quarta-feira, 31 de agosto de 2011

3 mil horários por preencher por "alguma ineficiência do sistema"

Acompanhem esta minha linha de pensamento e digam de vossa justiça:
"Necessidades transitórias" - são as que foram preenchidas agora. São horários completos e incompletos, mas todos anuais. Logo, nas Bolsas de Recrutamento vão aparecer 3179 horários anuais que, por "alguma ineficiência do sistema" não foram agora preenchidos.

Bom para quem ainda está de fora, mau para quem ficou colocado em horários "piores" do que os que vão sair.

E, se a lei das reconduções se mantiver, destes 3179 horários, os que forem completos não vão "permitir" que isso aconteça...

Tudo por causa de "alguma ineficiência do sistema"

"Mais de 3 mil horários por preencher em concurso professores

O Ministério da Educação revelou hoje que ficaram por preencher mais de três mil horários dos 18.118 solicitados pelas escolas no concurso para professores a contrato, o que revela «alguma ineficiência do sistema».

Em comunicado, o Ministério refere que ficaram «3179 horários não satisfeitos» do concurso para satisfação de necessidades transitórias.

Através do concurso foram contratados 12.747 professores e a tutela recorreu a 2192 professores de carreira para preencher as necessidades das escolas."
Diário Digital / Lusa

Abraço!

Saíram (de novo) as listas de colocações

Vamos ver se é desta...

Ainda nem as comparei com as primeiras que saíram.

Eu, como esperado, estou de fora, com muitos à minha frente.

Link directo para a contratação aqui.

Parabéns aos que conseguiram, boa sorte para os resistentes nesta vida!

Abraço!

Um contratado não pode ser Excelente

Poupar! É mesmo isto, poupar!

Como já vão avaliar os colegas de topo da carreira têm que cortar nos custos: não há aulas assistidas para contratados! Um contratado não pode ser Excelente!

Mais uma vez, contratado é m#$%a! 

Mais ainda: cada Agrupamento pode decidir como avalia os contratados. Estão a pensar no mesmo que eu? Grande confusão e disparidade nas formas de avaliar e nos resultados...

Enfim... És contratado? Coitado...


"Avaliação docente. Se é contratado, nunca será um excelente professor


Ministério da Educação quer impedir os docentes contratados de solicitarem aulas assistidas, negando-lhes assim o acesso à nota mais alta

Um professor contratado pode ser empenhado, ensinar bem e saber motivar os seus alunos. Pode até ser o melhor de todos, mas nunca será um excelente professor. Este é pelo menos o entendimento da equipa de Nuno Crato, que, no novo projecto de avaliação docente entregue aos sindicatos, os impede de solicitarem aulas assistidas, vedando-lhes desta forma o acesso à nota mais alta.

A condição está expressa de forma inequívoca no n.o 7 do artigo 18.o do projecto que o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, deu a conhecer às associações e federações sindicais: "Não há lugar à observação de aulas dos docentes em regime de contrato." E não havendo aulas assistidas também não há hipótese de ambicionar a menção de excelente.

É um ponto assente na segunda versão apresentada pelo Ministério da Educação e Ciência que, em contrapartida, prevê outro tratamento para os professores de quadro - estes, se estiverem convencidos de que são profissionais de primeira água, podem pedir aulas assistidas, condição essencial para se candidatarem à classificação de mérito que, contudo, continua dependente de uma quota de 5%, tal como acontecia no documento anterior.



POUPAR: A intenção da tutela poderá ter pouco a ver com confiar ou não nas competências dos docentes contratados, alerta Maria João Gonçalves, dirigente da Associação Sindical dos Professores Licenciados (ASPL): "Esta parece ser mais uma tentativa para economizar dinheiro e recursos humanos." A equação para poupar é simples: ao impedir os contratados de terem aulas assistidas, o ministério está igualmente a retirar uma boa parte do trabalho aos avaliadores externos.

Na proposta da tutela, são os professores de outras escolas que ficam com a missão de assistir as aulas dos colegas. Só que para isso Nuno Crato prometeu reduzir o seu horário de aulas e até retirar as suas turmas, no caso dos docentes do 1.o ciclo do ensino básico. "Evita-se assim reduzir os horários dos avaliadores externos bem como pagar mais deslocações às escolas onde irão assistir as aulas."

