Continua, no entanto, a ser um número muito drástico, onde eu vou estar metido!
Tenho um colega muito mais optimista do que eu e que diz que o 3º ciclo e o secundário serão menos afectados. Eu não tenho tanta confiança, mas, como já sabem, há vezes em que prefiro estar errado...
"FENPROF estima perda de quase 20 mil horários
Educare
Resultados dos concursos de colocação de professores são conhecidos no final de agosto. Ainda não há números, mas as previsões não são animadoras. Os "horários zero" vão aumentar. FNE pede que não se reduza a necessidade de professores ao funcionamento das disciplinas.
"FENPROF estima perda de quase 20 mil horários
Educare
Resultados dos concursos de colocação de professores são conhecidos no final de agosto. Ainda não há números, mas as previsões não são animadoras. Os "horários zero" vão aumentar. FNE pede que não se reduza a necessidade de professores ao funcionamento das disciplinas.
Todos já assumiram que haverá menos professores contratados no próximo ano letivo, inclusive o próprio ministro da Educação, Nuno Crato, numa cerimónia pública. O número de docentes sem horário vai aumentar. Por outras palavras: haverá menos contratações e mais "horários zero". No final de agosto, os professores saberão o destino que lhes é reservado para o próximo ano letivo. FNE e FENPROF estão preocupadas com a situação, alertam para a extinção de milhares de postos de trabalho, lembram que há projetos em risco e pedem soluções para quem ficar sem alunos.
"A conjugação das orientações dadas com a diminuição do número de alunos e algumas alterações curriculares determinará uma diminuição das necessidades do número de professores, que depois poderão ser ajustadas mediante a realidade de cada escola". Ao EDUCARE.PT, João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), refere que o cenário "é preocupante em termos de empregabilidade" da classe docente. Todos os anos, por esta altura, há professores com o coração nas mãos.
João Grancho tem acompanhado atentamente as palavras do ministro da Educação que dão conta da diminuição do número de professores que terão um horário no próximo ano letivo. Para o responsável da ANP, o problema não tem sido atacado na raiz. "Ao longo de muito tempo, não se atacou na base, foram sempre criados cursos de formação de professores, não acautelando as necessidades escolares que enfrentam uma diminuição do número de alunos", refere. A oferta da formação inicial não estancou e o mercado de trabalho deixou de ter capacidade para absorver tantos professores. Por isso, o presidente da ANP defende que é necessário ter "uma referência mais objetiva e concreta do que são as necessidades" do sistema educativo.
As escolas estão a fazer o inventário das suas necessidades para o ano letivo que arranca no próximo mês. A Federação Nacional de Educação (FNE) não tem dúvidas de que haverá mais professores contratados a ficar sem trabalho. "Pela primeira vez, haverá menos professores contratados no próximo ano letivo", diz João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, que avisa que não se deve "reduzir as necessidades de professores ao funcionamento das disciplinas". O responsável receia que haja projetos educativos que não sejam implementados precisamente por falta de profissionais. Além das aulas, há outras iniciativas de promoção de sucesso a que, em seu entender, é preciso dar resposta.
Dias da Silva pede soluções ao Governo, ou seja, "políticas ativas" para que os professores que não consigam um horário não sejam colocados numa prateleira. Nesse sentido, o responsável pede que se "alargue o leque da capacidade de emprego dessas pessoas". Isto é, que se estique a possibilidade de empregabilidade de quem não conseguiu um lugar numa sala de aula. Uma forma de, sublinha, aproveitar a experiência e os conhecimentos adquiridos ao longo de anos de serviço.
A vice-secretária-geral da FNE, Lucinda Dâmaso, já deixou um aviso à tutela. "Será um erro gravíssimo se as escolas, porque o ministério quer fazer cortes em termos financeiros com professores, ficarem sem recursos humanos para fazer face a todos os problemas que existem de ordem pedagógica", referiu.
Nas contas da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), o número de horários que poderão ser eliminados poderá chegar aos 20 mil. "O que significa muitos horários zero, muitos professores despedidos", diz Mário Nogueira ao EDUCARE.PT. Na sua opinião, a alteração das regras para a elaboração de horários e organização das escolas tem uma responsabilidade importante neste cenário. E não é tudo. O sistema da mobilidade especial entra também no rol das preocupações. "Há uma tentativa do Governo em querer livrar-se dos professores, nomeadamente através da mobilidade especial". "A intenção do Governo é reduzir a despesa através da redução de professores", acrescenta.
