terça-feira, 19 de abril de 2011

Abandono escolar continuou a baixar em 2010

A notícia é boa.

Mas, nós que estamos por dentro da realidade do Ensino, sabemos como é conseguido este número: andamos com os alunos "ao colo", dámos-lhe o 9º ano em troca de um trabalhito sobre a vida deles escrito a computador, simplificamos ao máximo as avaliações (que é como quem diz baixamos a exigência ao nível mínimo), quase somos obrigados a passar alunos só porque apareceram à escola uns dias... enfim!

De qualquer forma parece o suficiente para "enganar" a Comissão Europeia.


"O secretário de Estado da Educação considerou hoje que Portugal fez “progressos notáveis” nos últimos anos, destacando a redução do abandono escolar em 2,5 pontos percentuais, no ano passado, para 28,7 por cento, em parte devido às vias profissionais.


Ao comentar um relatório da Comissão Europeia hoje divulgado, que inclui os dados do abandono precoce do sistema educativo até 2009, João Mata acrescentou os mais recentes indicadores, estimando que a tendência é para continuar a baixar o abandono, devido a medidas como as vias profissionais e a escolaridade obrigatória de 12 anos.

“Aquilo que é a previsão da União Europeia, expressa no relatório, confirma-se. O INE acaba de revelar o dado para o abandono escolar para o ano de 2010 e esse dado revela que em Portugal a taxa desceu em cerca de 2,5 pontos percentuais, situando-se agora nos 28,7 por cento”, disse João Mata à agência Lusa.

O secretário de Estado frisou que, nos últimos seis anos, Portugal reduziu em cerca de 11 pontos a taxa de abandono escolar, passando de 39 por cento para 28 por cento.

“Isto quer dizer que hoje abandonam menos 90 mil jovens do que há seis anos. Este é um dado muito significativo, muito estimulante e mostra que este trabalho é fruto de um conjunto de políticas que tem trazido os resultados esperados”, sublinhou.

Mata referiu que foram seguidas as recomendações da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico), no sentido de que o peso das vias profissionais no ensino secundário atingisse os 50 por cento.

“Aquilo que está é também o peso da iniciativa Novas Oportunidades neste eixo dedicado aos jovens, concretizado através da expansão e diversificação das vias profissionais”, explicou.

Para o secretário de Estado, trata-se de um reconhecimento das políticas educativas adotadas em Portugal, através dos resultados apresentados.

“Nos últimos seis anos, aumentámos em cerca de 250 mil o número de jovens matriculados no sistema de educação e formação. Este é um número esmagador e vai ao encontro daquele que é o principal desafio do sistema educativo: qualificar a população portuguesa”, disse.

Considerando os resultados “muito animadores”, João Mata defendeu que o país está “no bom caminho”, frisando que 28,7 por cento dos jovens, entre os 18 e os 24 anos, não concluiu o ensino secundário e não está neste momento inscrito no sistema de educação e formação.


A meta da UE para 2020, neste domínio, é de 10 por cento.

O Ministério da Educação emitiu um comunicado para se congratular com os resultados do relatório sobre os progressos na Educação, destacando “o investimento na melhoria das competências básicas dos alunos em língua portuguesa, ciências e matemática”.

Os relatores recorreram a dados do Eurostat e do PISA, um programa internacional de avaliação de alunos da OCDE, cujo mais recente relatório aproximou Portugal da média da União Europeia."



Abraço!

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