Se para a ASPL é "inaceitável" privar os contratados da nota mais alta por uma questão de "equidade" e "deontologia profissional", para a Fenprof esta medida do ministério pode até ser um "indício" de que a avaliação não vai produzir efeitos no concurso para recrutar docentes. "E se por acaso isso acontecer, a tutela já sabe que não contará com o nosso acordo", conta Mário Nogueira.

No modelo anterior, a classificação excelente permitia ao candidato ter uma bonificação de dois valores na lista graduada e, caso o MEC mantenha as mesmas condições, esta poderá ser mais uma desvantagem para os contratados.

DIFERENTES. Não é só na avaliação externa que os contratados têm um tratamento diferenciado. De acordo com o n.o 3 do artigo 28.o, a tutela propõe ainda que durante o ano lectivo de 2011-2012 estes docentes sejam avaliados através de um "procedimento simplificado a adoptar pelo agrupamento". Significa que cada escola decide como vai avaliar os contratados. "Cada estabelecimento de ensino terá as suas regras e as suas sentenças", critica Maria João Gonçalves.

Estão portanto reunidas as condições para abrir mais uma guerra entre colegas, adverte André Pestana, coordenador do movimento reivindicativo de professores 3R: "O ministério está a dividir a classe, criando professores de primeira e de segunda. O que exigimos é tão-só um modelo uniforme para todos, virado sobretudo para a vertente formativa", remata."

Abraço!

Colocações "desaparecidas" podem ser as verdadeiras

Pelo menos é o que assegura a TVI24, depois de consultar uma "fonte segura" do MEC.

Se assim for, estas listas são credíveis. Eu só vou a acreditar nelas se se confirmarem com a divulgação na DGRHE, mas...

Abraço!

Colocações. a nossa angústia na comunicação social

O Jornal i já tem uma notícia sobre esta situação de espera/angústia:


"Cerca de oito mil professores ficam na mesma escola

Primeiras listas foram divulgadas on line pela tutela durante pouco mais de 10 minutos e retiradas de seguida. O site da Direcção Geral dos Recursos Humanos encontra-se agora em manutenção

As primeiras listas colocação de professores foram esta manhã divulgadas pelo Ministério da Educação no site da Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação, mas retirada pouco tempo depois.

No primeiro documento, foi possível conhecer o número de professores que tiveram os seus contratos renovados na mesma escola. São cerca de oito mil, mas estes dados podem sofrer ainda alterações, uma vez que as listas acabaram por ser retiradas pelos serviços centrais da tutela.

Tem sido uma manhã inquietante para os cerca de 50 mil professores que hoje esperam pelas listas de colocação da Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação (DGRHE). As listas foram divulgadas on line pouco depois das dez da manhã, mas acabaram por ser retiradas ao fim de poucos minutos, encontrando-se o site da DGRHE em actualização até agora.

Falta ainda conhecer a lista dos professores que ficaram colocados numa outra escola, a lista dos docentes excluídos, dos que não têm turmas atribuídas e ainda dos que foram contratados em condições especiais. Só após estes dados serem divulgados, será possível saber quantos professores ficam no desemprego."

Abraço!

Saíram as listas, mas desapareceram...

Por volta das 10 da manhã saíram as listas. Pouco depois foram retiradas(?).

Alguns colegas que as conseguiram descarregar estão a disponibilizá-las. Eu não o vou fazer!

Em princípio será uma sobrecarga no servidor da DGRHE e as listas estarão correctas. Creio que sim, mas não me sai da cabeça aquele ano em que saíram não sei quantas listas com incorrecções e que nos levaram ao desespero. Por isso vou aguardar, um pouco mais de paciência para depois ter certezas.

Actualização: cuidado, já afirmam que têm erros. Pelo sim, pelo não, aguardem mais um pouco...

Abraço!

Crato tira 95 milhões às universidades

Ou seja, o Ensino Universitário vai ser mais caro para os alunos. Sim, pois a minha bola de cristal vê um óbvio aumento das propinas... o estado tira, o aluno dá! Mas isto é o meu lado pessimista a falar...


