domingo, 15 de janeiro de 2012

Fim de alguns "chico-espertos"

Só para não abusarem, tomem lá:

Alunos do ensino recorrente obrigados aos mesmos exames para o Superior






"...O Ministério da Educação e Ciência tomou esta decisão depois da divulgação de casos de alunos que se inscreveram em externatos para melhorar a nota do secundário e assim conseguiram passar à frente de colegas do ensino regular que se candidataram a Medicina."



Abraço!

9 comentários:

  1. Não sei o porquê de tanta polémica em torno do ensino recorrente....
    Podem afirmar que é mais acessível chegar a uma média de 200 valores, até aqui concordo, pois a matéria é muito menor, contudo os alunos deste mesmo ensino, e que entraram em Medicina com média interna de 200 valores, para terem conseguido entrar no curso, tiveram que ter nos exames igualmente boas notas. Por exemplo um aluno que tenha uma classificação interna de 200 e tenha entrado na FMUP (Faculdade de Medicina da Universidade do Porto) teve que ter pelo menos nas três provas específicas uma classificação, de pelo menos, 173 valores para ficar com uma média de acesso de 186.5 (tendo sido esta a média do último colocado! Pode ver no link: http://www.dges.mctes.pt/coloc/2011/col1listamintp.asp?CodR=11&CodEstab=1108
    Um aluno que tem 173 valores nas três provas específicas não é um bom aluno?! Curioso pensei que fosse!
    Os alunos do recorrente, são tão maus, que muitos alguns desses alunos que entram com médias de 200 valores do ensino recorrente conseguiram nos exames nacionais notas superiores a 18 valores!
    Já que está com tanta preocupação com as injustiças no campo da educação, deveria informar-se na aberração que constituem os contingentes neste país, como é o caso do contingente especial das ilhas Açores e Madeira, atletas de alta competição, dos deficientes, dos emigrantes, dos estrangeiros, dos militares e dos filhos cujos pais exercem cargos diplomáticos. Isto sim, são os verdadeiros aproveitadores de um decreto-lei aberrante como é os contingentes, pois estes entram com notas muito inferiores comparativamente com qualquer aluno do contingente geral. Reflita!!!!!!
    E como professor que é, deveria pensar nas consequências que estas medidas provocarão a muitos professores, pois estes ficarão desempregados já no próximo ano lectivo. Sabe, é que existem externatos, colégios, e escolas públicas que têm professores apenas para leccionar no ensino recorrente...
    SIM SIM SIM SIM AO RECORRENTE E UM BEM HAJA A TODOS OS PROFESSORES QUE O LECCIONAM!

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  2. Caro(a) FM,
    Começo por agradecer o seu comentário e por nos deixar o seu ponto de vista.
    Depois continuo com um apelo à sua atenção ao meu blogue, onde nunca me manifestei contra o ensino recorrente.
    Continuando, no extrato da notícia do Público que publiquei refere-se esta ideia do "chico-espertismo", dos que estão atentos às "portas laterais ou mesmo dos fundos" para conseguirem entrar em determinados cursos. Se ficou com outra ideia lamento não ter conseguido passar bem a minha mensagem.
    Quanto aos contingentes especiais, nem todos os casos são escandalosos. Falo, por exemplo, do estatuto de atleta de alta competição. Posso garantir-lhe que a vida de grande parte destes destes não é fácil quando se dedicam de corpo e alma à modalidade que praticam, sobrando pouco tempo e forças para o estudo ou mesmo para conviver com os amigos. Mas admito que hajam casos de certas injustiças, não conheço todos os factos.
    Abraço!

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  3. Afirma que nunca se manifestou contra o ensino recorrente, mas com a sua expressão antes do título da notícia "Só para não abusarem, tomem lá", denoto, e qualquer pessoa que veja denotará que não está sendo neutro relativamente ao ensino recorrente, isto para não falar da expressão que usa no título que construiu no seu blogo "Fim de alguns "chico-espertos"", pois o público não faz alusão ao termo que usa, visto ser da sua autoria.
    Desejo-lhe as maiores felicidades, e quem sabe um dia pode ser que venha a ser atendido por um médico que frequentou o ensino recorrente, e acredite que esse médico não se esquecerá de sua cara. Aí vai ver que ser bom médico é algo independente de notas!
    Rio Tinto é pequeno!!
    Abraço

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  4. Caro(a) FM,
    Afirmo de novo que nada tenho quanto ao ensino recorrente e não escrevi nenhuma parte da minha mensagem com a intenção de ir nesse sentido. Os "chico-espertos" são os que abusam do "sistema" e tentam as tais entradas por "portas laterais ou mesmo dos fundos". Também apanho muitos "chico-espertos" nas minhas aulas de ensino regular, aparecem em todo o lado (e não só nas escolas, como de certeza concorda comigo). De uma vez por todas peço-lhe que acredite que nada tenho contra! Espero estar esclarecida esta parte.
    Quem sabe já fui atendido por médicos que estiveram no ensino recorrente. Já fui atendido por médicos mais e menos competentes, não sei onde estudaram para concluir o 12º ano. Não sei que notas tiraram. Tal como já me cruzei com outros profissionais de outras áreas, uns competentes, outros nem por isso e também não sei onde estudaram nem que notas tiraram. Interessa-me a competência destes, não onde se instruíram.
    Rio Tinto realmente é pequeno e como conhece a minha cara está em vantagem: se nos cruzarmos não hesite em trocar umas palavras comigo e poderei dizer-lhe, pessoalmente, que nada tenho contra o ensino recorrente.
    Abraço!

