segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Preparados para o Acordo Ortográfico?


O tema volta a estar actual na altura em que arranca o novo ano lectivo. Já o referi por várias vezes e até disponibilizo uma mensagem (que podem aceder logo abaixo do arquivo de mensagens deste blogue) com várias ligações para ajudas neste campo.

Como já repararam, eu ainda não comecei a aplicá-lo, mas não posso fugir por muito mais tempo...




"Preparados para a nova grafia?
Sara R. Oliveira | Educare


Aplicação do novo acordo ortográfico arranca agora nos primeiros anos de escolaridade e chega ao Secundário em 2013/2014. Professores e responsáveis educativos defendem ações de formação e avisam que a convivência de duas grafias poderá complicar a adaptação.

O novo acordo ortográfico começa a sair do plano das intenções. Há jornais, canais de televisão e editoras que já adotaram a nova grafia e, este ano, alguns manuais escolares já foram publicados com as regras que progressivamente serão usadas por toda a população dos países de língua oficial portuguesa. No sistema de ensino, os primeiros passos são dados agora.

Para facilitar a vida aos alunos que já interiorizaram uma grafia, há um período de transição em que os erros não serão bem erros. Depois disso, não haverá desculpas. Tudo preparado? A resposta é sim e não.

O diretor do Agrupamento de Escolas da Sertã, Alfredo Serra, considera que ainda há coisas por fazer. "Creio que as escolas não estão preparadas porque nada foi feito para que estivessem", afirma ao EDUCARE.PT. As orientações para que o novo acordo fosse implementado foram dadas. Depois disso, avisa, "não foi feito mais nada".

"O grande problema vai situar-se nos alunos", alerta. O responsável considera que os alunos mais velhos, que entraram na escola com uma determinada grafia, poderão ter dificuldades em adaptar-se. Na opinião de Alfredo Serra, seria importante agendar ações de sensibilização pública, que explicassem o acordo ortográfico, e avançar com formações específicas sobretudo para os professores. "Até para perceber porque foram definidas essas regras ortográficas", refere. As diretivas serão cumpridas à risca no Agrupamento da Sertã. "Vamos cumprir a lei com todos os dispositivos e com a benevolência do período de transição", garante.

Quando há uma novidade, as expectativas são muitas. Para Ana Carvalho, professora de Português, haverá naturalmente dúvidas quanto às novas regras ortográficas e, por isso, a colaboração entre todos será fundamental. "A introdução da nova ortografia vai implicar muitas adaptações na vida das escolas, desde logo no quotidiano da sala de aula, com os hábitos ortográficos que já estão muito enraizados em todos", observa. A velha e a nova ortografia irão conviver durante um algum tempo e há questões a ter em conta. "Impõe-se a necessidade de converter toda a documentação produzida pela escola à nova grafia: projeto educativo, regulamento interno, projeto curricular, plano de atividades, planificação, testes, entre outros", acrescenta a docente.

Há muito trabalho pela frente. Ana Carvalho não sente que os professores estejam totalmente preparados para a aplicação do acordo. Os de Português estarão mais informados. "No entanto, a introdução do acordo será mais um desafio, entre outros, que se prendem com a implementação dos novos programas de Português no Ensino Básico e o novo dicionário terminológico". Na sua opinião, as implicações em termos de trabalho, de estudo e de investigação por parte dos professores são e continuarão a ser grandes. "Não vai ser tarefa fácil introduzir todas estas mudanças em simultâneo, tanto mais que a formação, que se exigia ao Ministério, tem sido dinamizada pelos próprios professores, com o apoio possível dos centros de formação", repara.

A professora de Português acredita que os estudantes vão adaptar-se sem muitos problemas. "O conhecimento dos alunos, neste momento, deverá cingir-se ao que já veem na televisão e ao que vão ouvindo. Será precisamente em contexto de sala de aula que vão tomar verdadeiramente consciência das novas alterações. Aqui o papel do professor de Português será muito importante, não descurando, naturalmente, os demais professores, cujo contributo, no âmbito das suas disciplinas, será igualmente precioso".

As principais dificuldades, em seu entender, relacionam-se com a insuficiente formação dada aos docentes e a existência de uma nova grafia que colide com a velha em livros escolares, artigos científicos e outras obras literárias. "Neste momento, apenas alguns manuais, muito poucos, respeitam o acordo. Por conseguinte, os professores e alunos irão trabalhar neste ano, e nos próximos, ainda com materiais impressos na velha ortografia e isto pode gerar alguma confusão nos próprios alunos e constituir mais uma dificuldade para o professor", salienta.
Na escola de Ana Carvalho tem havido a preocupação de chamar a atenção dos professores para a introdução do novo acordo, nomeadamente divulgando diversos documentos e informações disponibilizados pelas editoras, pela Direção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular e por vários docentes. A utilização de ferramentas e conversores ortográficos é também valorizada. Tudo para tomarem consciência e se familiarizarem com as principais mudanças ortográficas que também afetarão "a metalinguagem das suas disciplinas". "Penso que a preocupação da escola também se estende à restante comunidade educativa, aos pais e pessoal não docente, que necessitam igualmente de esclarecimento e informação sobre estas alterações do acordo".

"Vai parecer estranho"
Emília Espezinho, diretora do Agrupamento de Escolas Augusto Moreno, de Bragança, adianta que a introdução do novo acordo tem sido tema de conversa no seio da comunidade educativa. O assunto tem sido divulgado nas reuniões gerais dos professores, no conselho de diretores de turma, na coordenação de departamentos. Todos estão avisados do que é necessário fazer, falta agora investir na formação para passar da teoria à prática. Segundo a responsável, há vontade de marcar uma "formação intensiva nessa área". Uma iniciativa aberta a todos os professores e não apenas aos de Português. A diretora espera que a mudança seja pacífica.

Ana Maria Soares, professora de Português, também acredita que o processo será tranquilo, mas não deixa de fazer algumas observações. O mais complicado, na sua perspetiva, é o ano arrancar com manuais escolares ainda sem a nova grafia. Se todos a tivessem, todos a aprenderiam ao mesmo tempo. "Vai parecer estranho. Uns vão escrever de uma forma e outros doutra. Vai ser confuso", comenta.

"É um trabalho que vai ser iniciado e que vai ser gradual". A docente recorda que nos vários momentos em que o novo programa de Português do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico foi analisado, alguns professores foram tendo formação básica acerca do novo acordo ortográfico. Além disso, sustenta, há um período de transição que ajudará a assimilar as mudanças.

A Direção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) já definiu o calendário para a aplicação do novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa aos manuais escolares até 2015. O primeiro passo é dado durante este ano letivo. Em 2011/2012, o acordo abrange os livros do 1.º e 2.º anos de escolaridade, a área curricular disciplinar de Matemática do 4.º ano, todas as disciplinas do 2.º ciclo do Ensino Básico - exceto Educação Física, Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica do 5.º e 6.º anos e Língua Portuguesa do 6.º ano -, e o manual de Língua Portuguesa do 7.º ano e o de Matemática do 8.º ano.

Em 2012/2013, o acordo chega ao 3.º ano de escolaridade, às disciplinas de Educação Física, Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica do 5.º ano, ao manual de Língua Portuguesa do 6.º ano, a todas as matérias do 7.º ano - com exceção da Língua Portuguesa - ao Português do 8.º ano e a Matemática do 9.º ano. No ano letivo seguinte, em 2013/2014, as novas regras ortográficas são aplicadas nos manuais do 4.º ano - exceto na área curricular disciplinar de Matemática - nas disciplinas de Educação Física, Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica do 6.º ano, nos manuais do 8.º ano - com exceção de Língua Portuguesa e Matemática -, na Língua Portuguesa do 9.º ano e ainda em todas as disciplinas do Ensino Secundário. Por fim, em 2014/2015, o acordo abrange todas as disciplinas do 9.º ano, à exceção de Língua Portuguesa e Matemática.

A Porto Editora tem, no seu site na Internet, um conversor do acordo ortográfico totalmente gratuito que converte as palavras para a nova grafia e tira todas as dúvidas a quem quer utilizar a nova grafia sem erros. O que muda no emprego das maiúsculas, do hífen, na acentuação gráfica, nos grupos consonânticos e no alfabeto é também explicado com pequenos vídeos. Este conversor não funciona como corretor ortográfico.

Recorde-se que o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 pretende criar uma ortografia unificada que seja utilizada por todos os países de língua oficial portuguesa. O acordo foi assinado pelos países lusófonos que decidiram pôr um ponto final a duas normas ortográficas divergentes - a utilizada no Brasil e a usada nos restantes países -, com o objetivo de contribuir para o aumento do prestígio internacional, expansão e afirmação da língua portuguesa. Trata-se de um acordo que valoriza o critério fonético em detrimento do critério etimológico, de forma a aproximar a escrita da forma falada das palavras. A 1 de janeiro de 2012, os serviços e organismos do Estado português terão a grafia adaptada."

Abraço!



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mas ainda estamos longe de estar unidos!


Há muitas ideias, muitos sindicatos, muita preguiça, muito conformismo... Só não há união, daquela "a sério", que nos leve a fechar as Escolas uma semana se for preciso, que mostre que somos importantes e necessários!



"Professores só abandonam ministério depois de terem garantias de Nuno Crato




Em causa estão alterações introduzidas na plataforma informática dos concursos que passaram a mensais os contratos

Os professores que foram "ilegalmente" ultrapassados no concurso de colocação vão concentrar-se hoje, em Lisboa, frente às instalações do Ministério da Educação e Ciência (MEC) e dizem que só abandonam o local quando o problema estiver resolvido.


"Não vale a pena o senhor ministro vir com conversa, porque os professores só querem uma coisa: que seja feita justiça e respeitada a lei", declarou ontem ao PÚBLICO Mário Nogueira, da Fenprof.

Em causa estão alterações introduzidas na plataforma informática dos concursos que passaram a mensais os contratos que antes eram anuais, o que levou a que muitos docentes que concorreram a horários completos se vissem excluídos das listas e ultrapassados por colegas menos graduados. O MEC atirou a responsabilidade pelo problema criado para as escolas, que devolveram à tutela as culpas pela situação.

"Há muito professores que ficaram desempregados de forma ilegal e o ministério tem de assumir a responsabilidade política pelo que aconteceu", disse Mário Nogueira, frisando que "há muitos professores com muitos anos de serviço que ficaram desempregados porque, deliberadamente, foi criada uma situação pelo ministério que teve a ver com a introdução de dados incorrectos no sistema".

