"O actual modelo de avaliação de desempenho docente só sofrerá alterações depois de terminado o actual ciclo avaliativo, em Dezembro próximo, garantiu ontem ao PÚBLICO o secretário de Estado adjunto da Educação, Alexandre Ventura. O governante afirmou ainda que mais de 40 por cento dos professores pediram a observação de aulas."
Aguentem com esta que não há outra!!!Nem que a vaca tussa (?)! Não querem saber se é boa ou má, se serve ou não para alguma coisa: é para acontecer!
E agora? Como estará a nossa força para contestar e conseguir resultados?
É uma notícia do Público:
"A avaliação continuará a desenvolver-se nas escolas de acordo com o que se encontra estipulado na lei e foi acordado com os sindicatos. Depois de terminado este ciclo, o Ministério da Educação estará disponível e muito interessado em reunir-se com sindicatos e parceiros no sentido de introduzir melhorias ao actual sistema", precisou. Este futuro aperfeiçoamento já se encontrava previsto no decreto que em 2010 institui o actual modelo.
"Não podemos iniciar um processo e ao fim de uns meses proceder a alterações ou simplificações", frisou, acrescentando que só a própria aplicação do modelo permitirá chegar a conclusões sobre a sua adequação e exequibilidade. Segundo Ventura, a avaliação está a desenvolver-se nas 1078 escolas e agrupamentos que existem no ensino básico e secundário. Nestas escolas, "mais de 40 por cento dos docentes já pediram a observação de aulas".
No actual modelo, este procedimento não é obrigatório, embora seja indispensável para os docentes que queiram concorrer a classificações de mérito (Muito Bom e Excelente) e para a progressão ao 5.º e 7.º escalão (existem dez no total). Actualmente, as progressões estão congeladas.
Cerca de 90 escolas e agrupamentos já tomaram posição contra o actual modelo. E tanto a Federação Nacional dos Sindicatos dos Professores, como a Federação Nacional de Educação (FNE) exigiram que o ministério suspenda a sua aplicação. Ontem, em conferência de imprensa, João Dias da Silva, da FNE, indicou que estão a ser pedidos aos professores "relatórios e documentos perfeitamente desnecessários", que estão a produzir uma situação de "excesso de trabalho", que "é inútil" e degrada as relações entre os docentes. "Não aceitamos que o Mi- nistério da Educação queira que a par- tir de 1 de Setembro continue a funcionar este modelo de avaliação", acrescentou.
Quotas diferenciadas
Mas o secretário de Estado mostra-se convicto de que "o aspecto essencial que estava a causar receios e angústias" entre os docentes se encontra "completamente ultrapassado" com a elaboração de um projecto de despacho que deverá ser aprovado em breve onde se consagra a existência de quotas diferenciadas para diferentes grupos de professores: "Com esta segregação impede-se a digladiação de avaliadores a avaliados pelas mesmas quotas". As quotas são aplicadas às classificações de mérito: 20 por cento para Muito Bom e cinco por cento para Excelente. Ventura confirmou que estas percentagens em vez de serem aplicadas às escolas globalmente serão tidas em conta em cada um dos seguintes quatro grupos: os relatores (que são os avaliadores), os docentes do quadro, os contratados e os professores que são avaliados pelos directores dos agrupamentos.
Vários directores têm denunciado que, sendo esta uma avaliação entre pares, já há professores que começaram a olhar para os colegas do lado como um problema, uma vez que muitos continuam a concorrer às mesmas quotas. "A avaliação entre pares constitui uma inovação entre nós. Quando as pessoas não estão habituadas têm dificuldades. Temos de dar tempo ao tempo. É através da experimentação que as pessoas que se envolverem a sério irão encarar a avaliação como uma oportunidade para melhorar as suas competências", aconselhou.
O secretário de Estado admitiu, por outro lado, que em "situações pontuais" há professores que vão ser avaliados por outros que estão em escalões inferiores, o que contraria um dos preceitos estipulados no acordo celebrado no ano passado com os sindicatos. Aquela avaliação só se fará se todos os envolvidos estiverem de acordo, precisou.
Antes de ir para o Governo, Ventura presidiu ao Conselho Científico para a Avaliação de Professores, a quem compete acompanhar este processo. No relatório que fez sobre o modelo de Maria de Lurdes Rodrigues, referia-se que o modo como este foi implementado, os instrumentos de registos adoptados e o curto prazo de tempo em que tudo se passou levaram a uma "alteração caótica das rotinas" das escolas."
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Abraço!
Em 2012 este senhor estará apenas e só na página do ME como tendo sido Secretário de Estado de coisa nenhuma. Pergunto: alguém quer, através da experimentação (imagine-se!!), melhorar competências profissionais condicionado por quotas?
ResponderEliminarAvaliação entre pares?? Só neste país. Isto é avaliação de pares, ou estarei enganado?? Engraçado, quem escolhe o meu par?? Eu?? Nãaaa...
Sr. Alexandre Ventura, tire lá a máscara da governação e diga lá o que pensa a sério sobre este modelo que cria individualismo e desconfiança entre os pares.
- O teu par anda-te a pôs os cor**s!!
- Hummmm...
António,
ResponderEliminarEste sr. até engana, tem um aspecto muito sereno e ponderado. Mas faz parte do tal ministério que tanto nos trama. A nós e à Educação!
Abraço e obrigado pelo comentário!