terça-feira, 12 de abril de 2011

O Professor Polícia

"IDT aconselha ida de professores nas viagens de finalistas"

É aqui que entra o Professor Polícia, mais uma faceta do Professor moderno que corrige, aplica, ensina, ralha, educa, prepara, planifica, organiza, escreve, protesta, é injuriado, etc e tal.

Se os meninos são marotos, o Professor resolve tudo: acaompanha-os e tudo corre bem!

E a seguir vamos ao domicílio, ao fim de semana e "depois da hora", para evitar que se embebedem, tratem mal os pais, façam tudo o que querem...

Já somos nós os "heróis" na Educação (na que deve ser dada em casa e não na Escola) durante o nosso horário de trabalho, mas agora temos que ser a tempo inteiro: com os filhos dos outros!

Na verdade já acontece, já todos ouvimos ou conhecemos histórias pessoalmente de pais que, deseperados, ou já completamente rendidos, nos dizem, como quem pede auxílio "já não sei o que lhe fazer, ele é assim". E, alguns de nós, só porque estão dispostos a isso, lá dão uma ajuda, umas sugestões.

Já fazemos de tudo, é só mais uma função...

E que tal responsabilizarem os país pela Educação dos filhos?

Será que não sabem que estas viagens são planeadas para o "excesso" (de tudo o que não podem fazer quando estão vigiados)?

E quem é que vai nestas viagens? Os meninos(as) que merecem um presente por se portarem bem durante o ano? Ou vão também aqueles que podem ficar traumatizados por os colegas irem e eles não?


"O delegado regional do centro do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), Carlos Ramalheiro, defendeu hoje que as viagens de finalistas devem ser “enquadradas” por professores para minimizar problemas relacionados com o consumo de drogas e álcool.


A advertência de Carlos Ramalheiro surge numa altura em que a GNR e a PSP, em operações levadas a cabo nos últimos dias, só nos distritos de Viseu e da Guarda, apreenderam centenas de doses de haxixe, ecstasy e outros estupefacientes na posse de jovens integrados nas viagens de finalistas em direção a Espanha.

A PSP de Viseu, numa operação conduzida no fim-de-semana, segundo informação do comando distrital, apreendeu 400 doses de haxixe em buscas efetuadas em autocarros que transportavam estudantes em direção a Espanha.

Na Guarda, a GNR, numa operação levada a cabo na fronteira de Vilar Formoso, também no fim-de-semana, deteve pelo menos, três estudantes no âmbito de uma operação de controlo de grupos de alunos que seguem para Espanha em viagens de finalistas.

O tenente-coronel Cunha Rasteiro, chefe da secção de investigação criminal do Comando Territorial da GNR da Guarda, disse à Lusa que os jovens foram detetados na posse de estupefacientes durante a fiscalização a 38 autocarros que transportavam estudantes para a costa mediterrânica de Espanha.


Os estudantes, que seguiam em quatro autocarros diferentes, detinham “meio milhar de doses individuais de ecstasy, haxixe e ‘cannabis’”, que foram apreendidas pela GNR, indicou Cunha Rasteiro.

Perante este cenário, que se reproduz um pouco por todo o país, o delegado regional do centro do Instituto da Droga e da Toxicodependência defendeu hoje em Tondela, Viseu, à margem da cerimónia de criação de um núcleo territorial do Programa de Respostas Integradas de combate ao consumo de drogas e álcool, que as viagens de finalistas “merecem uma atenção dos pais” mas também das escolas.

Estas viagens de finalistas são normalmente organizadas pelas associações de estudantes e não envolvem acompanhamento de professores ou encarregados de educação.


Situação que Carlos Ramalheiro considera errada e para a qual aconselha a intervenção das escolas, nomeadamente a criação de condições para que estas viagens de finalistas tenham o acompanhamento de professores.

“Trata-se de um fenómeno cultural onde, quantas vezes, os jovens, como é da sua natureza, testam limites. Por isso é importante que os pais e as escolas reflitam sobre a participação dos seus filhos nestas viagens”, apontou."
Diário Digital / Lusa



Abraço!

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