terça-feira, 9 de agosto de 2011

Desemprego: Exagero ou realidade?

No site da FENPROF há uma mensagem de "calamidade" no Ensino: horários zero "a dar com um pau" e quase inexistência de lugares para contratados.

Eu quero acreditar que isto é conversa de sindicato, embora admita que a situação não está nada boa, principalmente para os contratadozecos como eu que já andam nesta vida há tempo suficiente para terem juízo.

Estes horários zero são um bom caminho para se livrarem de professores do quadro: concorrem a outras escolas e não conseguem lugar. O que vão fazer? Mobilidade especial... e para fora das Escolas, para que os colegas desistam da sua carreira...

Se é complicado ("complicado" é um eufemismo) para um contratado, imagino para um quadro com grande tempo de serviço que vê agora a sua situação mudar drasticamente... E, infelizmente os que saem não são os incompetentes, são os que têm menos tempo de serviço. É também por isto que acredito na avaliação, não nesta, claro, mas numa que separe o trigo do joio.

No anexo II pode-se ler:

"Extinção de muitos postos de trabalho

É dramática a situação relativamente à contratação já que todos as direcções das escolas contactadas declaram que no próximo ano lectivo deixará, praticamente, de haver professores a contrato, sendo muito elevado o número dos que cairão no desemprego.

Refiram-se os casos de Faro que, em apenas sete escolas, perde 74 lugares para contratação, do Agrupamento de Alandroal (Évora) onde os 32 lugares existentes para contrato desaparecem ou Crato (Portalegre) que extingue todos os lugares para contratação. Já no distrito do Porto, encontramos o Agrupamento “A Ribeirinha” (Vila do Conde) a perder 16 lugares ou a Secundária Rocha Peixoto (Póvoa de Varzim) com o risco de perder mais 7 postos de trabalho. Mas, recorrendo a mais exemplos, nos agrupamentos de Cinfães e D. Duarte (Viseu) extinguem-se 8 e 10 lugares para contrato, respectivamente, e nos de Aguiar da Beira e de Almeida (Guarda) são 9 e 7 os lugares extintos. A mesma situação preocupante encontramos no Agrupamento de Arganil, com menos 6, e na Secundária D. Dinis (Coimbra) também com menos 6 lugares para contratação. E no Agrupamento de Escolas da Sertã, por exemplo, desaparecem 10 lugares para contratos. Já no distrito de Santarém, a situação não é melhor com os Agrupamentos Duarte Lopes (Benavente) com menos 5 lugares, Fazendas de Almeirim com menos 5 e, por exemplo, o Agrupamento Marinhas do Sal (Rio Maior) com menos 8 lugares. Neste mesmo distrito, a Secundária Sta Maria do Olival regista (provisoriamente) menos 14 lugares para contratação.

Esta é uma situação que se repete por todo o território nacional e que, aliás, Nuno Crato não nega, antes confirma. Apesar disso, todas as direcções de escolas estão a envidar todos os esforços para garantir o funcionamento de cursos ainda não autorizados e a autorização de mais turmas de forma a minorar os efeitos tão negativos que esta situação provocará certamente entre milhares de professores."

O resto da mensagem, com indicação de muitos horários zero, pode-se ler aqui.

Abraço!

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