Mário Nogueira pede à tutela que acautele algumas situações. Ou seja, que seja garantido serviço aos professores com "horário zero" nas escolas a cujos quadros pertencem. "Há milhares de horários que vão embora", aponta. A FENPROF tem já alguns números nas mãos de escolas que ficarão com mais de 30 "horários zero" e em que os lugares de contratação desaparecem. "É da mais elementar justiça que um trabalhador que estabeleça uma relação contratual com o Estado por vários anos tenha direito à ambiciona estabilidade profissional, em resultado da sua utilização com caráter permanente para suprir necessidades do sistema educativo", escreve a Federação no seu site."
"A conjugação das orientações dadas com a diminuição do número de alunos e algumas alterações curriculares determinará uma diminuição das necessidades do número de professores, que depois poderão ser ajustadas mediante a realidade de cada escola". Ao EDUCARE.PT, João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), refere que o cenário "é preocupante em termos de empregabilidade" da classe docente. Todos os anos, por esta altura, há professores com o coração nas mãos.
João Grancho tem acompanhado atentamente as palavras do ministro da Educação que dão conta da diminuição do número de professores que terão um horário no próximo ano letivo. Para o responsável da ANP, o problema não tem sido atacado na raiz. "Ao longo de muito tempo, não se atacou na base, foram sempre criados cursos de formação de professores, não acautelando as necessidades escolares que enfrentam uma diminuição do número de alunos", refere. A oferta da formação inicial não estancou e o mercado de trabalho deixou de ter capacidade para absorver tantos professores. Por isso, o presidente da ANP defende que é necessário ter "uma referência mais objetiva e concreta do que são as necessidades" do sistema educativo.
As escolas estão a fazer o inventário das suas necessidades para o ano letivo que arranca no próximo mês. A Federação Nacional de Educação (FNE) não tem dúvidas de que haverá mais professores contratados a ficar sem trabalho. "Pela primeira vez, haverá menos professores contratados no próximo ano letivo", diz João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, que avisa que não se deve "reduzir as necessidades de professores ao funcionamento das disciplinas". O responsável receia que haja projetos educativos que não sejam implementados precisamente por falta de profissionais. Além das aulas, há outras iniciativas de promoção de sucesso a que, em seu entender, é preciso dar resposta.
Dias da Silva pede soluções ao Governo, ou seja, "políticas ativas" para que os professores que não consigam um horário não sejam colocados numa prateleira. Nesse sentido, o responsável pede que se "alargue o leque da capacidade de emprego dessas pessoas". Isto é, que se estique a possibilidade de empregabilidade de quem não conseguiu um lugar numa sala de aula. Uma forma de, sublinha, aproveitar a experiência e os conhecimentos adquiridos ao longo de anos de serviço.
A vice-secretária-geral da FNE, Lucinda Dâmaso, já deixou um aviso à tutela. "Será um erro gravíssimo se as escolas, porque o ministério quer fazer cortes em termos financeiros com professores, ficarem sem recursos humanos para fazer face a todos os problemas que existem de ordem pedagógica", referiu.
Nas contas da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), o número de horários que poderão ser eliminados poderá chegar aos 20 mil. "O que significa muitos horários zero, muitos professores despedidos", diz Mário Nogueira ao EDUCARE.PT. Na sua opinião, a alteração das regras para a elaboração de horários e organização das escolas tem uma responsabilidade importante neste cenário. E não é tudo. O sistema da mobilidade especial entra também no rol das preocupações. "Há uma tentativa do Governo em querer livrar-se dos professores, nomeadamente através da mobilidade especial". "A intenção do Governo é reduzir a despesa através da redução de professores", acrescenta.
Mário Nogueira pede à tutela que acautele algumas situações. Ou seja, que seja garantido serviço aos professores com "horário zero" nas escolas a cujos quadros pertencem. "Há milhares de horários que vão embora", aponta. A FENPROF tem já alguns números nas mãos de escolas que ficarão com mais de 30 "horários zero" e em que os lugares de contratação desaparecem. "É da mais elementar justiça que um trabalhador que estabeleça uma relação contratual com o Estado por vários anos tenha direito à ambiciona estabilidade profissional, em resultado da sua utilização com caráter permanente para suprir necessidades do sistema educativo", escreve a Federação no seu site."
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