A meio da tarde de ontem, o ministro Nuno Crato afirmava, na Anadia, que a concentração de professores marcada para hoje "não tem razão de ser" e que "o secretário de Estado da Administração Escolar já esclareceu todos os pontos que estão em causa". Apesar disso, o ministro mostrou disponibilidade para receber os professores e esclarecer todas as dúvidas."
Abraço!

E que tal esta ideia do PCP?


Não há por aí uma lei para a Função Pública que diz qualquer coisa do género "3 contratos no máximo, ao 4º entra para o quadro"? Pois, deve ser para a "outra" Função Pública... (a tal que interessa estarmos integrados para umas coisas, mas para outras não...)

"Além disso, o PCP apresentou um projecto de lei que garante a vinculação na carreira docente dos professores contratados. Os professores com três ou mais anos de serviço “são integrados em quadro a criar pelo ministério” e “aos docentes detentores apenas de habilitação própria, o governo assegura, no prazo máximo de três anos, o acesso à profissionalização”, pode ler-se no projecto comunista. Caso seja aprovado este projecto de lei só poderá entrar em vigor no próximo ano lectivo."

Abraço!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

MEC vai corrigir erros(?)

O que é que o MEC assume como erro?

De quem foi o erro?

Vão corrigir os erros de quem?

Como os vão corrigir?

Este meu pessimismo... eu não era assim...

"Ministério promete à FNE corrigir erros detectados nas listas

A FNE recebeu do Ministério da Educação o compromisso de que serão corrigidos os erros detectados nas listas de colocação de professores e a promessa de que a legislação em vigor para os concursos será revista.

João Dias da Silva, dirigente da Federação Nacional de Professores (FNE), disse, esta quarta-feira, que as injustiças cometidas nas listas por causa da carga horária dos docentes e as regras para a colocação estão mais perto de serem corrigidas.

Uma primeira garantia recebida do Ministério da Educação é de que ainda em 2011 «vamos passar para a revisão de diploma de concurso de 2006 para eliminar aquilo que são factores que consideramos profundamente negativos», disse.

A segunda questão, continuou, foi o compromisso do Ministério no sentido de que «todas as situações verificadas de horários que devendo ser anuais foram temporários voltarão a ser colocadas à disposição dos candidatos que concorreram a horários anuais».

«Se houver circunstância em que o candidato tenha direito a esse lugar, haverá lugar à reposição da situação justa que devia ter ocorrido já na colocação anterior», acrescentou.

Segundo João Dias da Silva, esta situação «não impõe que os professores que já foram colocados percam a sua colocação, mas garante aos professores que não foram colocados nos horários a que tinham direito a colocação nesses horários».

Por ter saído satisfeita da reunião com a Executivo, a FNE não vai aderir ao protesto de sexta-feira convocado pela FENPROF."
TSF

Abraço!

"Não fui eu, foi ele!" - II


Minha não é...


"Professores excluídos: de quem é a culpa?
Educare


Ainda não se sabe. O certo é que milhares de professores que concorreram a horários anuais foram ultrapassados por docentes com menores habilitações e menos anos de serviço. Ministério garante que respeitou os pedidos das escolas, diretores dos estabelecimentos de ensino asseguram que a aplicação não está a validar corretamente.

A polémica estalou. Milhares de professores que concorreram a horários anuais ficaram automaticamente excluídos da lista de colocação porque as vagas anuais se tornaram temporárias - estima-se que mais de 85% dos horários disponibilizados na segunda bolsa de recrutamento eram temporários, quando no ano passado esse valor rondou os 29%. O Ministério da Educação e Ciência (MEC) já assegurou que está a respeitar as indicações dadas pelas escolas. A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) pede a anulação do concurso e pondera interpor uma providência cautelar.

A aplicação informática estará a ignorar os docentes que se candidataram a horários anuais porque o sistema só valida horários para um mês? O MEC garante que está a cumprir a lei, mas as escolas asseguram que não se enganaram nos pedidos de horários e que a aplicação transforma horários anuais em temporários. Na semana passada, o ministro Nuno Crato lembrou que sempre houve professores com contratos a termo de um mês. O que mudou, sustentou, foi que a Direção-Geral dos Recursos Humanos da Educação promoveu as contratações na sua plataforma. "Está a fazer-se o mesmo que já se fazia, mas não de forma automática e sem apoio central", disse.

O secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar esclareceu entretanto que os contratos temporários terão a duração mínima de um mês e que duram conforme as necessidades. "O que diz a legislação é que os contratos não podem ter um período inferior a um mês", adiantou João Casanova Almeida. O assunto, que está a perturbar a comunidade educativa, poderá não ser discutido na Assembleia da República. O BE pediu uma audição ao ministro Nuno Crato sobre a questão, mas o requerimento foi chumbado pela maioria PSD-CDS/PP. "Só falta o ministro da Educação contratar professores ao dia ou pagar a recibos verdes", comentou a deputada Ana Drago.

A situação não é consensual e está a agitar águas. O movimento de professores desempregados, criado a partir das redes sociais, vai pedir uma reunião ao Provedor de Justiça a propósito desta colocação de professores e também para abordar a condição precária dos docentes sem trabalho. "Precisamos de uma clarificação, por exemplo, na questão das contratações de escolas por mês. Parece que o Ministério se recusa a contratar ao mês em junho para poder despedir e não pagar os meses de julho e agosto. É um abuso que nos surpreende", referiu, à Lusa, Miguel Reis, do movimento.

A Federação Nacional de Educação (FNE) escreveu a Nuno Crato uma carta sobre o assunto porque, em seu entender, não faz sentido que se substitua professores aposentados ou em licença de parto por contratados a um mês. E considera uma "ilegalidade grosseira" que o prazo máximo de duração dos contratos de trabalho termine a 31 de julho, acusando o ministério de estar a provocar "instabilidade e insegurança" no corpo docente. "Se não quiser pagar o mês de Agosto aos professores que diga isso e seja claro", refere João Dias da Silva, secretário-geral da FNE.

Nos últimos dias, a FNE tem sido confrontada com diversas situações, pediu uma reunião ao MEC que está marcada para esta quarta-feira ao final da tarde. A FNE fez uma recolha exaustiva dos casos que lhe foram parar às mãos e tenciona discutir os que lhe parecem "irregulares". "Temos de perceber qual a origem destas circunstâncias", defende Dias da Silva, secretário-geral da FNE, em declarações ao EDUCARE.PT.

A FNE exige o cumprimento da lei e, para isso, sustenta que é necessário esclarecer as dúvidas quanto aos horários mensais ou anuais, percebendo se o problema está na aplicação informática ou nos horários solicitados pelas escolas ou ainda no procedimento adotado pela Direção-Geral dos Recursos Humanos da Educação. Dias da Silva diz que convém não esquecer o respeito pela graduação e pela manifestação de preferências por parte dos professores.

O Sindicato dos Professores do Norte, que está a contactar vários diretores de escolas para perceber o que passou, concorda que a situação tem de ser esclarecida e resolvida quanto antes. "Está criada uma situação de grande injustiça para os professores e de falta de transparência. Exigimos que o MEC corrija esta situação", sustenta Manuela Mendonça, coordenadora da estrutura sindical, ao EDUCARE.PT.

Depois da indicação da tutela de que as escolas seriam responsáveis pela situação, o sindicato está empenhado em esclarecer o que se passou. Até porque a última indicação é de que os diretores não assumem a responsabilidade nesta matéria. "Trata-se de uma situação que tem necessariamente de ser corrigida rapidamente. É injusto para os professores que só concorreram a horários anuais serem ultrapassados por outros com graduação inferior", afirma Manuela Mendonça.

A Associação Nacional de Professores (ANP) defende que o bom senso deve imperar. "O Ministério diz que a culpa não é sua, que é das escolas. Acontece que este procedimento foi aplicado sem qualquer problema no ano passado. Não vejo que, este ano, as direções das escolas tenham incorrido em tantos erros que lhes permitiram transformar horários que eram anuais em horários temporários", adianta Armindo Cancelinha, da ANP, ao EDUCARE.PT. A associação pede celeridade na resolução do problema. "É necessário averiguar a situação, apurar a verdade e depois agir em conformidade", acrescenta o responsável.

A FENPROF admite recorrer aos tribunais para impugnar a segunda bolsa de recrutamento dos professores se se comprovar a existência de ilegalidades. A hipótese de "recorrer aos tribunais administrativos com uma providência cautelar se houver razões jurídicas para isso, se se provar que há ilegalidades", está em cima da mesa, conforme anunciou Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF - que diz ter conhecimento de uma escola do Norte que quis declarar 14 horários anuais e 13 acabaram por ser validados como temporários. A FENPROF está também a contactar várias escolas para perceber o que está a acontecer."

Abraço!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Não fui eu, foi ele!"

 Lembram-se do "Você decide"?

 Cá vai a versão actual: 

"Os Directores são uma cambada de totós e não sabem mexer na aplicação dos concursos!"

ou

"O MEC faz uma finta ao problema e sacode a água do capote, num golpe de rins digno de um matador de toiros!"

Agora, você decide!


"Ministério responsabiliza escolas pelos problemas nas colocações

O Ministério da Educação e Ciência atribuiu hoje às escolas a responsabilidade por horários que são anuais terem sido transformados em temporários.

Em declarações aos jornalistas esta noite, depois de uma reunião com a Federação Nacional de professores, o director-geral dos recursos humanos da educação, Mário Pereira, garantiu que a plataforma central informática onde são colocados os horários por preencher “não transforma coisíssima nenhuma e respeita em absoluto o que foi colocado pelas escolas”. Vários directores têm afirmado que os horários por preencher eram anuais, mas que foram validados na plataforma da Direcção-geral dos Recursos Humanos da Educação como temporários.

Segundo Mário Pereira, a DGRHE apenas colocou na plataforma o tempo mínimo de duração de contrato. Foi essa a razão pela qual foram acrescentados automaticamente aos horários por preencher apresentados pelas escolas, uma data de Outubro próximo, acrescentou o director-geral.

Questionado pelos jornalistas, o secretário de Estado da Educação e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, escusou-se a confirmar se foi a introdução desta data que poderá ter induzido os directores em erro. “Está explicado o que os vários agentes devem fazer. Se tinham uma necessidade anual, por certo colocaram anual.”.

Segundo Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores, na segunda a bolsa de recrutamento para responder a necessidades transitórias das escolas, que ontem fechou, 87,5 por cento dos horários disponibilizados eram temporários.

No ano passado esta percentagem era de 29 por cento. “Não vejo porque é que de um ano para outro tenha de existir relação entre horários anuais e transitórios”, contrapôs Casanova Almeida, acrescentando que “as escolas colocaram os horários que necessitaram”.