"Em 2012, universidades e politécnicos terão menos 8,5% no orçamento.

As universidades portuguesas vão ter menos 66 milhões de euros e os politécnicos menos 29 milhões de euros, em 2012. A informação foi comunicada pelo Ministério da Educação ao Conselho Permanente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e confirmada ao Diário Económico por Fernanda Matias, vice-reitora da Universidade de Coimbra.

No total, são menos 95 milhões de euros no orçamento destinado às instituições do Ensino Superior, o que significa um corte de 8,5%. A Universidade de Lisboa terá um "corte de 8,46%, e de 2,5% na cativação, o que dá cerca de 11%", revela o vice-reitor da instituição, António Vasconcelos Tavares.

Esta situação é "uniforme" entre as universidades e politécnicos nacionais, garante ainda o vice-reitor. A universidade está agora, no Conselho Geral e nas suas unidades orgânicas, a analisar que medidas tomar em relação a este corte."
Económico

Abraço!

Compensação por Caducidade de Contrato: mais um passo

Paguem! É o que diz a Provedoria de Justiça. E não sei onde está a dúvida, é mesmo para pagar, ganhamos esse direito, somos função pública para o bem e para o mal!

Mas isto ainda se vai arrastar...

Chamo a atenção para o último parágrafo. Vou aguardar por desenvolvimentos...


"Docentes com contrato caducado devem ser remunerados, diz Provedoria

A Provedoria de Justiça deu razão à Federação Nacional dos Professores (Fenprof) na reivindicação do pagamento de compensações a professores cujos contratos caducassem, que a Direção-Geral de Recursos Humanos da Educação (DGRHE) não quer pagar.

Em Junho deste ano, a DGRHE emitiu uma circular em que dizia que não tinha que pagar compensações aos professores que vissem os seus contratos caducados e a quem não fosse comunicada a intenção de renovação.

Segundo o Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas, quando um contrato caduca porque o empregador não comunica a vontade de o renovar, o trabalhador tem direito a uma compensação por cada mês em que esteve empregado.

Na circular, a DGRHE diz que como os contratos não são renováveis e caducam de qualquer maneira não há lugar a compensações.

No ofício enviado à DGRHE, a que a Lusa teve acesso, os serviços da Provedoria consideraram que esta argumentação “subverte a intenção do legislador ao deixar sem tutela situações que este claramente quis acautelar”.

Por isso, recomenda à DGRHE que “se digne reapreciar o entendimento constante” da circular, de que a Fenprof apresentou reclamação à Provedoria.

Em comunicado, a Fenprof recorda que os Tribunais Administrativos e Fiscais de Leiria e Castelo Branco já tinham emitido acórdãos dando razão à Fenprof.

A Provedoria considera, no entanto, acertada a interpretação da DGRHE segundo a qual os professores que consigam novo contrato de trabalho não têm direito a compensação por caducidade do anterior."


Abraço!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Crianças têm problemas de visão que afetam o rendimento escolar

É verdade, estas situações acontecem. Até podemos pensar que é apenas mais uma aluno que não quer saber, no meio de todos os outros... Mais cedo ou mais tarde (espera-se que "mais cedo") acabam por ser identificados.


"Crianças têm problemas de visão que afetam o rendimento escolar
A sociedade portuguesa de oftalmologia alerta que 20 por cento das crianças têm problemas de visão que interferem com o rendimento escolar. As doenças que mais afetam os mais novos são os erros refrativos, estrabismo e ambliopia."


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

FNE comenta as negociações de hoje

Mais uma ronda de negociações.

A FNE reconhece mais abertura do MEC, mas não me parece muito optimista...

O que parece já claro é os avaliadores terem que ser da área do avaliado.

Não sei se é claro ou se sou eu a interpretar de outra forma: os 180 dias necessários para que haja avaliação poderem ser em diferentes escolas. Sobre isto ainda vou ter que ler mais.






