segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Plataforma sindical de professores regressa com mais aliados

E venham aliados, só nós já não chegamos!

E venha união, que assim desunidos também não chegamos (a lado nenhum)!

E venha luta inovadora e eficaz, de greves que nada resolvem estamos (todos?) fartos!

É uma notícia do Jornal i:


"Por enquanto ainda é cada um por si, mas os nove sindicatos vão estar unidos quando chegar a hora de reerguer um protesto nacional de professores contra os cortes e os despedimentos que temem vir a ser alvos por parte do Ministério da Educação. A Plataforma Sindical dos Professores está de regresso e quer responder na mesma moeda ao governo de José Sócrates, assegura Mário Nogueira, que esta quinta-feira, anuncia ao país em conferência de imprensa as "formas de luta" que a classe irá travar em breve. "A única coisa que posso desde já assegurar é que será uma resposta à dimensão da vergonha desta política educativa que está a ser preparada para o próximo ano lectivo", promete o secretário-geral da Fenprof e porta-voz da plataforma.


A Plataforma Sindical dos Professores - criada em 2008 para combater as políticas da ex-ministra Maria de Lurdes Rodrigues - está de novo operacional e, desta vez, pretende ser ainda mais ambiciosa. Lutar em duas frentes é o caminho que estão traçar: de um lado, os professores que terão um "momento exclusivo" para demonstrar a sua revolta; do outro, "todos os agentes" envolvidos na educação e que queiram subscrever o manifesto em "defesa da escola pública" da plataforma e aderir a uma "Marcha Lenta pela Educação" em Lisboa - sejam eles pais, alunos, directores ou psicólogos escolares.

Contar espingardas
Será uma agenda carregada aquela que a plataforma terá de gerir a partir desta semana e ainda antes de anunciar o plano de combate que será desvendado na quinta-feira. Hoje e amanhã cada um dos sindicatos reúne-se com os seus delegados para fazerem o balanço dos plenários que promoveram entre os professores. Centenas de delegados sindicais tiveram sucessivas reuniões nas escolas para fazer a contagem de espingardas. Quiseram saber até onde os professores estão dispostos a ir para "travar" o Ministério da Educação e são estas as respostas que agora vão levar aos dirigentes sindicais.

"No caso da Fenprof são cerca de 800 delegados que mergulharam nesta empreitada. Eu próprio, que gosto pouco de ficar sentado atrás de uma secretária, participei também nessa tarefa", conta o secretário geral da Fenprof. Menos de 48 horas é o prazo que cada um dos nove sindicatos terá para desenhar estratégias e definir o quer deste combate. Fim de tarde de quarta-feira é o dia em que a plataforma volta a se reunir para, desta feita, decidir o que será anunciado ao país na manhã seguinte.

Marcha lenta
O plano de combate não se esgota nos protestos dos professores, avisa o porta-voz da plataforma. Esta semana serão desencadeadas novas iniciativas para recrutar outros aliados. Está em curso a "Marcha Lenta pela Educação", uma iniciativa que a plataforma sindical espera poder vir a contar com a adesão de todos os agentes ligados à educação: "Já conseguimos mobilizar, além dos nove sindicatos que integram a plataforma, as duas confederações de pais e encarregados de educação, a Delegação Nacional de Associações de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário e ainda os sindicatos do pessoal não docente, desde inspectores e auxiliares de educação até psicólogos ou administrativos ."

E como ainda é insuficiente, esta semana servirá também para a plataforma estender o seu apelo aos funcionários das autarquias, a outras associações de pais ou do ensino superior. O objectivo é que todos participem numa marcha que não tem data definitiva, embora alguns dirigentes gostassem que acontecesse a 2 de Abril para coincidir com os 35 anos da aprovação da Constituição da República Portuguesa. Mário Nogueira esclarece, porém, que nada está decidido, prometendo anunciar em breve a data: "Estaremos em condições de definir isso logo após fixar o calendário de protestos dos professores."


Abraço!

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