Durante o dia de hoje vários professores não colocados indicaram ao PÚBLICO que os agrupamentos de escolas lhes garantiram que tinham horários anuais, mas que não estavam a conseguir disponibilizá-los como tal na plataforma da DGRHE.

Um director de uma escola secundária confirma: o facto de terem sido centralmente introduzidas datas de validade de um mês, levou a que a aplicação informática ignorasse os professores que se tenham candidatado a horários anuais. Isto aconteceu mesmo quando as escolas indicaram, na plataforma, que se tratava de facto de horários anuais.

Adalmiro Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, não esconde a sua indignação e exortou o ministério a provar que foram os directores que se enganaram: “Não acredito que um director de uma escola que precisa de preencher um horário anual o ponha como temporário. Haja Deus! Isso não cabe na cabeça de ninguém”.

A Federação Nacional de Professores vai contactar nesta quarta-feira os directores para tentar apurar o que de facto se passou. Depois desta consulta, “e se os juristas descobrirem ilegalidades, admitimos recorrer aos tribunais administrativos, apresentando providências cautelares para suspender as listas de colocação”, disse Mário nogueira.

Os professores que entretanto foram colocados estão já assinar contratos com as escolas. Na lista de graduação dos concursos muitos deles estão colocados muitos números abaixo dos docentes que ficaram sem lugar. A lista de graduação ordena os professores em função do seu tempo de serviço, dos resultados de avaliação e da nota final da sua formação.

Os professores mais bem colocados habitualmente só concorrem a horários anuais, por isso, foram automaticamente preteridos uma vez que a maioria dos lugares por preencher estavam apresentados como temporários, apesar de em muitos casos se destinarem a preencher necessidades de docentes para todo o ano escolar. “A duração máxima dos contratos era aquela que decorre da necessidade”, confirmou Casanova Almeida."



Fenprof admite ir a tribunal contra colocações "irregulares"

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) admitiu hoje impugnar nos tribunais a bolsa de recrutamento de professores caso se verifique que houve ilegalidades nas colocações, mas o Governo garante que não houve qualquer irregularidade.

Em declarações aos jornalistas após uma reunião no Ministério da Educação, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou que a organização pondera "recorrer aos tribunais administrativos com uma providência cautelar se houver razões jurídicas para isso, se se provar que há ilegalidades".

Os sindicatos contestam as colocações da segunda bolsa de recrutamento de professores para preenchimento de horários nas escolas, afirmando que nas listas há horários anuais que surgem como temporários e que por causa disso muitos professores graduados que se candidataram a lugares anuais são automaticamente preteridos em favor de outros professores menos graduados.

Por seu turno, o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, garantiu que "não há qualquer ilegalidade nem irregularidade".

"O Ministério da Educação está tranquilo por que está a cumprir a lei e os critérios que a lei determina. As escolas manifestaram os horários que pretendiam, anuais e temporários, e a Direção- Geral dos Recursos Humanos da Educação colocou-os na plataforma informática", referiu.

Para o ministério, a haver responsabilidades por erros na classificação dos horários, classificando-os como temporários quando na verdade eram anuais, será das escolas.

Mas a Fenprof mantém que muitos professores graduados, que indicaram pretender horários anuais, viram-nos fugir para colegas com menos tempo de serviço. A estes terá calhado um bónus: candidataram-se a horários temporários e acabaram por ficar com anuais.

Mário Nogueira afirma que, uma vez que "as escolas não se contactaram em rede" para lançar como temporários horários que eram anuais, "com certeza" que a responsabilidade será do ministério, que provocou algum "equívoco" ou que não deixou as escolas declararem tantos horários anuais.

O sindicalista referiu que uma escola do norte do país quis declarar 14 horários anuais e os 13 validados foram "transformados em temporários".

Mário Nogueira criticou a atual equipa do ministério, que "não se conseguiu libertar" da herança da anterior, que também fez "gafes inacreditáceis em matéria de concursos e colocações".

Afirmou que não se trata de pôr em causa a "seriedade", mas a "transparência" do processo.

A prioridade da Fenprof vai ser agora contactar as escolas para tentar averiguar de quem foi o erro. Quanto aos professores ainda por colocar, podem ter esperança de ainda ter emprego, mas para já estão a "perder tempo de serviço".

Abraço!

Professor defende direito a 'vida paralela'

Abordo este assunto meio a sério, meio a brincar - pareceu-me uma notícia boa para fugir à rotina da ADD e dos concursos que têm marcado a nossa vida.

Por cá tivemos um bela jovem professora em fotos reveladoras. Em Inglaterra têm um professor que faz poses para fotografias e entra em outras coisas...


"Professor defende direito a 'vida paralela' como ator pornô




Nas imagens, o professor aparece vestido como bombeiro (esq.) e no julgamento (dir.)

Um professor que admitiu levar uma "vida dupla" como stripper e ator pornô defendeu seu direito à privacidade para um painel disciplinar na Inglaterra. Benedict Garrett, que usa o codinome Johnny Anglais na indústria pornô, disse que outros professores fumam e bebem até cair e não são julgados por sua conduta.

O caso está sendo julgado no Conselho Geral de Ensino da Inglaterra. Garrett trabalhava como chefe de Educação Pessoal, Social, Econômica e da Saúde na escola secundária Beal High School, em Ilford, nos arredores de Londres. A história dele veio à tona no ano passado, quando alunos viram seu website, no qual ele disponibiliza fotos, vídeos e email de contato para clientes.

Em várias imagens, Johnny Anglais desempenha o que parece ser seu personagem mais bem-sucedido, vestido de bombeiro. Desde que assumiu a sua vida paralela, Garrett tem sido criticado principalmente pelo fato de ensinar, entre outros temas, educação sexual para jovens de 11 e 12 anos.

O professor diz que não se arrepende de ensinar seus alunos a "ter uma mente aberta". Ele já deu declarações afirmando que "há muitas formas mais imorais de ganhar a vida que atuar em frente a uma câmera".

"Advogados defendem pedófilos, banqueiros levantam recursos através de meios questionáveis e grandes corporações frequentemente colocam os lucros antes do meio-ambiente", argumentou.

Confissões
O professor, que continua suspenso, postou no site de compartilhamento de vídeos YouTube uma série intitulada "Confissões de um professor censurado" (em inglês, "Confessions of an X-rated teacher").

O astro pornô tem dado entrevistas a rádios, TVs e jornais. Brinca com seu nome, (Benedict, ou bento, "um nome perfeitamente católico") e diz que ganha 300 libras, ou mais de R$ 800, por aparição ("metade do que ganham as mulheres").

Para o professor que apresentou as acusações durante a audiência de Garrett no Conselho de Educação inglês, entretanto, os argumentos não convencem.

"Realizar trabalhos de natureza pornográfica mina a confiança pública e a reputação da profissão e da escola", afirmou o especialista. Garrett admitiu as acusações, mas sustentou que elas não constituem nenhum desabono à sua competência profissional.

Ao deixar a sede do Conselho onde seu caso está sendo julgado, ele falou à imprensa britânica. "Professores do norte ao sul do país bebem e fumam, mas o fato de você concordar ou discordar não os impede de serem incríveis na sala de aula."

O painel de especialistas continuará nesta terça-feira a analisar o caso para decidir se e como Garrett será punido."
BBC Brasil
Abraço!

BR2: falsos temporários!

É grave! É muito Grave!

Mais uma vez brincam connosco.

Creio que não restam dúvidas que muitas colocações "temporárias" na BR" não o são. 

Amanhã muitas Escolas vão receber telefonemas para questionar se os horários que lançaram a concurso são ou não anuais pois já muitos se aperceberam desta situação.

Bastam 2 exemplos: Quando o mesmo Agrupamento tem 3 colocações temporárias no mesmo grupo, ou.quando muitas, mas muitas mesmo, colocações acabam em Outubro num "desvio" de uma semana...

Quem concorreu só a anuais, com todo o direito, assim não faca colocado nas BR. E quem o fez, salvo excepções, está melhor graduado e pode-se dar a esse "luxo". Mas vai ficar de fora, pelo menos até virem as contratações de Escola para todos.

Espero por reacções "de cima". Por enquanto leiam esta notícia (foi a única que encontrei, mas devem aparecer muitas mais durante o dia...)



"Docentes exigem anulação
Concurso de professores gera revolta

Os resultados da colocação de professores contratados através da segunda Bolsa de Recrutamento, que foram conhecidos ontem, geraram uma onda de revolta.

Professores que concorreram a horários temporários foram colocados, ultrapassando outros mais bem posicionados na lista graduada mas que concorreram a horários completos e ficaram de fora. Isto porque os horários foram lançados com a duração de um mês, quando de facto serão renovados até final do ano escolar. Há ultrapassagens de 2 mil lugares.

O CM recebeu inúmeros contactos de professores, e em blogues multiplicavam-se comentários de indignação. Muitos ameaçam recorrer e outros exigem a anulação do concurso. Contactado pelo CM, Mário Nogueira (Fenprof) afirmou que, "se o problema não for corrigido, uma delegação da Fenprof vai amanhã [hoje] ao Ministério da Educação e Ciência exigir explicações. Confrontado pelo CM, o gabinete do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, afirmou: "O concurso está a decorrer conforme a lei.""
Correio da Manhã

Abraço!

domingo, 18 de setembro de 2011

Contratos: só eu é que estou de "pé atrás"?

O meu "pé atrás" deve-se a isto:

"Desde que a necessidade subsista" não é bem a mesma coisa que "até ao fim do ano lectivo"! Ou melhor, é, pois a necessidade é até ao fim do ano escolar. Mas a interpretação dos sr.s lá de cima pode ser outra...

E como fica "no ar", arrastam o assunto para fins do ano lectivo e depois vê-se o que acontece...


"Contratos até Agosto

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) esclareceu ontem que as escolas podem celebrar contratos até 31 de Agosto com os professores que contratarem directamente até final do ano lectivo. Trata-se da chamada contratação de escola, para substituição de docentes aposentados ou doentes e usada também por escolas com autonomia e em caso de recusa de colocação pela bolsa de recrutamento.

"Caso se mantenha a necessidade até final do ano lectivo, os contratos terminam a 31 de Agosto", garantiu o MEC ao CM. Mário Nogueira (Fenprof) disse que esta posição configura um "recuo" do MEC e "resolve o problema" e lamentou que a nota informativa emitida ontem pela tutela não fosse tão clara.

