sexta-feira, 8 de abril de 2011

Claro que sim...

Ministra contente.

PSD e PP vão respeitar, porque lhes é conveniente, a decisão do Presidente da República. E se a ADD nestes moldes avançar poupa-lhes dinheirinho (se formarem o próximo governo) e assim "limpam a àgua do capote": "Não fomos nós, foi o PR..."

E nós levamos com esta até, pelo menos, ao fim do ciclo de avaliação...

Sabem, às vezes prefiro estar errado...


"Ministra considera atitude de PR quanto à avaliação uma boa notícia

Lusa / EDUCARE


A ministra da Educação considerou uma boa notícia o envio da revogação da avaliação de desempenho docente para o Tribunal Constitucional, estimando que para o Presidente da República "não é claro se há fundamento constitucional". PSD, CDS-PP e BE reagem a esta atitude.

"São boas notícias. O Presidente da República certamente compreendeu que sobre esta matéria os partidos da Oposição tinham tomado uma iniciativa [.] sobre a qual não é claro se há fundamento constitucional. Esperamos serenamente a decisão do Tribunal Constitucional", afirmou Isabel Alçada em declarações aos jornalistas, no Ministério da Educação, em Lisboa.

"Do nosso ponto vista, com base na análise dos juristas, temos as maiores dúvidas sobre a constitucionalidade deste diploma", reforçou a ministra da Educação.

Isabel Alçada reiterou que o comportamento da Oposição sobre esta matéria foi de "irresponsabilidade" e criticou os sindicatos por denunciarem o acordo assinado em janeiro de 2010, no qual ficou estipulado o modelo de avaliação, quando "as escolas estavam a trabalhar normalmente".

A deputada socialista Paula Barros afirmou que a decisão do Presidente da República de enviar a revogação da avaliação dos professores para o Tribunal Constitucional "vai ao encontro da posição do PS" sobre a possível inconstitucionalidade do diploma.

"No fundo, vai ao encontro daquilo que o PS sempre pensou: que o diploma podia estar ferido de inconstitucionalidade. Provavelmente [o Presidente da República] teve o mesmo entendimento de tal maneira que o enviou para o Tribunal Constitucional. Resta aguardar", afirmou a vice-presidente da bancada do PS, Paula Barros, em declarações à agência Lusa.

Para Paula Barros, se se confirmar a inconstitucionalidade do diploma, torna-se "evidente" que a Oposição tomou uma decisão "irresponsável", com apenas um objetivo: "cálculo eleitoral".

"Ninguém pode ter a veleidade de pensar que pode governar exercendo cálculo eleitoral", criticou a deputada socialista.

O deputado social-democrata Pedro Duarte disse que o PSD entende que o diploma que revoga a avaliação dos professores respeita a Constituição, mas respeita a decisão do Presidente de o enviar para o Tribunal Constitucional.

"Respeitamos evidentemente a decisão do senhor Presidente. Se o Presidente da República tem dúvidas de cariz jurídico-constitucional, evidentemente que deve exercer a sua competência de as esclarecer", declarou o deputado e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD Pedro Duarte à agência Lusa.

Questionado se o PSD tem dúvidas quanto à constitucionalidade deste diploma, Pedro Duarte respondeu que não: "Se tivéssemos, não o tínhamos aprovado. Mas respeitamos que haja dúvidas e respeitaremos a decisão do Tribunal Constitucional. Para nós, como é evidente, não há qualquer inconstitucionalidade."

O deputado do PSD referiu que "o PS levantou esta questão" da inconstitucionalidade deste diploma e considerou "razoável que o Presidente da República esclareça as dúvidas", recusando que esta seja uma decisão política, como defendeu a FENPROF.

"É claramente uma decisão de cariz técnico-juridico. Não atribuímos qualquer valor político a esta decisão. O que aqui está em causa é uma minudência, é o facto de ter sido revogado um decreto regulamentar e não o próprio estatuto da carreira docente", contrapôs Pedro Duarte.

Caso o Tribunal Constitucional considere que o diploma aprovado pela Oposição no Parlamento desrespeita a Constituição, o PSD será "completamente coerente" com a sua posição contrária ao atual modelo de avaliação dos professores.

"No curto prazo não há condições", dada a dissolução do Parlamento, mas "num próximo mandato seremos completamente coerentes, somos contra o atual modelo, queremos um modelo diferente deste e, portanto, revogamos este", disse Pedro Duarte.

O CDS-PP afirmou respeitar "as dúvidas" que a revogação da avaliação de desempenho dos professores podem eventualmente suscitar ao Presidente da República, lembrando que, independentemente da decisão do Tribunal Constitucional, o atual modelo não serve.

"O CDS-PP naturalmente respeita a decisão do Presidente da República e as dúvidas que eventualmente suscita este diploma que revoga o modelo de avaliação dos professores", afirmou à agência Lusa o deputado centrista José Manuel Rodrigues.

Segundo José Manuel Rodrigues, o CDS-PP "está à vontade" em relação a esta matéria, uma vez que o partido propôs, e foi aprovado na Assembleia da República através de um projeto de resolução, "um modelo de avaliação alternativo e semelhante ao que é praticado consensualmente nas escolas do ensino particular e cooperativo".

"[Mas] independentemente da decisão do Tribunal Constitucional sobre se este diploma está conforme a lei fundamental há uma evidência: precisamos de um novo modelo porque este não serve", defendeu o vice-presidente do CDS-PP.

O Bloco de Esquerda espera que se mantenha o compromisso entre as forças políticas que revogaram a avaliação de desempenho docente, independentemente da apreciação que sair do Tribunal Constitucional sobre esta matéria.

"Independentemente do que venham a ser as apreciações do Tribunal Constitucional, creio que é fundamental perceber que este compromisso entre as diferentes forças políticas tem de manter-se", disse Ana Drago à agência Lusa.

A deputada considera que o diploma aprovado no Parlamento no mês passado "não fere" qualquer princípio constitucional.

"Cabe agora ao Tribunal Constitucional pronunciar-se sobre as diferentes normas pedidas pelo senhor Presidente da República, que pediu esta apreciação preventiva", acrescentou, indicando tratar-se de um prazo de 25 dias.

O Presidente da República, Cavaco Silva, pediu a apreciação de todos os artigos do diploma.

A deputada frisou que o fundamental é que houve uma vontade maioritária no Parlamento, que "compromete várias forças políticas", no sentido de todos considerarem o processo de avaliação "burocrático, "quase kafkiano" e "sem resultados" que permitam melhorar as escolas.

"É preciso que esse processo termine", declarou.

Ana Drago considerou que o modelo de avaliação de desempenho dos professores foi "desenhado para criar obstáculos" à progressão na carreira e que estando as progressões congeladas "não tem qualquer utilidade". "



Abraço!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Porque me interessam outras opiniões! Tentarei ser rápido a moderar o que for escrito, para poder ser publicado.