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  5. Embora tenha afirmado nas suas mensagens anteriores que não tem nada contra o ensino recorrente, pois eu deste lado tenho as minhas dúvidas.
    Apenas escrevi aqui, neste blog e nesta notícia que publicou, para mostrar a minha indignação contra pessoas que nada sabem do ensino recorrente, e mesmo assim o criticam.
    Caso um dia tenha a "sorte" de o encontrar dir-lhe-ei pessoalmente quem sou!!

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    1. Caro(a) FM,

      Se me conhecesse aceitaria a minha palavra, como os meus conhecedores fazem. Mas como andamos tão habituados a traições, mentiras, invejas, e outras que tais, reconheço-lhe o direito de continuar a achar que estou contra.
      Acrescentei outros pontos importantes na resposta ao comentário de um(a) anónimo(a), mesmo aqui abaixo deste, que poderá ler se tal pensar necessário.
      A sua última frase parece-me um pouco exagerada, como se tivesse algo contra mim, um ódio de estimação. Espero estar errado. Se realmente tiver a sorte de me poder falar pessoalmente espero que fique com outra ideia.
      Abraço!

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  6. Concordo plenamente com a opinião anteriormente formulada pelo FM!
    De facto, o ensino recorrente e o seu modo de avaliação é desconhecido para muita gente (falo por mim também). Mas daí a dizerem que os alunos não têm de realizar os exames nacionais para acesso ao Ensino Superior é um pouco irónico...Nem as próprias Universidades permitiriam tal coisa! Frequentei o ensino secundário regular e fui muitas vezes prejudicada porque os professores tinham a ideia de que para serem apelidados de "exigentes", não atribuíam notas acima dos 15 e 16 valores. Como alunos, quanto mais contestássemos, mais repercussões negativas sofríamos. É totalmente verdade que os alunos do ensino recorrente só realizam os exames nacionais das provas que pretendem para ingressar na Universidade, mas, sinceramente, concordo que assim seja porque não faz sentido absolutamente nenhum trabalharmos 3 anos para obter excelentes notas e como o exame vale 30% da nossa nota final à disciplina e correu menos bem, quem tinha nota interna de 18 e tirou a exame tirar 16 ( como se isto fosse muito mau!) desce logo um valor na classificação final da disciplina. É desta forma que vemos a nossa média geral, que conseguimos com tanto esforço e dedicação, desaparecer. Como todos sabem cada décima conta para entrar no curso que desejamos. Não deixa de ser igualmente verdade que os alunos do recorrente mantém as suas notas nos exames nacionais e, por isso mesmo, conseguem entrar no tão "badalado" curso de Medicina. Devíamos de pensar muito bem qual dos dois tipos de ensino esta a ser o mais justo para um aluno de excelência, que conquistou dignamente a sua média interna e que também terá o direito de errar nos exames nacionais.
    Cumprimentos...

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  7. Caro(a) Anónimo(a),

    Confesso que nunca esperei ter tantas reações a esta minha mensagem.

    Fui pesquisar mais fontes e no Jornal de Negócios (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=531241) pode-se ler: "“Vem corrigir-se uma injustiça, prevenindo a utilização desta via de ensino para uma finalidade distinta da que motivou a sua criação, nomeadamente o seu aproveitamento oportunístico para melhoria de classificação por alunos que já concluíram um curso de ensino secundário e, assim, obterem uma posição ilegitimamente mais vantajosa no acesso ao ensino superior”, assinala hoje o comunicado do Conselho de Ministros."
    É simplesmente por isto que escrevi o que escrevi. O aproveitamento oportunístico.
    E esta notícia está relacionada apenas com "os alunos que já tenham terminado o secundário, por via regular, e que depois ingressem ao recorrente para obter uma média mais elevada"(ainda na mesma notícia do Jornal de Negócios). Neste caso só a classificação dos exames vai contar para o acesso ao ensino superior. Não se tem em consideração a média interna conseguida no recorrente. Quem estiver a fazer os seus estudos neste Ensino, está, pelo que pude apurar (mas ainda não confirmei), sujeito às regras que já vigoravam.
    De certeza que há excelentes alunos no Ensino Recorrente, de certeza que há excelentes médicos, advogados, professores e outros profissionais que estudaram no Ensino Recorrente, não tenho dúvidas.
    Não estou, nem nunca tive intenção de manifestar-me contra o Ensino Recorrente.
    Abraço!

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  8. Caro FM,

    os alunos do ensino recorrente foram beneficiados escandalosamente, ora veja:

    -a média interna de 200 nas escolas privadas do ensino recorrente são muito fáceis de alcançar, visto que esses estabelecimentos de ensino fornecem as perguntas e respostas do exames antes dos alunos fazerem os exames;

    -Por outro lado, no ensino regular essa média de 200 é algo raríssimo e só ao alcance dos melhores e dos que mais se esforçam e estudam;

    -Na colocação ou não colocação dos estudantes em qualquer curso, todas as décimas contam. Nesse aspeto, os estudantes do recorrente partem com larga vantagem devido à inflacionada média interna;

    -Como você referiu, um aluno com média de exames de 173 é um bom aluno, e concordo plenamente... mas olhe o meu caso, em que tive média de exames a rondar o 180 e não entrei em medicina por poucas centésimas. Um aluno como eu também não merecia ter entrado? Sou um aluno igual a eles, salvo a diferença em que eu não tive dinheiro para frequentar escolas privadas e ensinos recorrentes...

    Cumprimentos

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Porque me interessam outras opiniões! Tentarei ser rápido a moderar o que for escrito, para poder ser publicado.