Os sindicatos tinham acusado ontem a tutela de tentar terminar os contratos a 31 Julho, cometendo uma ilegalidade para poupar alguns milhões de euros com os salários de Agosto. As acusações surgiram após uma nota informativa emitida quinta-feira pela Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação, que impunha contratos a termo incerto com a duração mínima de 30 dias. "O problema não é os contratos terem 30 dias, porque são prorrogados sucessivamente, mas sim quando acabam. E a nota diz que o contrato termina a 31 de Agosto ‘desde que a necessidade subsista’, cinco palavras assassinas que podem levar as escolas a terminar os contratos no fim das aulas", afirmou Nogueira.

Ao final do dia de ontem, o MEC emitiu uma nota a sublinhar que "os professores assinarão com as escolas um contrato com a duração da necessidade transitória identificada pelo estabelecimento de ensino". Para Adalmiro Fonseca, da Associação de Directores de Escolas Públicas, fica claro que "os contratos serão até 31 de Agosto, com as férias a que o professor tem direito, como manda a lei".

PROTESTO DE PROFESSORES DE NORTE A SUL

Professores e educadores voltaram ontem à rua, com protestos de norte a sul do País, para mostrarem o seu descontentamento contra o desemprego, a precariedade e a instabilidade profissional. De manhã, em Portalegre e Beja, os professores apostaram na sensibilização da população. Em Lisboa, a concentração realizou-se à tarde, no Largo Camões, e contou com representantes da CGTP e da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). Juntou cerca de 50 professores. A fraca adesão foi justificada por João Barreiros, da CGTP, com o horário que impediu que as pessoas saíssem do trabalho. Em Faro, uma centena de professores contestou as novas políticas de educação. Houve também protestos no Porto, Coimbra e Évora.

CRIANÇAS EXIGEM ESCOLA EM MARCO DE CANAVESES

"Queremos a nossa escola", gritam os alunos da EB1 de Sande, em Marco de Canaveses, após terem conhecimento que o estabelecimento vai encerrar. Depois de, anteontem, os pais não terem chegado a um consenso com os representantes da Direcção Regional de Educação do Norte e com a câmara municipal, os encarregados de educação garantem que a luta é para continuar até "abrirem a escola ou garantirem o transporte até ao novo centro escolar".

Segunda-feira, pais e crianças prometem estar novamente junto ao portão da Escola Básica de Sande, em mais uma acção de protesto. Os encarregados de educação não desistem e asseguram que as crianças continuarão a não ir à escola até que o problema seja resolvido."
Correio da Manhã


Abraço!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

BR's todas as Segundas?






Pelo menos a do dia 19 (Segunda-feira) parece certa, interpretando este belo documento da DGRHE de 16 de Setembro:

"A partir da próxima segunda-feira, dia 19 de Setembro, estará disponível a aplicação

destinada aos recursos da Bolsa que correu no dia 12. A aplicação destinada aos

recursos da Bolsa que correr no dia 19 estará disponível desde o dia 26 até ao dia 30, e

assim, sucessivamente."

Interpretam como eu?

Abraço!

MEC fará contratos com o mínimo de um mês para docentes em falta

É o fim da macacada!

O MEC consegue sempre surpreender-nos com estas "invenções" para poupar tostões!

E eu a pensar que era um erro da aplicação... é, sem dúvida, para nos roubar um mês 8ou mais) de vencimento, de uma forma bastante vergonhosa (no mínimo!).

Brincam com os contratados!

(Artigo na sequência deste do Público.)

"João Casanova de Almeida esclareceu que os professores em falta nas escolas terão contratos com a duração mínima de um mês, que "durarão enquanto as necessidades durarem". Nuno Crato afirmou que sempre houve professores com estes contratos, mas que este ano se verificou uma renovação automática."O que diz a legislação é que os contratos não podem ter um período inferior a um mês", afirmou João Casanova de Almeida aos jornalistas, sublinhando que os mesmos "não têm termo certo" e que um mês "é a referência mínima".

A edição de hoje do Público avança que as escolas com falta de professores só poderão celebrar contratos mensais com os docentes que vierem ainda a contratar, o que configura uma "alteração nos procedimentos de colocação de professores".

Contudo, de acordo com aquele governante, que falava à margem da inauguração de uma escola em Almancil, não houve qualquer alteração nos mecanismos de colocação de professores, tendo havido sim uma diferente "interpretação" da lei.

O PCP insurgiu-se contra a decisão do Ministério da Educação de celebrar com docentes contratos a termos de um mês, considerando que se trata de uma medida que agrava a precariedade e é contrária à excelência no ensino.

A posição dos comunistas foi manifestada pelo deputado comunista Miguel Tiago, depois de entregar uma pergunta dirigida ao ministro da Educação, Nuno Crato, sobre esta mesma matéria.

"Fomos confrontados com uma contratação que está a ser levada a cabo nas escolas sob a insígnia do agravamento da precariedade. Com contratos de um mês, como aqueles que agora estão a ser autorizados, a precariedade será ainda mais sentida", sustentou o deputado do PCP.

Para Miguel Tiago, esta prática do Ministério da Educação e Ciência, "de contratação à peça dos professores por um mês, é totalmente incompatível com o objetivo de estabilidade do corpo docente".

"Com isto o Governo quererá certamente poupar dinheiro, não pagar todos os meses que estão previstos nos contratos, mas há uma questão que se finge em ignorar, porque os contratos são de um ano e os horários para os quais estes professores estão a ser contratados são anuais", advertiu o deputado comunista.

Segundo Miguel Tiago, o Governo "sabe que está a aprofundar a precariedade, a desvalorizar o trabalho do docente e a provocar instabilidade".

Esta medida, acrescentou o deputado do PCP, "é frontalmente contra tudo o que este Governo diz defender: a qualidade, a excelência e a estabilidade".

A FENPROF exigiu uma reunião urgente ao Ministério da Educação e Ciência para resolver os problemas de colocação de docentes, que considera graves, contendo "ilegalidades".

Em carta dirigida ao Ministério da Educação e Ciência (MEC), a Federação considera necessário resolver o quanto antes "todas as ilegalidades que estão a ser cometidas em torno da colocação de professores".

De acordo com a FENPROF, continuam a faltar professores em muitas escolas, a colocação através da bolsa de recrutamento é "verdadeiramente opaca" e os professores estão a ser contratados ao mês para períodos de maior duração, que podem mesmo chegar ao final do ano letivo.

Os sindicatos questionam também os critérios utilizados pela Direção-Geral de Recursos Humanos da Educação e a forma como decorrem as "ofertas de escola", denunciando falta de transparência no processo.

"A FENPROF considera urgente a realização desta reunião, tanto mais que os ofícios que enviou ao MEC, expondo alguns destes problemas, não mereceram qualquer resposta", lê-se em comunicado hoje divulgado pela estrutura sindical.

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, afirmou hoje que sempre houve professores com contratos a termo de um mês, mas que este ano se verificou uma renovação automática.

"É um processo que sempre existiu e não há novidade em relação a isso", afirmou o governante à margem da inauguração do Centro Escolar de Valpaços e em resposta a críticas de sindicalistas.

Acrescentou que se trata de um processo habitual nesta fase e que a única coisa que mudou este ano foi que a Direção-Geral dos Recursos Humanos da Educação (DGRHE) promoveu na sua plataforma essa contratação.

"Está a fazer-se o mesmo que já se fazia, mas não de forma automática e sem apoio central", salientou.

Nuno Crato fez questão de salientar a "grande normalidade" em que está a decorrer a abertura do ano letivo, o grande empenho dos professores e o facto de se ter resolvido o problema latente da avaliação docente.

O secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE) considera "irracional" que o ministro da Educação pretenda fazer a substituição de professores aposentados ou em licença de parto por outros com contratos a um mês.
"O ministro, que até é matemático, como é que sustenta uma situação que não tem racionalidade nenhuma?", questionou João Dias da Silva, que dirigiu uma carta ao ministro Nuno Crato sobre o assunto.

O sindicalista disse que os contratos a um mês já são utilizados para substituir professores com doenças pontuais, mas discorda que se adote essa solução para substituir os que se aposentam ou estão em licença de parto, porque no primeiro caso não regressam à profissão e no segundo ausentam-se durante vários meses.

Dias da Silva, que falava à entrada de um congresso de técnicos administrativos e auxiliares de educação, em Lisboa, disse também que tem dúvidas sobre a legalidade desta medida do Ministério da Educação.

Segundo o dirigente da FNE, a decisão do ministro da Educação e Ciência poderá ter como objetivo não pagar o mês de agosto aos professores contratados a um mês.
"Se não quiser pagar o mês de agosto aos professores, diga isso e seja claro", defendeu Dias da Silva."
Educare

Abraço!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ainda não sabem?(!)

Governo compromete-se a descobrir quanto gasta com a formação de cada aluno no ensino público

Abraço!

Educação: afinal está tudo bem(?)!

Não são precisos sobressaltos cívicos, o IVA não vai trazer problemas... Está tudo bem(?)!

Passos abre escolas com defesa de cortes "por moralização"

Crise: Preços do Gás e Electricidade não criam problemas às escolas

Abraço!

Biologia: Parabéns Diogo!

Mais uma mensagem para nos elevar a moral e o orgulho em sermos portugueses.

"Biologia: Ministro felicita aluno que conquistou bronze

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, felicitou esta segunda-feira a equipa portuguesa pelo resultado obtido nas V Olimpíadas Ibero-Americanas de Biologia, em que um aluno de uma escola de Caldas da Rainha conquistou uma medalha de bronze.

As V Olimpíadas Ibero-Americanas de Biologia decorreram entre 5 e 11 de Setembro na Costa Rica, tendo a equipa portuguesa regressado hoje a Portugal.

Diogo Maia e Silva, de 18 anos, aluno da Escola Secundária Raul Proença, nas Caldas da Rainha, conseguiu um "resultado inédito para Portugal, ao conquistar uma medalha de bronze", realça um comunicado do gabinete do ministro Nuno Crato.

Além de Diogo Maia e Silva, participaram nestas Olimpíadas Rui Pedro Nunes, da Escola Manuel Bernardes, em Lisboa, Beatriz Madureira, do Colégio São Miguel, em Fátima, e Ana Beatriz Teixeira, do Agrupamento de Escolas de Castro Daire.

Portugal organizará em 2012 as VI Olimpíadas Ibero-Americanas de Biologia, em Cascais.

As Olimpíadas Ibero-Americanas de Biologia visam promover o estudo das ciências biológicas e estimular o desenvolvimento dos jovens talentos nesta ciência.

Diogo Maia e Silva, o primeiro aluno português a conquistar uma medalha de bronze nas Olimpíadas Iberoamericanas de Biologia, acredita que Portugal poderá aspirar à medalha de ouro na próxima edição do evento.

