Ao consultar o fórum do educare a minha atenção prendeu-se numa mensagem de "Da Nação e da Educação", que nos apresenta o recorte de uma notícia de um jornal brasileiro sobre as novas tecnologias na escola. Um artigo de Diego Ernesto Fonseca (formado e pós-graduado em Engenharia da computação, trabalhando há quase vinte anos com projetos de utilização de tecnologia na educação).
Destacou - e muito bem - duas questões:
"P: Em que medida as redes virtuais ameaçam o papel do docente e das instituições de ensino?
R: Como costumava dizer sir Arthur C. Clarke (escritor britânico), se um professor pode ser substituído pela tecnologia, então deve sê-lo. É um princípio duro, mas faz sentido. Se um professor não está agregando valor ao que pode fazer a tecnologia, não há dúvidas de que seu papel está ameaçado. A tecnologia abre possibilidades que obrigam a repensar nosso papel como docentes e obviamente provocam perguntas sobre o papel das instituições de ensino. Mas se de um lado ela pode ver vista como ameaça, também pode ser uma oportunidade - prefiro ver assim. Vê-la como ameaça significa defender o que existe sem perguntar se o que temos no momento é o melhor.
P: Mas a troca aberta de conhecimento não pode de fato substituir professores e escolas?
R: Não acredito que exista uma ameaça de fundo. As instituições educativas são resistentes, acabam absorvendo as inovações que parecem disruptivas e as encaixam na prática tradicional (algo que tem relação com a resposta da decepção). Jogando com o futuro, algo que não gosto muito de fazer, não diria que exista em curto prazo uma ameaça latente e tangível. Em longo prazo, é provável a aparição de mecanismos alternativos aos sistemas formais. A medida que apareçam, teremos de repensar o papel do ensino tradicional, e isso inclui instituições e docentes. Vejo que a conectividade e a participação nas redes constituem uma oportunidade para repensar o papel do docente, de imaginar como fazer de forma mais efetiva coisas que não fazíamos tão facilmente, de descobrir coisas novas, que antes não podíamos."
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O resto do artigo tem mais informação/questões também relevantes, pelo que aconselho a leitura integral aqui.
Abraço!
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