domingo, 10 de abril de 2011

Educação sexual embaraça pais e professores

Vou-me repetir: o tema não é fácil.

Como pai assumo a importância e terei que desempenhar o meu papel.

Como Professor, tenho cuidado para não me meter em "areias movediças", uma vez que os próprios pais podem alegar que estamos a entrar numa matéria em que devem ser os educadores principais.

E as questões da linguagem, dos temas, do grau de maturidade de quem está a ouvir é sempre matéria complexa.

Mas temos que abordar o tema...


"A escolha da linguagem mais adequada à educação sexual dos jovens é uma «angústia permanente» que embaraça pais e professores, foi hoje realçado em Coimbra num seminário sobre a matéria.


«A questão da linguagem a adoptar, por exemplo o nome dos órgãos genitais, é uma angústia permanente dos pais», disse Sónia Araújo, uma técnica da Associação para o Planeamento da Família (APF) que participou nos trabalhos.

Também o director executivo da APF, Duarte Vilar, defendeu que «a questão da linguagem é um problema fundamental, não só para os pais, mas também para os professores».

«A educação sexual lá em casa» foi o tema do seminário, uma iniciativa conjunta da APF e da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP), que decorreu no auditório do Conservatório de Música de Coimbra.

O sociólogo Duarte Vilar corroborou a opinião de Sónia Araújo para dizer que importa saber «como falar» com os jovens de educação sexual, em casa e na escola, abordando com clareza temas como relações sexuais, homossexualidade, menstruação ou doenças sexualmente transmissíveis, entre outros.

«Qual o quadro de valores pelo qual se rege a educação sexual nas escolas?», afirmou, ao salientar a importância da informação e preconizando que «não é preciso um momento especial para falar disto».

Duarte Vilar sublinhou que, dois anos após a entrada em vigor da lei da educação sexual nas escolas, persistem ainda na sociedade portuguesa diversas «dúvidas e inseguranças nesta matéria».

«Como falar, o que dizer, quando e como?» são algumas das interrogações mais frequentes, designadamente entre pais e docentes, disse.

Segundo um estudo da APF, realizado em 2009 e discutido na sessão, «hoje em dia, os pais estão mais envolvidos na educação sexual dos filhos».

«O estudo revela que pais e mães estão, de facto, envolvidos na educação sexual dos filhos e sempre com grande grau de informalidade», adiantou o mesmo responsável.

Intitulado Ditos e não ditos - Educação sexual e parentalidade , o estudo foi apresentado pela psicóloga Vanda Beja.

O presidente da CONFAP, Albino Almeida, falou dos Mitos, tabus e constrangimentos neste domínio.

«Os constrangimentos são aqueles que decorrem do acertar daquilo que os filhos querem saber», declarou Albino Almeida.

Um dos actuais desafios consiste em «perceber, à luz do conhecimento científico, como podemos melhorar a nossa atitude», referiu, preconizando uma maior aposta na formação dos pais nesta área."
Lusa / SOL


Abraço!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Porque me interessam outras opiniões! Tentarei ser rápido a moderar o que for escrito, para poder ser publicado.