Ministério apresenta nova versão do projecto de avaliação dos professores
FNE elogia atitude negocial mas diz que ainda estão longe de um acordo

A FNE ficou agora de apresentar o seu parecer sobre a nova versão do projecto (PÚBLICO)

O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE) considera "muito positiva" a atitude negocial do Ministério da Educação mas, depois de uma reunião esta manhã, salienta que um acordo ainda está longe.

“O Ministério da Educação está com uma atitude negocial muito positiva, mas se pesarmos o que ainda nos separa do que nos aproxima, diria que ainda pende mais para o lado negativo”. Foi desta forma que o secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, respondeu quando questionado pelo PÚBLICO sobre se estava mais perto ou mais longe de um acordo após a segunda ronda negocial para discutir o futuro modelo de avaliação de desempenho dos docentes.

À saída da reunião, João Dias da Silva revelou aos jornalistas que o Ministério apresentou uma nova versão do projecto, versão esta que acolhe algumas das propostas apresentadas pela FNE mas que “não houve acolhimento de outras mais significativas como a questão das quotas e das vagas”.

Questionado sobre se acredita num acordo até ao dia 9, o secretário-geral da FNE respondeu: “acredito que é possível trabalhar para encontrar novas soluções” para “valorizar os professores. Acordo está em aberto”.

João Dias da Silva salientou que houve aproximações de posições, nomeadamente em relação à “simplificação do processo” e “clarificou-se a questão dos avaliadores externos”. “Tem de ser um docente do mesmo grupo de recrutamento, do mesmo escalão ou superior e ter formação especializada”, explicou. Em relação aos professores contratados, o sindicalista referiu que “o texto ainda precisa de ser ajustado”.

A FNE ficou agora de apresentar o seu parecer sobre a nova versão do projecto e irá consultar os professores até ao dia 6 para ter uma posição final para a reunião de dia 9.

As negociações prosseguem à tarde com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof)."

Abraço!

domingo, 28 de agosto de 2011

Opinião "externa" sobre a ADD

Outra vez o raio do "não querem é ser avaliados!"!

E o pior é que nós permitimos que isso seja dito sem nos defendermos como deve ser.

A opinião pública já está "menos agressiva" e lá reconhecem que fomos (e ainda estamos a ser) maltratados, desde o patrão (Governo) ao cliente (Alunos/Encarregados de Educação).

Como somos funcionários públicos não queremos fazer nada e só chupamos dinheiro aos contribuintes, somos parasitas. O facto de sermos nós a dar a enorme base para o futuro da nação não interessa! Temos é que passar os filhinhos e estar calados para não levarmos porrada ou um processo em cima! "Mai nada!"

Leiam esta opinião do sr. Leonel Moura no Jornal de Negócios:

"Avaliar ou não avaliar, eis a questão

Leonel Moura


A avaliação dos professores é uma daquelas sagas tipo "Guerra das Estrelas". A força avança um pouco, a seguir o império contra-ataca e recomeça tudo de novo. Interminável, repetitivo e entediante.

Por estes dias estamos numa espécie de prelúdio dado o aparecimento em cena de um novo governo cheio de boas vontades, declarações patrióticas e sobretudo muita indefinição. Nunca é fácil iludir a realidade. E esta, no tema específico da avaliação dos professores, não podia ser mais adversa para quem acaba de chegar.

É preciso não esquecer que PSD e CDS se aliaram ao PCP, Bloco e sindicatos na guerra contra a avaliação. Chegaram mesmo, num ato indigno que até desagradou a Cavaco Silva, a aprovar no Parlamento, claramente fora de prazo, a sua suspensão. Agora, perante o concreto, e tal como vai sucedendo noutras matérias, nada é tão peremptório e definitivo. O novo ministro, por quem tenho estima pessoal diga-se a título de declaração de interesses, bem se esforça por realizar a quadratura do círculo, ou seja, agradar a professores e sindicatos mantendo a avaliação. O que, como se sabe, é uma impossibilidade matemática já que os professores pura e simplesmente não querem qualquer tipo de avaliação. Toda a conversa sobre metodologias, sistemas, quotas, alunos, excesso de trabalho, burocracias, etc., só tem um único e muito preciso objetivo: inviabilizar qualquer processo de avaliação séria. Aliás, basta olhar para as "contrapropostas" da Fenprof. Remetem invariavelmente para a autoavaliação, ou seja, para avaliação nenhuma.

