Este belo governo está a ter tantas mudanças de última hora, porque não voltar atrás também no encerramento das Escolas?
E esqueçam o argumento que é para o bem das crianças...
"Pais contra fecho de primárias
Correio da Manhã
O processo de encerramento de escolas primárias com menos de 21 crianças não deverá ser interrompido com a eleição do próximo Governo.
A Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) está na expectativa para saber qual será a decisão do novo Executivo, mas não vê razões para interromper o processo. Os pais não concordam com a decisão da ministra da Educação Isabel Alçada e temem que as mudanças de escola, muitas vezes pelo segundo ano consecutivo, tenham efeitos negativos na aprendizagem dos filhos. No próximo ano lectivo, 420 escolas deverão fechar portas.
"No ano passado já diziam que a escola ia encerrar, mas depois acabou por ficar", comenta Anabela Lúcio, mãe da Solange, aluna de 9 anos da Escola Básica de Pereiro de Palhacana, uma das quatro que estão em risco de encerrar em Alenquer. Além de Solange há mais 11 crianças na escola: uma no 1º ano, cinco no 2º, duas no 3º e três no 4º.
Segundo José João Grácio, presidente da Junta de Freguesia de Pereiro de Palhacana, a escola não é para fechar. "A informação que tenho é que não fecha. Estive reunido com o vereador da Educação que me disse que não fecha. O director de agrupamento também me garantiu o mesmo. É certo que faz parte da lista de escolas, tal como já fazia no ano passado", garante ao CM. A escola do Bairro, na Abrigada, tem 16 crianças, enquanto a de Azedia, em Pereiro de Palhacana, tem apenas oito. A outra escola que deverá encerrar é a de Lapaduços.
A concretizar-se o fecho da escola, Solange terá de ser transferida novamente para um outro estabelecimento de ensino. "Ela já veio transferida do Casal das Eiras, onde fez os 1º e 2º anos. Queria muito que ela fizesse o 4ª ano nesta escola. Se a fecham, já é a segunda transferência em dois anos seguidos", lamenta Anabela Lúcio, sem saber qual o destino da filha no final do ano lectivo.
Fernando Campos, vice-presidente da Associação de Municípios, afirma que "as autarquias estão na expectativa de conhecer a posição do próximo Governo" e diz não encontrar razões para cancelar o processo, desde que sejam cumpridos três requisitos: "Se as autarquias concordarem com o encerramento, se as crianças forem para escolas com melhores condições e o Governo suportar as despesas de deslocação, não vejo motivos para não fecharem estas e outras escolas", explica.
"SE NÃO FOR A ESCOLA A ALDEIA FICA DESERTA"
Os pais dos alunos da escola de Santa Susana, em A-dos-Francos, Caldas da Rainha, não ficaram nada satisfeitos por saberem que o estabelecimento de ensino está na lista das que deverão encerrar no próximo ano lectivo.
"Todos os anos os pais têm pintado e arranjado a escola, que tem todas as condições para continuar a funcionar", manifestou Carla Brás, cuja filha é uma das 18 crianças que frequentam a escola.
O edifício só tem uma sala e uma professora. "Houve imposição do agrupamento de escolas de que só podia ter 18 alunos e outros dois, que estavam a mais, tiveram de passar para outra escola", explicou. Carla Brás garante que os encarregados de educação vão juntar-se "para evitar que a escola feche".
António Tomé, avô de outro aluno, diz que o encerramento do estabelecimento "é uma perda para a localidade" e que não há justificação para que a medida avance.
"A escola faz muita falta. Onde moro já fechou e tive de vir para aqui com a minha filha. E agora tenho de ir para outro lado mais distante?", interrogou Aida Santos, considerando que a aldeia ficará "descaracterizada".
Uma outra moradora de Santa Susana, Celeste Franco, explica que "se não for a escola, a aldeia não tem movimento e fica mais deserta e abandonada". No concelho das Caldas da Rainha deverão encerrar portas seis escolas primárias com menos de 21 crianças."
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