quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A insatisfação dos professores portugueses, contada em três passos

Três passos são poucos, mas já dizem muito.


"Os professores estão ansiosos por gritar nas ruas contra os cortes na escola pública e nem querem esperar pela convocação dos sindicatos.
por Kátia Catulo - Jornal i


 DESPEDIMENTOS

Directores ou sindicatos já avisaram que as mudanças anunciadas para o próximo ano lectivo vão provocar uma vaga de despedimentos entre a classe docente. Nas escolas já se adivinha quais vão ser os primeiros a ficar desempregados. "São os mais jovens que poderão não vir a ter os contratos renovados", avisa André Pestana, do movimento 3R.



EXCESSO DE TRABALHO

Após os despedimentos, ficarão os professores mais velhos, que temem aumentar a carga de trabalho para suprir a falta de meios. O projecto de despacho do governo que determina a reorganização de trabalho para o próximo ano lectivo aumentou o leque das tarefas que os professores terão de desempenhar fora da sala de aula: "Ficaremos reduzidos e teremos de assumir um maior número de funções burocráticas, além de continuar a preparar as aulas", conta Jaime Pinho, do Movimento Escola Pública.



AVALIAÇÃO

Os professores estão também indignados com o modelo de avaliação "que está a causar um grande mau estar" dentro das escolas, avisa Jaime Pinho. Acusam a tutela de ter criado um modelo "excessivamente burocrático", com os professores a disputarem as "poucas" oportunidades de progressão na carreira, que entretanto ficaram congeladas para toda a função pública. "É preciso rever esse modelo porque continuamos a ter avaliadores sem formação, continuamos a ter professores de Filosofia a avaliar os de História, de Inglês a avaliar os de Francês, de Matemática a avaliar os de Físico-Químicas."

- - - - - - - - - - -

Abraço!
.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Porque me interessam outras opiniões! Tentarei ser rápido a moderar o que for escrito, para poder ser publicado.