Neste contexto, Nuno Crato parece seguir a tática de dizer o que os professores querem ouvir e fazer o que eles não querem aceitar. Pelo meio vai fazendo algumas cedências consideradas menores. Uma delas, contudo, de menor não tem nada e é particularmente perniciosa. Refiro a de isentar os professores "mais velhos" da avaliação. Um terço em números redondos, o que não é pouco.

A ideia é péssima qualquer que seja a perspetiva. O "já não vale a pena avaliar os velhos" remete para uma forma de discriminação intolerável. Que infelizmente continua a ser recorrente. José Pacheco, especialista de educação da Universidade do Minho, vai ao ponto de considerar que "os professores com mais anos de carreira 'nem sempre estão mentalmente preparados' para responder às novas exigências do sistema de ensino". Caberia perguntar se não estão "mentalmente preparados" então o que fazem na escola? Mas será mesmo assim? Será uma fatalidade genética? Ou, é precisamente a falta de exigência e de avaliação que conduz ao deixa andar, à passividade e, sobretudo, a essa desistência de se continuar a aprender, evoluir e melhorar capacidades? Só envelhece mentalmente quem quer.

Eventualmente, alguns professores "mais velhos" terão ficado satisfeitos por escaparem à avaliação. Mas haverá quem, legitimamente, se sinta ofendido. Esta isenção é um opróbrio e só estranha que sociedade e professores não reajam com veemência a esta forma de discriminação que, no fundo, diminui e marginaliza os "velhos". "Já não vale a pena" é uma morte antecipada.

Na outra perspetiva, a de privilegiar quem com o tempo chegou a um certo estatuto profissional e portanto não deve mais ser avaliado, estamos ainda pior. É certo que vivemos numa sociedade que trata de forma diferenciada os privilegiados. O chefe tem sempre razão, o senhor doutor não pode ser incomodado, o rico é um cidadão exemplar. De qualquer modo, tem-se evoluído no sentido de separar os privilégios do mérito. É esse, por exemplo, o caso da ciência em que, nas publicações ou para efeito de avaliação e financiamento de projetos de investigação, o professor catedrático é tratado exatamente nas mesmas condições do jovem licenciado. Isto é, pelo mérito das respetivas propostas. E os resultados não podiam ser melhores.

Não vale a pena iludir os factos. Todos os professores devem ser avaliados, da mesma maneira, com o mesmo grau de exigência. Novos e velhos. Em princípio ou em fim de carreira. De contrário, através da discriminação ou do favorecimento, tanto faz, continuaremos a não ter uma avaliação séria e digna desse nome. Não se pode ter medo do império. Darth Vader não pode vencer."


Abraço!

sábado, 27 de agosto de 2011

Coisas das regras da ADD

Neste caso é sobre as gravidezes de risco e licenças de maternidade.

Mas há mais casos em que os colegas não trabalham tempo suficiente para serem avaliados.

No ano lectivo passado fui fazer uma substituição, à partida de 1 mês. Ao inteirar-me melhor da situação que levou a colega a ausentar-se por lesão, apercebi-me que seria possível ficar colocado até ao fim do ano lectivo, pelo que teria o tempo necessário para ser avaliado "normalmente". Solicitei à Directora a avaliação com aulas assistidas e esta permitiu-o.

Apesar de ter só 12 horas lectivas e ter trabalhado menos tempo, o Muito Bom que consegui faz muita diferença na minha graduação... mas, por uma questão de dias, quase não tive acesso à avaliação!

Este ano falam de 180 dias a trabalhar  para se poder ser avaliado. Ainda não se falou da relevância da avaliação para a graduação - mas parece-me que vai influenciar, é só um palpite, mas... Será que a discriminação vai ser maior? Quem trabalha menos de 6 meses não pode ser Muito Bom nem Excelente?

"Professoras grávidas impedidas de progredir na carreira por não serem avaliadas

Teresa Fernandes falhou duas avaliações só porque estava grávida

Muitas escolas negam avaliação de desempenho mesmo às docentes que a solicitam. Resultado: não avançam na carreira. Sindicato dos professores pede alterações a lei "discriminatória".