"A minha classificação foi uma agradável surpresa e um sinal de que no próximo ano, em Portugal, podemos aspirar a uma classificação mais alta e até conquistar a medalha de ouro", disse à agência Lusa Diogo Maia e Silva à chegada da comitiva portuguesa ao aeroporto de Lisboa."
Correio da Manhã

Abraço!

O esperma feliz de Nuno Crato

O título não é meu, mas deixei-o por ser sugestivo. No fim do texto vão perceber de onde veio.

Em defesa da Educação, João Esteves:


"O esperma feliz de Nuno Crato

João Lemos Esteves (www.expresso.pt)

1. Portugal vive assolado por uma grave crise financeiro - é um dado inquestionável. Todos devemos participar nos sacrifícios para reerguer a nossa Nação - é uma verdade, mas infelizmente, parece que o governo Passos Coelho tem mais coragem para atacar uns (os mais fracos) do que outros (os mais poderosos). Todavia, os cortes na despesa não podem ser cegos. Não podem comprometer o futuro do país e da nossa geração. A juventude portuguesa merece - e deve! - ser ouvida e respeitada neste processo. Mesmo em cenário de crise financeira, o governo - por muito liberal que seja! - não pode retirar o único instrumento de ascensão social para a grande maioria dos portugueses: a educação. E a aposta na educação passa por valorizar a escola pública, sem coarctar a liberdade de escolha individual. Passemos a desenvolver esta ideia.

1.1. Em primeiro lugar, reiteramos que qualquer política de educação em Portugal tem de colocar a escola pública num lugar central. Todos os dias ouvimos inúmeras críticas à escola pública - parece mesmo que nasceu um preconceito em relação a tudo que pertence ao Estado, ou seja, a todos nós. Parece que a escola pública é o problema central da educação no nosso país. Mas não é. Bem pelo contrário: a escola pública permitiu que Portugal registasse um acréscimo brutal no índice de escolaridade da nossa população, desde o início do processo de democratização. Foi a escola pública que formou muitos dos quadros, dos cérebros que Portugal não teve condições de fixar, dada a fraqueza do seu sistema económico. Foram os professores (que incluem os hoje tão ridicularizados "funcionários públicos") que todos os dias, dando o seu melhor, passando por enormes sacrifícios e tormentos pessoais, alimentaram e deram concretização ao sonho de milhares de portugueses em alcançar uma vida melhor. E muitos, com mérito, conseguiram. São as Universidades públicas portuguesas que merecem o respeito e a admiração das suas congéneres europeias e mundiais, aparecendo nos rankings das publicações com melhor crédito na matéria (v.g., do Financial Times). Não, caros leitores: a culpa dos falhanços da educação portuguesa não é da escola pública. Muito menos dos professores - cujo trabalho deve ser louvado e incentivado. O problema, caros leitores, é que o poder político brincou com a sua educação (ou dos seus filhos e netos).

1.2. Dir-me-á que a escola pública é excessivamente burocrática. Pois bem, mas a culpa é dos políticos que gizaram morosos procedimentos administrativos que, na prática, impedem os professores de tomar decisões com a brevidade necessária. Os professores, como funcionários do Estado, limitam-se a aplicar a lei que o poder político - insensível à realidade! - insiste em manter. Dir-se-á que a escola pública é indisciplinada. Pois bem, mas foi o poder político que aprovou o estatuto do aluno e um quadro legal que impede os professores de reporem a ordem na sala de aula sem serem penalizados. Tudo isto deve ser resolvido pelo actual governo para valorizar a escola pública - não para a prejudicar , diminuindo a sua qualidade a favor dos privados.

2. O memorando assinado com a troika prevê um corte significativo nas despesas com a educação, propondo o agrupamento de escolas e a dispensa de professores. Atenção: reorganização do parque escolar tem de ser feita com rigor, garantindo a qualidade de ensino a todos os portugueses, dotando as escolas dos meios necessários (nomeadamente laboratórios e bibliotecas) - sem (nunca!) esquecer os alunos com necessidades educativas especiais. Quanto aos professores, sou sincero: se para reforçar o ensino da matemática, do português e do inglês for necessário manter os professores (ou até contratar novos), preciso manter que o Estado gaste o dinheiro dos nossos impostos neste sector do que noutros menos relevantes. É possível cortar noutro tipo de despesa - por exemplo, consumos intermédios, assessores dos gabinetes ministeriais, empresas públicas - e manter uma escola pública apta a satisfazer as necessidades educativas dos jovens portugueses. O Estado deve-se preocupar com a escola pública em primeiro lugar. Qual, então, o papel da escola privada? De complementaridade: o Estado não deve hostilizar, mas não tem a obrigação de as promover. Aqui funciona a regra do mercado, reconhecendo-se a liberdade de escolha das famílias.

3.Por último, sabemos que o governo quer avançar com o cheque-ensino: ou eja, as famílias recebem um montante para financiarem, caso optem, a escola do seu filho, facilitando, assim, a inscrição em escolas privadas. Eu não concordo com tal medida: primeiro, o Estado não consegue garantir que as verbas que concede às famílias são exclusivamente canalizadas para a educação dos filhos; segundo, porque poderá a uma desresponsabilização do Estado pela promoção da qualidade de ensino e pela defesa da escola pública. Com efeito, a escola pública poderia, em tal cenário, descer drasticamente a sua qualidade, sul-americanizando-se - isto é, ficando apenas para os mais pobres e matando todos os sonhos (e exigências!) de promoção social. Utilizando a célebre expressão de Warren Buffet, o governo Passos Coelho, mais do que concretizar os seus fétiches liberais, deve promover a escola pública como nenhum outro governo o fez, para que a educação não seja um privilégio do "esperma feliz" (dos portugueses que nascem em famílias ricas). Esperemos que essa não seja a ideia de Nuno Crato - converter a educação em algo reservado ao "esperma feliz", aos que mais têm e, por conseguinte, mais facilidade revelam no acesso à educação."

Concordar com Nuno Crato

Eu até acredito que este ministro é melhor do que as anteriores.

Acredito que está "limitado" com estes cortes impostos, as ideias dele ficam limitadas. Gostava de o ver gerir o MEC sem estas limitações, creio que teríamos a ganhar.

Sobre as Novas Oportunidades, continua crítico - e coerente com o que já defendia - pelo que põe "água na fervura" quando se fala neste belo aumento de "diplomados" no Ensino Secundário.

(E temos também a reacção da sra. Isabel Alçada na TSF.)

"Nuno Crato diz que estudo da OCDE “esconde realidade” portuguesa

O relatório “As Perspectivas da Educação 2011” mostra que a taxa de obtenção do diploma do secundário subiu 34 por cento (Rui Gonçalves/Nfactos)

O ministro da Educação desvalorizou hoje os resultados de Portugal no relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), no qual surge como o país com maior taxa de obtenção de diplomas do ensino secundário.

Em declarações aos jornalistas, Nuno Crato sublinhou que a taxa de sucesso de 96 por cento dos alunos do secundário inclui o programa Novas Oportunidades, o que “inflaciona em muito os números”.

Para o ministro da Educação, o relatório da OCDE apresentado hoje em Paris “esconde a realidade” do país.

“Temos sido muito críticos em relação a distribuir diplomas porque isso não resolve os problemas do país. O que resolve é a formação”, defendeu Nuno Crato no final de uma reunião de quatro horas com o Conselho Nacional de Educação.

O relatório “As Perspectivas da Educação 2011” mostra que a taxa de obtenção do diploma do secundário subiu 34 por cento de 2008 para 2009, colocando Portugal com a maior taxa de aumento na obtenção de diplomas do final do ensino secundário, apenas rivalizando com a Eslovénia.

Porém, o país encontra-se, juntamente como o Brasil, México e Turquia, num patamar muito inferior ao maioria dos países da OCDE já que mais de metade daqueles entre os 25 e os 64 anos não completaram o ensino secundário.

No documento refere-se que o programa ‘Novas Oportunidades’ foi lançado em 2005 para oferecer uma segunda oportunidade àqueles que interromperam os estudos numa idade precoce ou que estão em risco de o fazer, ou ajudar aqueles que já estão entre os [trabalhadores] activos mas desejam aumentar o seu nível de qualificações”.

“Estamos preocupados com a qualificação real dos portugueses”, garantiu o ministro, lembrando que as Novas Oportunidades estão “em avaliação profunda”.

Neste momento, os centros de Novas Oportunidades estão a ser avaliados “para tentar perceber a real empregabilidade dos centros”, disse Nuno Crato, reconhecendo que “no programa existem coisas boas mas também coisas que foram feitas para as estatísticas”.

“O programa ‘Novas Oportunidades’ foi lançado em 2005 para oferecer uma segunda oportunidade àqueles que interromperam os estudos numa idade precoce ou que estão em risco de o fazer, ou ajudar aqueles que já estão entre os [trabalhadores] activos mas desejam aumentar o seu nível de qualificações”, sublinha o documento da OCDE, que refere que cerca de 35 por cento dos diplomados têm mais de 25 anos.

As Perspectivas da Educação 2011 apontam para um aumento “sensível” dos salários dos professores do primeiro ciclo do ensino secundário (após 15 anos de carreira) em Portugal, em percentagem do PIB por habitante, entre 2000 e 2009, ao contrário da tendência geral no espaço da OCDE."

Abraço!

Pode-se ser mau por mais tempo

Como mudaram os ciclos de avaliação, os "maus" professores podem dar aulas até mais 8 anos, em vez dos anteriores 4 - no caso dos quadros.

Deixo uma pergunta no ar: como é que se pode ter maus professores a dar aulas?  É o sistema...

"Nova avaliação. Um mau professor vai ficar o dobro do tempo a dar aulas

Nuno Crato foi menos severo: os professores dos quadros com insuficiente podem ser retirados das aulas ao fim de oito anos. No caso dos contratados são dois anos

Retirar um mau professor da sala de aula vai demorar mais tempo. O dobro do tempo, para sermos exactos. Uma das diferenças entre este e o próximo modelo de avaliação é a benesse que se dá a um docente avaliado com insuficiente, que vai poder permanecer mais tempo a ensinar. No caso dos contratados são dois anos, mas entre os docentes integrados na função pública esse período prolonga-se por oito anos.

No sistema que vai entrar em vigor após o acordo que o Ministério da Educação alcançou com sete dos 13 sindicatos, um docente dos quadros que obtenha a nota mais baixa em duas avaliações consecutivas ou três intercaladas fica sujeito a um processo de averiguações instaurado no seu agrupamento ou escola, esperando o seu desfecho para saber qual a sentença.

