sexta-feira, 22 de abril de 2011

Também conta como tempo de serviço e antiguidade?

Quem é que já se arrependeu de responder nos Censos que trabalha 35 horas semanais? Eu sugeri, como outros o fizeram, para porem o máximo...

Eu também trago a escola para casa! Mas não no sentido de arrastar comigo os problemas de lá. Há momentos para tudo.

Em casa faço a parte que é possível fazer fora da escola: planeio, invento, corrijo, edito, crio, investigo, reflicto e tudo o mais que muitos de nós fazemos.

Gosto do que faço, mas não sou (nem quero ser) escravo do trabalho. Nem só de trabalho vive o Professor Raro...

O artigo é interessante, mas quem vai acreditar nisto?

"Estudo revela que professores portugueses não conseguem desligar-se do trabalho fora da escola

Os professores portugueses não conseguem “recarregar baterias” após um dia de escola, mantendo-se sempre ligados ao trabalho, o que provoca “um desgaste enorme”, conclui um estudo hoje revelado.

Desenvolvido em 2010 no âmbito da tese de doutoramento da docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) Maria Alexandre Costa, este estudo visou estudar uma população que vivesse elevados níveis de stress e de que forma as actividades desenvolvidas nos tempos livres têm impacto no seu trabalho.

A docente escolheu um grupo de cem professores do ensino pré-universitário para tentar perceber qual a influência do tempo livre na produtividade destes profissionais.

“A maioria dos professores revela uma grande dificuldade em distanciar-se do trabalho”, disse, acrescentando que estes profissionais “levam muitas vezes trabalho para casa”, como correcção de testes e preparação de aulas, “mas também muitas preocupações”, como mau comportamento dos alunos.

Na sua opinião, os professores são incapazes de recarregar totalmente as baterias e, por estarem sujeitos a níveis elevados de stress, “o desgaste é tal que pode já não ser possível algum dia recuperá-las”, podendo-se comparar a “uma bateria viciada”.

Maria Alexandre Costa acrescenta que os professores “têm maior dificuldade em se envolver em actividades de recuperação" (relaxamento), porque muitas vezes “são confrontados em casa com situações similares às vividas durante o dia de trabalho”, como, por exemplo, explicações/orientações aos filhos.

Na sua opinião, o segredo “é encontrar formas de relaxamento que são próprias para cada pessoa”, porque “quanto maior é o desgaste de um dia de trabalho, mais difícil é relaxar, embora haja uma maior necessidade de o fazer”.

O estudo conclui também que a segunda-feira é o dia mais difícil para os professores, porque é quando “os profissionais se sentem menos relaxados”.

Para a docente, esta é uma conclusão “curiosa”, uma vez que, apesar de ser o dia seguinte ao maior período da semana destinado aos tempos livres, apresenta-se como aquele em que “os professores mais rapidamente perdem esse relaxamento”.

O estudo permitiu também concluir que “à sexta-feira há recuperação de relaxamento” (distanciamento psicológico da actividade profissional), referiu a docente, que interpreta este dado como “o efeito de contaminação do fim-de-semana”.

Para realizar este estudo, Maria Alexandre Costa acompanhou os professores durante duas semanas, colocando-lhes questões antes do início do trabalho, “logo pelas 08h00”, e ao final da jornada “para avaliar como correu o dia de trabalho”."


Abraço!

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