Há agrupamentos de escolas que se têm recusado a avaliar o desempenho de professoras e educadoras de infância que foram forçadas a interromper as aulas por estarem perante uma situação de gravidez de risco ou em gozo de licença de maternidade e que, deste modo, se vêem impedidas de progredir na carreira. O argumento é o de que as professoras não cumpriram o tempo mínimo de serviço com a entidade avaliadora (escola), que é de seis meses.

A denúncia partiu do Sindicato dos Professores do Norte (SPN), que garante ter vindo a deparar-se com "inúmeras situações de discriminação de professoras que, por razões de gravidez de risco e/ou gozo de licença de maternidade, estão a ser penalizadas, nomeadamente na sua posição na lista graduada para concurso, na progressão na carreira e na colocação em concursos de oferta de escola".

Teresa Fernandes é uma das professoras que não viram o seu desempenho avaliado, apesar de o ter solicitado junto dos directores dos agrupamentos de escolas de Canelas e de Arouca, onde esteve colocada no ano lectivo de 2008/2009. "Entreguei relatórios de auto-avaliação, os objectivos mínimos nas datas estipuladas, mas nenhuma das escolas me avaliou", diz esta professora do ensino básico. "Sinto uma enorme revolta por não ter sido avaliada, apesar de ter cumprido mais de 11 meses de serviço naquele ano. Só que foram repartidos por duas escolas, não fazendo os seis meses obrigatórios em nenhuma delas", explicou ao PÚBLICO Teresa Fernandes.

Dupla penalização

Esta professora, de 32 anos, falhou uma segunda avaliação, desta vez por causa de uma gravidez de risco. No ano lectivo de 2009/2010, Teresa Fernandes foi colocada nos Açores e, devido à sua gravidez de risco, só trabalhou até inícios de Janeiro de 2010. Depois teve de parar e a avaliação do seu desempenho ficou por fazer. "Fui prejudicada por causa de uma gravidez de risco e licença de maternidade e agora não posso avançar um valor na graduação", afirma, inconformada.

A professora revelou ainda que tentou reverter esta situação, propondo no início do ano lectivo 2010/2011 ao director do agrupamento de escolas de Arouca, onde foi colocada, que a nota de avaliação do desempenho que viesse a obter fosse extensiva ao ano anterior, mas a sua pretensão saiu gorada. "Ainda insisti, mas de nada valeu", adiantou, dizendo que se lhe tivesse sido concedida essa avaliação podia avançar um valor na graduação, tendo em conta que a sua classificação no último não lectivo foi de "muito bom".

Graça Pereira, professora de Educação Física e Desporto numa escola de Espinho, engrossa o grupo de docentes que não conseguiram subir de escalão porque não foi avaliada o ano passado pela escola onde fora colocada. A história desta professora, de 42 anos, cruza-se também com uma gravidez de risco que a impossibilitou de participar em duas aulas assistidas no primeiro período do ano lectivo 2010/2011, um requisito que é exigido no processo avaliativo.

Um mês após o início das aulas, Graça Pereira sofreu um acidente de trabalho quando estava a dar uma aula e ficou de baixa médica, e foi na sequência desse acidente que descobriu que estava grávida. Tendo em conta o historial de abortos que sofrera antes, foi-lhe decretada gravidez de alto risco. Para progredir ao terceiro escalão da carreira docente, esta professora do ensino secundário tinha de apresentar um relatório intermédio de avaliação até ao dia 30 de Novembro de 2010, mas o seu estado não lhe permitiu participar nas duas aulas observadas que precisava de fazer. Perante o silêncio da escola, a professora tentou perceber o que se passava, tendo sido informada que não reunia todos os requisitos para poder ser avaliada.