No modelo antigo também seriam precisas duas classificações negativas para questionar a competência de um professor, mas agora, ao estender em média os ciclos avaliativos de dois para quatro anos, só ao fim de oito é que um mau docente pode vir a ser afastado do ensino. O velho sistema era mais severo com os docentes insuficientes em duas avaliações consecutivas: ao fim de quatro anos, se o seu desempenho não melhorasse só existia uma saída: deixar de dar aulas e receber formação para reconverter a carreira. Significa isto que o docente seria impedido de leccionar, passando a desempenhar outras funções na sua escola ou em qualquer outra.

Os contratados, que são avaliados todos os anos, têm esse período quatro vezes mais reduzido. Antes ficavam impossibilitados de renovar contrato ou de celebrar um novo e ainda de concorrer ao concurso nacional com uma nota insuficiente; agora são necessárias duas classificações negativas (ou três intercaladas), mas apenas são afastados do ensino três anos lectivos.

Não é só neste ponto, aliás, que o modelo diferencia um professor dos quadros e um contratado. Quem tem um vínculo laboral precário continua a ter efeitos da avaliação no concurso nacional - bom e muito bom tem uma bonificação de um ponto (antes o excelente valia dois pontos e o muito bom valia um). Para a colocação dos docentes do quadro nas escolas esses efeitos desaparecem, respondendo a uma das principais reivindicações dos sindicatos.

Os contratados estão também impedidos de solicitar aulas observadas. Não havendo quem lhes assista as aulas, será impossível candidatarem-se à nota excelente. A avaliação de mérito não tem consequências no concurso nacional nem na promoção profissional, uma vez que estes professores não estão integrados na carreira docente. Para a Associação Sindical dos Professores Licenciados (que está entre os seis sindicatos ou federações que não assinaram), uma das principais razões para não ter chegado a um acordo com o ministério reside "também no facto de a tutela não tratar com equidade e justiça os professores contratados", esclarece a dirigente Fátima Ferreira."

Abraço

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dupla grafia aceite nos exames até 2013

Tem a sua lógica, uma vez que a adapatação não vai ser da noite para o dia. Se para os professores vai ser complicado, para os alunos ainda pior...

(Adicionei esta mensagem na das ajudas para o Acordo Ortográfico que podem consultar através da ligação que criei logo abaixo do aquivo de mensagens)

"Dupla grafia aceite nos exames até 2013

O Acordo Ortográfico (AO) da Língua Portuguesa entra em vigor este ano lectivo no sistema de ensino, mas "serão consideradas como válidas ambas as grafias" nos exames nacionais e nas provas de aferição, esclarece o Ministério da Educação e Ciência (MEC). Ou seja, durante o ano, os alunos serão penalizados se escreverem segundo as regras anteriores ao AO. Já nos exames e nas provas de aferição, tanto podem escrever "acção" como "ação", que não será considerado erro.

A explicação está no facto de os manuais escolares estarem ainda escritos com a grafia antiga, e de a adaptação às novas regras ir ser feita de modo progressivo, sublinha o MEC.

Assim, só a partir do ano lectivo 2013-2014, passará a ser aceite exclusivamente a nova grafia, para os exames do 6º ano. Já nos exames dos 9º, 11º e 12º anos, e nas provas de aferição do 4º, serão consideradas válidas exclusivamente as novas regras apenas em 2014-2015.

Edviges Ferreira, presidente da Associação de Professores de Português, considera positivo haver um período de adaptação no caso dos exames, mas aconselha os docentes a não perderem tempo. "Devem começar já a ensinar a grafia moderna", disse ao CM, defendendo que os alunos sejam penalizados na classificação dos testes feitos ao longo do ano se escreverem à moda antiga: "Entendo que se deve penalizar os erros, mas isso fica ao critério dos professores".

Noutro âmbito, o MEC deverá definir esta semana quanto valem na nota final os novos exames do 6º ano, a Matemática e Língua Portuguesa. "Já devia estar definido" disse ao CM Elsa Barbosa, da Associação de Professores de Matemática. Miguel Abreu, da Sociedade Portuguesa de Matemática, defende uma ponderação "um pouco inferior aos 30%" aplicados no 9º."
Correio da Manhã

Abraço!

Escolas: aumenta o IVA, aumentam as despesas

Uma despesa maior com menos verbas...

É só não contratar um professor que isso fica coberto...


"Escolas correm risco de não conseguirem pagar a luz


Aumento do IVA fará despesa subir em mais de 3000 euros

O aumento do IVA sobre a electricidade e o gás para 23%, associado aos cortes no financiamento do ensino público, pode levar muitas escolas à falência, avança o DN.

O presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Adalmiro da Fonseca já alertou para a situação. “ Como vão conseguir manter as escolas em funcionamento, sobretudo com esta despesa de IVA?”, disse o presidente.

Adalmiro da Fonseca acrescenta ainda que muitas escolas deixarão de ter aquecimento e admite que as visitas de estudo, bem como as actividades curriculares terão de ser bem coordenadas devido aos gastos. Só assim se poderá poupar algum dinheiro.

Segundo o jornal, não será difícil as escolas verem a sua factura electrónica anual aumentada em cerca de 3400 euros mensais na conta da luz. “ Este tipo de encargos – luz, gás, água – representa muito dinheiro, refere Manuel Esperança, presidente do Conselho das Escolas.

Manuel Esperança recorda que já houve muitos gastos energéticos, nomeadamente nas escolas que tiveram a intervenção da empresa Parque Escolar. Contudo, todos esses gastos eram pagos pelo ministério da Educação.

Neste momento, o sector da educação terá menos dinheiro, menos vagas e menos escolas."

Abraço!

Nova ADD: FNE satisfeita

Esta posição de "satisfação" da FNE pode ser lida aqui.

Conseguiram "tudo" menos as quotas, dizem eles.

Fico com dúvidas/estupefacções:

1 - Quem não trabalhar 180 não é avaliado ou vai ter uma avaliação diferente? É que sem bom ou muito bom não têm o tal valor a mais na graduação...

2 - Ser bom ou muito bom é o mesmo para efeitos do concurso???

3 - Porque raio é que os contratados não podem tirar excelente? (Eu sei a resposta, tal como vocês, é uma questão de euros, mas deixo a pergunta na mesma...)

4 - Os contratados vão ser as cobaias deste novo modelo? Só se aplica a nós?

5 - "... todo o tempo acumulado de contratos é considerado, quer para efeitos de concurso, quer para efeitos de ingresso em carreira." - Fomos descongelados?

Leiam e digam de vossa justiça!



No Público:

"FNE satisfeita com acordo assinado com o Ministério da Educação

Problema das quotas ficou por resolver, admitiu João Dias da Silva (Rui Gaudêncio)

O problema das quotas fica por resolver, mas as preocupações dos professores ficaram maioritariamente consagradas no acordo obtido, disse ao PÚBLICO, João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE).

A assinatura do acordo dependia da apreciação global de tudo o que estava em cima da mesa, reconheceu aquele dirigente sindical. A reivindicação mais importante era que “todos os professores com classificação de Bom ou Muito Bom tivessem a expectativa de atingir o topo da carreira no decorrer da sua vida normal como docentes”, disse Dias da Silva. E acrescentou: “As nossas preocupações ficaram maioritariamente consagradas no texto final”

Esse acordo fora atingido em 2010, mas a sua concretização ficara dependente de um despacho e de uma portaria que “encalharam no Ministério das Finanças”, explica o secretário-geral da FNE. “Obtivemos agora do Governo o compromisso político de que esse mecanismo será operacionalizado até ao final do corrente ano”.

Outra razão que levou à assinatura do acordo diz respeito aos efeitos da avaliação na graduação profissional dos professores: “Ficou consagrado que uma avaliação positiva de todos os docentes terá efeito na graduação profissional.”

João Dias da Silva aponta ainda outros aspectos positivos que saíram da maratona negocial mantida ontem com o Ministério da Educação: a simplificação da burocracia de avaliação, a participação de avaliadores externos no processo de avaliação e a contabilização de todo o tempo de serviço dos professores contratados para efeitos de concurso e ingresso na carreira."



Abraço!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Acordo Ortográfico: várias ajudas

Reparei nas estatísticas deste blogue que têm procurado as mensagens onde refiro o Acordo Ortográfico que entra agora em vigor nas Escolas no Ensino Básico - pelo que apurei, no Secundário só entra em vigor em 2013/2014.

Há quem não se importe, há quem deteste, há quem diga "cobras e lagartos", há quem questione a sua necessiade, há quem... Na prática temos que usar, por isso...

Decidi recolher estas ajudas e disponibilizá-las a todos os interessados.

Vídeos aqui.

Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa

Aplicações para o Windows Vista

Diccionário on-line (com a possibilidade de escolher o antes e depois do acordo ortográfico)

Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português

Lince -  conversor para a nova ortografia

Office - Atualização do Verificador Ortográfico e Verificador Gramatical para Português de Portugal

Conversor on-line da ortografia antiga para a nova grafia

Esta mensagem vai estar sempre disponível logo abaixo do arquivo de mensagens deste blogue para que possam consultá-la com facilidade.

Se tiverem mais sugestões deixem-nas que eu englobo-as aqui.

Abraço!


Ainda a Parque Escolar

As "boas intenções" foram "comidas" pelos glutões da "massa". Era para ajudar os pequeninos (PME),  serviu para engordar os grandes.

Mais uma vez pergunto: estes 946 milhões de dívidas davam para manter o emprego a quantos contratados?


"Parque Escolar. Criada para incentivar PME, aproveitada pelas gigantes

Entre 2008 e 2011 foram feitos ajustes directos de 98 milhões de euros. A modalidade foi utilizada em centenas de contratos nos últimos anos

A empresa encarregada de promover as obras de reabilitação de escolas públicas, Parque Escolar, foi mais uma vez notícia com o pedido de auditoria confirmado ontem pelo Ministério da Educação. O projecto, lançado em 2008 pelo executivo de Sócrates, foi apresentado como um incentivo às pequenas e médias empresas (PME) de construção, mas na realidade isso não se tem verificado. Segundo a AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas -, têm sido os grandes consórcios a dominar os concursos da Parque Escolar.

Nas empreitadas, os concursos foram feitos por lotes de escolas, o que acabou por excluir as PME de construção, relegadas para o papel de subempreiteiros. Já os projectistas foram designados sem que os critérios de escolha tivessem sido públicos.

Em Agosto de 2010, nove construtoras, num total de 78, ganharam 41% de um valor total de mil milhões de euros a concurso referente às obras adjudicadas pela Parque Escolar. No total, estas nove construtoras ganharam 446 milhões de euros, de um total de mil milhões, respeitantes à primeira e segunda fases do projecto de modernização escolar do governo. A Mota-Engil, liderada por Jorge Coelho, foi a empresa que ganhou mais adjudicações da Parque Escolar, com 110 milhões de euros do montante total adjudicado. Segue-se, com 89,3 milhões, o consórcio Abrantina, formado por Manuel Rodrigues Gouveia e a Lena Construções.

