamente a apresentação do relatório de autoavaliação), o secretário-geral da FNE diz que o mesmo não deverá ser deitado fora, mas antes "aproveitado e integrado num todo que, certamente, será muito mais simplificado".
Falando ainda do processo de avaliação dos professores, João Dias da Silva disse que o mesmo não deverá destinar-se apenas para contribuir para eventuais situações de progressão na carreira. "A avaliação tem de ser entendida como um elemento de melhoria de práticas. Tem de ser formativa", acrescentou.
Quanto ao modelo a adoptar, o dirigente, embora não pormenorizando, adiantou que a FNE é favorável à avaliação de todos os docentes e que possui propostas que está disponível para apresentar e discutir com os restantes intervenientes.
Ainda antes de comentar a revogação do modelo de avaliação dos professores, João Dias da SIlva reportou-se, em declarações difundidas pela Lusa, ao reordenamento da rede escolar, condiderando que a fusão de agrupamentos tem como "único critério poupar dinheiro nos orgãos de direcção".
O PÚBLICO tentou também recolher as impressões do presidente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, o que não foi possível concretizar."
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