Mudar a lei

"Acho isto muito injusto, porque a minha situação não me permitia fazer as duas aulas", declarou ontem ao PÚBLICO, sustentando que ainda fez uma exposição do seu caso na tentativa de ascender ao terceiro escalão da carreira, mas sem qualquer sucesso.Estes e outros casos constam de um documento que o Sindicato dos Professores do Norte enviou ao Presidente da República, primeiro-ministro, ministro da Educação e Ciência, entre outras entidades, e no qual o SPN critica o "comportamento discriminatório" dos directores de escolas e agrupamentos. O sindicato apela, por isso, a que "sejam introduzidas alterações e adequações legais necessárias ao pleno exercício do direito ao trabalho e progressão na carreira em igualdade" e que "seja reforçada a fiscalização de actos praticados à margem da lei que possam inibir o exercício daqueles direitos". Um novo modelo de avaliação está neste momento a ser negociado entre os sindicatos e o Ministério da Educação e Ciência, que já fez saber que o quer ver aprovado ainda antes do início do próximo ano lectivo.

José Manuel Costa, do SPN, explicou ao PÚBLICO que a legislação em vigor que regula a carreira e a avaliação de desempenho (Estatuto da Carreira Docente) "é insuficiente", porque não contempla excepções. "A legislação devia salvaguardar que não houvesse nenhum prejuízo para quem não fosse avaliado devido a uma situação de maternidade de risco", diz. Isto porque, frisa, "a legislação prevê que a avaliação seja considerada para efeitos de graduação em concursos".

Também o Bloco de Esquerda entregou esta semana no Parlamento uma pergunta dirigida ao Ministério da Economia e do Emprego onde relata estas situações."

Abraço!

Muitos alunos não conseguiram lugar na escola que queriam

Esta notícia do Público enquadra-se com as mensagens/notícias que já aqui deixei sobre a "fuga" dos alunos das privadas para as públicas (estou a falar de Escolas, claro) e pela busca de Escolas mais "reputadas".

Podem ler um excerto abaixo e a notícia completa no Público.

"O fenómeno é simples: tomada a decisão de poupar despesas e abdicar do ensino privado, os encarregados de educação procuraram sobretudo as escolas públicas nos lugares cimeiros do ranking publicado todos os anos pelo Ministério da Educação. O resultado também é fácil de perceber: algumas destas escolas sentiram um aumento da procura de alunos e foram este ano obrigadas a encaminhar mais processos de matrículas para as escolas de segunda escolha."


Abraço!

Novo ano "letivo", mas também "lectivo"

O AO (Acordo Ortográfico) entra em vigor este ano lectivo.

Quase todos os novos livros estão dentro desta ortografia, mas os que vão ser reutilizados dos anos anteriores ainda não.

Pode trazer alguma confusão, mas temos que aceitar este período de transição (um ou dois anos) e acreditar que tudo vai correr pelo melhor.


"Pais preocupados com grafias diferentes em manuais escolares
EDUCARE


Milhares de alunos vão começar a aprender uma nova ortografia do português, mas as associações de pais estão preocupadas com a possibilidade de, por causa da crise, o próximo ano ser "lectivo" para uns e "letivo" para outros.


O presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP), Albino Almeida, disse à agência Lusa que só no fim do primeiro período se verá que problemas existirão devido à forte possibilidade de existirem na mesma sala de aulas livros com grafias diferentes.

Mas admitida essa possibilidade, do lado dos docentes não parecem existir preocupações: "não antevejo grandes problemas, vamos entrar numa fase de adaptação, transitória, mas da parte das escolas houve um trabalho de preparação bem feito", disse àLusa o presidente da Associação Nacional de Professores, João Grancho.

Albino Almeida prevê que "centenas ou milhares" de alunos façam o ano com manuais do ano passado, sem o novo acordo ortográfico, uma circunstância agravada pela crise económica.

"Vemos com preocupação a situação, sabemos que há muitas famílias a pedirem manuais emprestados. Este ano, cerca de 18 mil famílias deixaram de ser elegíveis para o apoio social", indicou.

O presidente da CONFAP acrescentou que há autarquias que costumavam subsidiar a compra dos manuais e que agora estão a dizer "comprem-nos e nós depois reembolsamos", mas que um investimento de centenas de euros em manuais está fora de questão para os rendimentos de muitas famílias.

A presidente da Associação de Professores de Português, Edviges Ferreira, admite que pode haver "algumas confusões" e que a coexistência de manuais diferentes na mesma sala de aula vai originar alguma preparação por parte dos professores.