A construtora de António Mota interveio nas requalificações das escolas Marquesa de Alorna, Josefa de Óbidos, Eça de Queirós, D. Manuel I, Pedro Alexandrino e Benavente, obras adjudicadas por um valor que supera os 42 milhões de euros. Além destas seis escolas, também foram concluídas obras nas escolas secundárias de Santa Maria da Feira, Oliveira Júnior e Ferreira de Castro, por um valor que supera os 41 milhões de euros. Por último, outras duas obras foram feitas pela mesma construtora - nas escolas Passos Manuel e Gil Vicente. E a mesma construtora vai ser ainda a responsável pela manutenção destas escolas, por um valor que supera os 7 milhões de euros, por um período mínimo de cinco anos e máximo de dez.

A curta história da Parque Escolar conta-se entre notícias de obras desnecessárias, de adjudicações acima de valores de mercado ou de relações promíscuas entre adjudicados e administradores. Agora a empresa pode ter os dias contados. A pedido do Ministério da Educação e Ciência, a Parque Escolar será alvo de uma auditoria financeira. O endividamento da empresa, que se situa nos 946 milhões de euros, preocupa o governo de Passos Coelho. Agora as contas serão avaliadas pela Inspecção-Geral de Finanças. Para já, e até a auditoria terminar, estão suspensos todos os novos concursos e as adjudicação de novas intervenções.

A Parque Escolar previa garantir a requalificação de mais de 300 escolas a nível nacional até 2014. Nestes três anos de existência da empresa, 98 escolas foram concluídas, mas o problema de falta de verbas pôs em causa as outras 77 que estão ainda em obras."

Abraço!

ADD: não há acordo!

MEC pouco ou nada cede.

FENPROF  não aceita, FNE ainda tem esperança (nada de novo).


"Avaliação. Fenprof já sabe que não haverá acordo na última reunião

Tutela mantém quotas ou a obrigatoriedade do director avaliar topo da carreira. Sindicatos vão pedir novo encontro com Ministério da Educação

As quotas mantêm-se para as classificações de mérito, os directores continuam a avaliar os professores no topo da carreira e só quem conseguir dar 95% das aulas que lhe foram atribuídas no ciclo de avaliação em causa pode aspirar ser "muito bom" ou "excelente". Estas são algumas das posições do Ministério da Educação e Ciência (MEC) que ontem à noite enviou aos sindicatos a terceira versão do projecto sobre o novo modelo de avaliação de desempenho docente.

A mais recente proposta do MEC tem tudo para não agradar os sindicalistas e por isso a reunião que seria conclusiva agendada para esta sexta-feira com a tutela e a Fenprof "será rápida" e sem acordo da maior federação de sindicatos dos professores: "Se for este o documento que é suposto discutir no dia 9 não vale a pena perder muito tempo. Estas propostas já foram apresentadas anteriormente, logo, nós já emitimos e transmitimos o nosso parecer", explicou ao i o líder da Fenprof, Mário Nogueira.

Não há diferenças entre esta e a última versão, a não ser "uma construção do texto com outra arrumação", censura Mário Nogueira que agora só está à espera de saber se a tutela está ou não disponível para aceitar um período negocial suplementar ou então concluir que "se enganou e por lapso enviou aos sindicatos um documento errado". Os sindicatos têm até ao dia 17 deste mês para decidir se pretendem solicitar à tutela mais tempo para agendar nova reunião e tentar um possível entendimento.

João Dias da Silva, da Federação Nacional da Educação, não é tão peremptório no eventual desenlace da última ronda negocial com o secretário de estado da administração escola, apesar de reconhecer o "desencanto" com a mais recente proposta da tutela. "À primeira vista este documento é muito próximo da versão anterior", diz João Dias Silva, salvaguardando que, à hora de fecho desta edição, só foi possível fazer uma leitura superficial da proposta do MEC.

O único "ponto positivo" para a FNE prende-se com o facto do ministério ter recuado na composição do júri que avalia o recurso hierárquico e admitir que os seus membros possam pertencer a outras escolas.

De resto, está tudo em aberto e dependente do que o secretário de Estado João Casanova de Almeida tiver ainda a acrescentar ou negociar, esclarece o dirigente da FNE.

"Há matérias que para nós são decisivas como é o caso dos efeitos da avaliação no concurso de professores ou a atribuição de quotas nas classificações mais elevadas e que poderão ter até novos desenvolvimentos", diz João Dias da Silva, acrescentando que a reunião desta sexta-feira não deve ser entendida como a última a encerrar este processo.

Na proposta da avaliação do desempenho docente, os professores que ambicionarem a classificação "excelente" terão que ter aulas observadas, não ter menos de nove (em dez) na escala de valores e estar num percentil "igual ou superior a 95", patamar aplicado "por universo de docentes a estabelecer por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pela Administração Pública e da Educação".

Para a nota da avaliação final conta 60% da classificação na vertente científica e pedagógica; 20% da "participação na escola e relação com a comunidade" e outros 20% na "formação contínua e desenvolvimento profissional".

Serão ainda os directores a avaliar os professores nos escalões de topo da carreira (9.º e 10.º) e os de oitavo escalão que tenham tido "satisfaz" nos resultados das avaliações antes de 2007 e pelo menos "bom" nas posteriores."

Abraço!

Concurso "viciado" nas TEIP

Muitos reclamam e sentem-se postos de lado com os critérios de selecção das TEIP (e das OE).

A comunicação social lá vai dando uma ou outra notícia sobre este assunto:

"Concursos nas escolas de risco. Num jogo viciado ganham sempre os mesmos professores

Para ensinar numa escola pública de risco é preciso vocação. Só que há professores contratados que até julgam estar aptos a ocupar o lugar, mas não têm hipótese de o provar. Em boa parte dos agrupamentos integrados nos territórios educativos de intervenção prioritária (TEIP) os concursos são fechados e dão sempre vantagem aos mesmos candidatos.

Para ser professor num dos 105 agrupamentos TEIP seria preciso demonstrar que se está entre os melhores para ensinar turmas com as maiores taxas de insucesso escolar do país. Esta foi a condição para o Ministério da Educação atribuir a estas escolas o poder de escolherem os seus próprios docentes. Quatro anos depois de a regra ter sido aplicada, o que acontece na prática é que quem ganha são muitas vezes os professores que já estão na escola.

Em grande parte dos concursos nas escolas prioritárias, a primeira condição para seleccionar os professores é terem dado aulas naquele agrupamento no ano lectivo anterior. Essa é a prioridade, por exemplo, para 24 das 29 escolas cujos critérios de selecção o i conseguiu consultar. Como as condições não são publicamente afixadas, o i solicitou a ajuda de vários docentes contratados que usaram as suas passwords para ter acesso aos critérios informatizados das escolas localizadas nas cinco regiões do país. A esta lista é possível acrescentar ainda dois casos em que a "continuidade pedagógica" surge em segundo lugar, logo abaixo das habilitações académicas.

Será apenas uma amostra que representa 28% do total, mas, segundo a Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE), de todas as escolas da Grande Lisboa, só três não usam esse critério. É essa a razão de o porta-voz da associação concluir estar perante um concurso público viciado: "Ao dar vantagem a quem já deu aulas no agrupamento, as direcções escolares estão a restringir os concursos públicos, dando oportunidade sempre aos mesmos." Enquanto não permitirem que todos os professores concorram em "igualdade de circunstâncias" não vão saber nunca se os candidatos excluídos são melhores que aqueles que já lá estão, defende Ricardo Silva.

A decisão do director. O agrupamento de escolas de Elvas n.o 1 está entre os que usam a "continuidade pedagógica" e ainda a "concordância" do director como primeiro critério para recrutar os seus professores. Esse é o preço a pagar para garantir a "estabilidade do corpo docente", justifica o director. Ter professores que acompanham os seus alunos ao longo dos anos, que conhecem os projectos educativos da escola e que compreendem "melhor que ninguém" a realidade social e económica do agrupamento são os argumentos de António Garcia.

E é por isso que quem já deu aulas nas escolas de Elvas concorre em vantagem: "Se na hora de escolher o melhor tiver alguns candidatos na mesma situação, uso o critério da concordância do director." É António Garcia que decide portanto quem fica com o lugar em função da avaliação da prestação destes docentes no ano lectivo anterior: "Procuro avaliar a sua relação com os alunos e com os encarregados de educação", explica, admitindo ser o próprio a definir o que é uma boa relação do professor com a comunidade escolar.

"Não sendo os meus critérios exemplares e admitindo que possam até ser injustos, são os que a escola considerou serem os melhores para preencher as nossas necessidades e características", explica o director, salvaguardando desde já que os critérios da sua escola não têm como objectivo "guardar" lugares para eventuais protegidos. A continuidade pedagógica - diz o director do agrupamento de Elvas - não é mais do que contornar uma "desvantagem" face às escolas sujeitas a concurso nacional: "Enquanto às outras escolas é permitido renovar o contrato de um professor até ao limite de quatro anos, as escolas dos territórios educativos de intervenção prioritária são obrigadas a lançar concursos todos os anos."

Concurso inquinado E todos os anos ganham os mesmos, lamenta Ricardo Silva, da APEDE. É um jogo "viciado" que ficou "inquinado" logo no princípio, quando o Ministério da Educação permitiu, em 2008/09, que só os professores do quadro pudessem concorrer a estas escolas: "O objectivo até pode ser considerado nobre, porque o que a tutela quis assegurar é que só os mais experientes e os que se sentissem vocacionados para dar aulas em contextos difíceis e exigentes tivessem essa oportunidade", diz o porta-voz da associação.

Só que o tiro saiu pela culatra: "A 31 de Agosto de 2009, a maioria destas escolas ficou com uma boa parte dos horários por preencher porque a maioria dos docentes fugiu delas, preferindo aquelas em que ficaram colocados no concurso nacional."

E os agrupamentos TEIP, que queriam só os melhores, viram-se obrigados a lançar novos concursos em tempo recorde para completarem o corpo docente a tempo do início das aulas, contratando os "menos experientes" e os que ficaram excluídos do concurso nacional. "Estes professores, que passaram pelo buraco da agulha, são agora beneficiados com o critério da continuidade pedagógica", alerta Ricardo Silva.

