Certo, certinho é que vai diminuir drasticamente o número de contratados. E eu estou mesmo a contar estar no grupo dos que não vão conseguir lugar.
Par outros que estão ou pensam como eu, vou tentar animar-vos: resta-me uma esperança! Imaginemos que sada a lista de Agosto cai a bomba: "Escolas, contratem directamente!" Não vou discutir agora a justiça ou injustiça desta possível medida. Nem posso afirmar que seja a salvação para todos, mas pode ser para alguns. Para os que, por muita infelicidade, azar, más opções ou pelo que seja, acabaram o curso há 10 anos como eu e concorrem com pouco mais de 18 valores. Mas nos anos que trabalharam, mesmo com horários miseráveis e a muitos quilómetros de casa, conseguiram mostrar trabalho, pelo menos numa ou outra Escola. E, ainda assim tendo também sorte, uma dessas Escolas prefere Professores que já lhes deram provas de profissionalismo...
Não vos chateia ver colegas a concorrer com graduações enormes (alguns acabaram o curso com médias quase acima da minha graduação actual e não sei o que eles sabem ou se sabem mais do que eu, só sei que gastaram mais dinheiro a tirar o curso e/ou o tiraram numa faculdade que não tinha prazer de se afirmar como muito difícil e dar notas baixas) e depois verem o trabalho que fazem na Escola ser, no mínimo, discutível? Pois, a mim também...
No entanto os sindicatos, e outros, defendem com unhas e dentes a graduação... porque não defendem, porque não defendemos todos, a competência?
Eu sei que isso da competência é relativo. A menina jeitosa com peito avantajado é muitas vezes mais competente do que a "caixa de óculos" escanzelada que também apareceu na entrevista. A filho do Presidente da Câmara é muitas vezes mais competente que outro com vários anos de experiência e provas dadas de competência. E outras que tais.
Mas a Escola não contrata um ou dois profissionais. A Escola contrata para várias Disciplinas. A Escola serve os pedidos deste ou daquele, mas depois sobra sempre um ou outro lugar.
Se a Escola pode escolher os Professores, na altura de apresentar resultados não tem desculpa de lhe ter calhado uma mão cheia de fracos trabalhadores.
Mas levanta-se (pelo menos um, mas de certeza que são mais) um problema: a competência e a capacidade da Escola para contratar. Teria que haver um grupo muito eficaz e competente para analisar todas as candidaturas e conseguir identificar os melhores. Mas as empresas fazem-no, claro que com uns erros pelo meio, mas fazem-no. E até há empresas que podem tratar disso para as Escolas.
Desculpem-me a extensão do desabafo/análise/comentário. Tudo isto veio-me à cabeça por causa desta notícia que transcrevo, e disponibilizo o audio, abaixo, da Antena 1.
Para ler:
"Ministro da Educação admite que haverá bastantes professores não contratados
O ministro da Educação, Ciência e Ensino Superior diz que é uma situação inevitável. Nuno Crato admite que muitos professores contratados vão ficar sem contrato. Numa audição na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, Nuno Crato adiantou ainda que muitos professores vão ficar nas escolas em horário zero a fazerem trabalho administrativo, mas não adiantou números."
Para ouvir é só clicar aqui.
Abraço!
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