"As aulas assistidas têm custos", mas deve ser a parte mais lógica desta ADD. Afinal o que faz o professor? Lecciona! Não interessa se tem umas planificações coloridas e muito bem justificadas, não interessa se tem um belo plano de aula, se faz um teste muito fácil ou aceita trabalhos fora do prazo, o que interessa é o reflexo do seu trabalho na aprendizagem dos alunos. E onde é que isso acontece? Nas aulas, é aí que se vê o verdadeiro professor.
É claro que 2 ou 3 aulas podem ser muito bem ensaiadas, promete-se uns bonús aos alunos para se portarem bem, apresentam-se um lindos planos de aula feitos por um colega competente, etc, etc... É preciso saber se somos bons todas as aulas, ou, deve bastar para sermos um professor excelente, 90% delas. Ou mesmo 75% para sermos muito bons.
Fazendo as contas: dei à volta de 100 aulas por turma, em 4 turmas, logo tenho que ter 360 aulas boas para ser Excelente! Ou 300 para ser Muito Bom. É claro que não há esta possibilidade. Mas e se as aulas assistidas não forem marcadas? Imaginemos que vão assistir a 2 por turma - no meu caso seriam 8. É claro que dessas 8 umas seriam melhores do que outras. E que tal se dessas 8 pudessemos escolher as 5 ou 6 melhores? E as restantes servissem para aprendermos com os erros?
Para isto teria de haver a figura de avaliador em exclusivo, não poderia fazer mais nada. E um por grupo em cada agrupamento... ui, onde é que isso ia dar?
Lembram-se da minha velha mensagem "Os Professores não querem esta ADD. Como querem a "outra"?".
(Tinha tantas esperanças nesta mensagem, pensei que surtisse efeitos neste blogue, mas... pelo menos fui insultado no "A Educação do Meu Umbigo", lá gerou-se uma boa "onda" de discussão)
Não é fácil arranjar um modelo que sirva para avaliar um professor. Não é fácil definir o que é um bom professor. Não é fácil arranjar colegas capazes de avaliar. Não é fácil... Não é fácil!
"Novo modelo irá diminuir custos de avaliação externa de professores
O ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou hoje que o novo modelo de avaliação de desempenho dos professores terá “soluções” para resolver os custos da avaliação externa dos professores.
Numa audição na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, Nuno Crato indicou que a avaliação externa – que se traduz nas aulas assistidas – tem “algumas limitações”, só se fazendo “em alguns escalões” e “para quem a requeira”.
Em declarações aos jornalistas no fim da audição, o ministro destacou que “as aulas assistidas têm custos” e que no modelo que o Governo irá apresentar a 12 de Agosto “tudo será conhecido”.
O ministro destacou ainda que o trabalho na proposta concreta de modelo de avaliação continua e que essa proposta será depois sujeita a “discussão pública”.
Reiterou que o novo modelo visará, entre outros objectivos, “desburocratizar” o processo de avaliação de desempenho.
Nuno Crato referiu que “nem tudo vai correr tão bem para os [professores] contratados” como o Governo desejaria, mas quis deixar “uma palavra de esperança e trabalho” aos docentes.
“Temos que estar preparados porque estamos com dificuldades”, apontou, apelando aos professores para que “se inscrevam” e garantindo que “as direcções das escolas estão a funcionar de forma clara”."
Numa audição na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, Nuno Crato indicou que a avaliação externa – que se traduz nas aulas assistidas – tem “algumas limitações”, só se fazendo “em alguns escalões” e “para quem a requeira”.
Em declarações aos jornalistas no fim da audição, o ministro destacou que “as aulas assistidas têm custos” e que no modelo que o Governo irá apresentar a 12 de Agosto “tudo será conhecido”.
O ministro destacou ainda que o trabalho na proposta concreta de modelo de avaliação continua e que essa proposta será depois sujeita a “discussão pública”.
Reiterou que o novo modelo visará, entre outros objectivos, “desburocratizar” o processo de avaliação de desempenho.
Nuno Crato referiu que “nem tudo vai correr tão bem para os [professores] contratados” como o Governo desejaria, mas quis deixar “uma palavra de esperança e trabalho” aos docentes.
“Temos que estar preparados porque estamos com dificuldades”, apontou, apelando aos professores para que “se inscrevam” e garantindo que “as direcções das escolas estão a funcionar de forma clara”."
Abraço!
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