O "mal está feito" e a única forma de remediar um "erro do Ministério da Educação" é propor que se comece tudo do zero, defende a associação. Por isso a APEDE quer levar esta proposta à comissão de educação do Parlamento: lançar novos concursos para docentes do quadro e contratados, eliminando o critério da continuidade pedagógica e elegendo a graduação profissional como prioridade. "É um critério uniforme, usado para todos os professores que concorrem ao concurso nacional", diz Ricardo Silva.

Fórmula matemática A graduação profissional, explica o coordenador da associação, é uma equação matemática usada para traduzir em valores a experiência e a classificação profissional de um professor. O método permite, por um lado, sintetizar a nota do curso obtida antes e depois do estágio e por outro avaliar a experiência do candidato, traduzida em dias de serviço prestado antes do estágio (meio valor) e após a profissionalização (um valor).

Contam-se pelos dedos os que usam essa condição em primeiro lugar. Entre os 29 agrupamentos ou escolas que o i consultou, apenas uma recorre à graduação profissional para contratar os seus professores. No agrupamento de escolas de Darque, em Viana do Castelo, esse critério já produziu os seus resultados. "Nenhuma das sete vagas que coloquei a concurso foi ocupada por professores que deram aulas no ano lectivo anterior", conta o director. Luís Braga usa a graduação profissional desde o início e assegura não estar arrependido.

Ter dado aulas em anos anteriores é condição que não entra nos seus concursos e há um único argumento para justificar a decisão: "Eu, como professor de História, não tenho hipótese de entrar numa destas escolas porque nunca dei aulas num agrupamento TEIP." Quando um candidato com classificação profissional de "16,5 valores e 15 anos de experiência" não consegue ganhar um concurso público, sendo ultrapassado por colegas com menos tempo de serviço e classificações inferiores, é porque "há qualquer coisa de profundamente errado", remata o director das escolas de Darque."


Abraço!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

ADD: 3ª Versão

Está disponível no site da FENPROF o documento integral.

Destaco a falta de excelência do reles contratado, ou seja, não pode requerer aulas assistidas, pelo que não poderá atingir o Excelente.

Para os contratados, não leio nada em concreto sobre a influência da avaliação na graduação.

Os colegas "mais antigos" entregam um relatório de auto-avaliação - processo simplificado.

Poupa-se nas aulas observadas, logo nos avaliadores eternos.

Contratado é m#$%&a e docentes dos últimos escalões já sabem tudo e não precisam prová-lo!

É a vida... de contratado (desempregado)!

Abraço!

1ª Bolsa de Recrutamento a 12 de Setembro

Num e-mail da autoria do SPZN pode-se ler:


"De acordo com informação verbal da DGRHE a data previsível para a primeira bolsa de recrutamento será o próximo dia 12 de Setembro.

Assim que obtivermos mais informações, as mesmas serão colocadas no site do SPZN."


Aguardemos.


Abraço!

O que os outros dizem

Fazendo publicidade à "concorrência", deixo-vos uma "bem metida" na Educação do Meu Umbigo:

"Como Solucionar A Falta De Equipamentos Sociais: Antes E Depois


Antes:
Quando dava nas vistas a falta de equipamentos sociais, o governo PS fazia uma conferência de imprensa com o PM a anunciar um plano grandioso de obras, depois fazia uma conferência de imprensa com o PM a anunciar o lançamento do grandioso plano de obras, seguindo-se uma conferência de imprensa (com visita guiada e televisionada) com o PM a assistir ao início da primeira obra do grandioso plano.

Depois:
Quando dá nas vistas a falta de equipamentos sociais, o governo PSD/CDS manda o ministro Pedro Mota Soares anunciar que o espaço onde antes cabiam 20 crianças passam a caber 30 e onde cabiam 25 idosos passam a caber 50. Aguarda-se o momento em que o ministro Pedro Mota Soares anuncie que os pacotes de 1 litro de leite passaram a ter 1,5 litros e que 1 kg de carne tem, na verdade, 1500 gramas"

Abraço!

A Parque Escolar sob suspeita

Deve 946 milhões de Euros, mas só agora se lembraram de verificar as contas?

Conhecem Escolas que foram remodeladas? Não as acham um pouco "exageradas"? Não poderiam ter sido mais comedidos, poupavam, e agora não estavam metidos neste buraco?

Todo este dinheiro dava para manter quantos contratados durante quantos anos lectivos? Mas o mais fácil é reduzir despesas com o pessoal... tenham vergonha!





"Governo pede auditoria à empresa que gere a requalificação de escolas

A Parque Escolar, empresa pública criada pelo anterior Governo para requalificar e gerir mais de 300 edifícios do ensino secundário, vai ser alvo de uma "auditoria financeira, com componente técnica e administrativa", após o pedido feito pelo Ministério da Educação à Inspecção-Geral de Finanças.

Segundo informa hoje o Diário de Notícias, o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho está preocupado com o endividamento da empresa - 946 milhões de euros -, que foi já proibida de lançar novos projectos ou de adjudicar novas obras, não estando, para já, em causa as intervenções em curso.

Neste momento, 103 requalificações estão concluídas e 72 escolas estão a ser alvo de intervenções, mas falta ainda aprovar os projectos para mais de uma centena de estabelecimentos de ensino.

O plano global de investimentos da Parque Escolar deveria chegar até 2015 aos 3,2 mil milhões de euros, sendo que o Ministério da Educação, Ensino Superior e Ciência exigiu à empresa um ponto de situação permanente de todos os projectos em marcha até ao final da auditoria das Finanças.

Ainda de acordo com o Diário de Notícias, o ministro da Educação, Nuno Crato, está a "analisar" o futuro da Parque Escolar."

Abraço!

Ofertas "anuais" até 31 de Julho???

Os colegas interessados já devem ter reparado que voltaram a sair Ofertas de Escola, com horários minúsculos, mas saíram. Em princípio são os que, tendo menos de 8h, são colocados directamente por esta forma.

O "problema" é o seguinte: são anuais (?), mas acabam a 31 de Julho. Um mês de poupança...

1 - Será que assim pagam logo a compensação por caducidade? Quem sai a 31 de Julho, mesmo que colocado a 1 de Setembro, tem interrupção no emprego...

2 - Será que vão pagar as férias que não poderão ser gozadas? Normalmente só se podem gozar a partir dos fins de Julho...

Pois, não sei...

Abraço!

Medidas futuras para a Educação


Ora tomem lá mais esta: cortes nos recursos humanos, aumento de alunos por turma, racionalização dos meios, revisão de projectos... poupança! O tal milagre do "mais com menos"!

Mas gosto do 1º parágrafo! Principalmente depois de ler o resto! Andam a gozar connosco...

"E d u c a ç ã o , C i ê n c i a e E n s i n o S u p e r i o r

A Educação e a Ciência são áreas que determinam, de forma indelével, o futuro coletivo do nosso País.

No que diz respeito à Educação, Portugal enfrenta como principais desafios a necessidade de garantir
uma melhoria significativa da aprendizagem, a elevação dos níveis de qualificação dos jovens e de
adultos e o combate ao abandono escolar precoce. Em termos de estratégia do Governo, a resposta a
estes desafios far-se-á por via do desenvolvimento e consolidação de uma cultura de avaliação, de uma
profunda reorganização curricular e administrativa e da reavaliação das ofertas formativas para jovens e
adultos.

As medidas apresentadas têm por denominador comum o  objetivo de melhorar a qualidade das
aprendizagens e de elevar os níveis de qualificação num contexto, como o  atual, em que se revela
fundamental gerir de forma melhor e mais eficiente os recursos existentes, eliminando desperdícios e
utilizando as capacidades instaladas, evitando duplicações.

Quanto ao Ensino Pré-Escolar, Básico e Secundário, em matérias relacionadas com questões
curriculares e de qualificação será apresentado um conjunto de medidas com impacto significativo na
redução da despesa pública  – em particular, ao nível da necessidade de contratação de recursos
humanos –, de entre as quais merecem referência especial as seguintes:

 supressão de ofertas não essenciais no Ensino Básico;

 revisão criteriosa de planos e projectos associados à promoção do sucesso escolar;

 reavaliação e reestruturação da iniciativa Novas Oportunidades;

 outras medidas de racionalização de recursos, nomeadamente quanto ao número de alunos
por turma, no ensino regular e nos cursos EFA (“Educação e Formação de Adultos”).

Reitera-se que o esforço de contenção financeira será firmemente prosseguido, mas sem que tal
prejudique os objetivos que devem nortear as atividades na área educativa. A este propósito, refere-se
que serão adotadas medidas como as conducentes ao alargamento da escolaridade mínima obrigatória e
o aumento da carga horária nas disciplinas Língua Portuguesa e Matemática dos 2.º e 3.º ciclos, que, em
alguns casos correspondem a despesas adicionais, mas que não comprometem um balanço global
positivo ao nível da redução de custos.

Quanto a matérias no âmbito da Administração Escolar, relevam-se as seguintes medidas:

 racionalização da rede escolar, designadamente o encerramento de escolas do 1.º ciclo com
um número de alunos reduzido e a agregação de escolas em agrupamentos;

 ajustamento dos critérios relativos à mobilidade docente, racionalizando os recursos humanos
da educação e promovendo, por esta via, o regresso de professores às escolas,
especialmente daqueles cuja responsabilidade financeira tem sido imputada ao Ministério da
Educação e Ciência.

Em linha com a necessidade imperiosa de controlar a despesa pública, que decorre da situação
financeira do país, a estratégia orçamental do Programa Ciência e Ensino Superior (PCES) elaborada
para o ano de 2012 assenta, principalmente, na redução dos custos de estrutura (funcionamento) e
algumas rubricas de investimento do ex-MCTES, tendo como objetivo a redução em cerca de 12% face à
execução prevista para o ano de 2011. Desta forma, prevê-se atingir uma redução global para o PCES,
em 2012, de 9,6% face à execução prevista para 2011.

A introdução já em 2012 de alterações na gestão do PCES irá permitir a evolução gradual, mas
sustentada, da dependência do Orçamento do Estado, em consonância com a necessidade de contenção
orçamental de médio prazo. Esta atuação tem duas linhas de orientação fundamentais: i) maior disciplina
na utilização de fundos públicos, com a introdução de modelos de financiamento e critérios de avaliação
mais rigorosos; e ii) implementar, onde possível, um plano de substituição de fontes de financiamento via
Orçamento do Estado, por contrapartida de um aumento na rubrica de financiamento comunitário.

Ao conjunto de medidas atrás enunciadas acrescem ainda medidas relacionadas com a redução das
despesas de funcionamento dos Gabinetes do Ministro e dos Secretários de Estado, dos Serviços
Centrais e dos Serviços Regionais e suporte, através de fundos comunitários, de despesas que têm vindo
a ser asseguradas pelo Orçamento do Estado."

Abraço!