"Tudo o que é novo implica reflexão, estudo e os professores vão ter que se preparar, vai ser complicado pôr toda a gente a escrever, mas não são assim tantas as alterações", acrescentou.

Edviges Ferreira referiu que "é evidente que os livros de grafias diferentes vão coexistir, mas os professores vão ter de chamar a atenção para a maneira correta de escrever" segundo o acordo.

O acordo estará em todos os livros adotados este ano para o 1.º e 2.º ano do primeiro ciclo do Ensino Básico.

Segundo uma das principais editoras do setor do livro escolar, a Porto Editora, a assimilação da nova maneira de escrever nos manuais "está a decorrer tal como foi definido, em 2010, pelo Ministério da Educação em articulação com a Comissão do Livro Escolar da APEL, num calendário que terminará no ano letivo de 2014/2015".

O responsável pela comunicação da Porto Editora, Paulo Gonçalves, indicou que a adoção faseada visa "minimizar os custos para as famílias, autarquias, livrarias, bibliotecas escolares e editoras, evitando desperdícios desnecessários".

No 4.º ano do Ensino Básico, os manuais de Matemática já deverão ter a nova ortografia, tal como todos os do 5.º - menos Educação Física, Educação Musical, Educação Visual e Tecnológica.

Quanto ao 6.º ano, os alunos já vão aprender em livros adaptados ao novo acordo em todas as cadeiras exceto as de Língua Portuguesa, Educação Física, Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica.

Paulo Gonçalves lembrou que nas salas de aula, tal como nas bibliotecas, nas livrarias e em muitos outros sítios, continuarão a coexistir livros com a "antiga" e a "nova" ortografia", que poderão ser utilizados pelos professores e alunos."

Abraço!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Parabéns UM

Depois dos parabéns à UP por figurar na lista das melhores universidades, deixo agora os parabéns ao que se faz de bom por cá, neste caso na Universidade do Minho:


"Minho cria embalagem comestível para alimentos




Nanotecnologia permite aumentar tempo de conservação dos alimentos. Lacticínios serão os primeiros a adoptar tecnologia.

Não se vê, não tem cheiro, mas come-se. A Universidade do Minho está a propor uma revolução na indústria alimentar: uma película que permite embalar alimentos, aumentando o seu tempo de conservação, mas que é de tal forma fina que é invisível. E pode comer-se, porque na sua base está um material 100 por cento seguro para o consumo humano.

Os alimentos são cobertos com uma solução líquida que contém uma nanopartícula que, depois de seca, vai criar uma película protectora. Este material impede que os microrganismos contaminem o fruto ou legume, resolvendo problemas de segurança alimentar. "Na prática, isto é uma barreira", explica José Teixeira, investigador da Universidade do Minho (UM) que coordena a equipa de cinco pessoas que desenvolveu esta inovação.

O material que está na base desta solução é usado há vários anos na indústria alimentar. Trata-se de polissacáridos, que estão na base dos caldos de cozinha, por exemplo. A novidade está na forma como é posto ao serviço da segurança dos alimentos. A tecnologia desenvolvida no Minho apresenta um conjunto de vantagens que leva os seus responsáveis a acreditar que podem revolucionar o mercado alimentar.

Deterioração diminui

Os produtos envolvidos com esta nano-película ficam menos expostos à deterioração natural, aumentando o período durante o qual é possível consumi-los. No caso dos morangos - um dos frutos em que a aplicação desta tecnologia está mais desenvolvida - foram conseguidas reduções das perdas de 30 por cento.

"O consumidor não vê, não sente e pode comer o alimento sem problemas", garante José Teixeira. A solução permite aumentar o tempo de prateleira dos alimentos e reforçar a segurança alimentar. Além disso, a membrana pode tornar-se um veículo de acrescento de valor acrescentando, permitindo a incorporação de compostos bioactivos nos alimentos, como antioxidantes ou antibióticos A nanopelícula pode ser aplicada de três formas. A mais fácil é a imersão dos alimentos num líquido viscoso com as características necessárias à sua protecção, mas é uma solução mais cara, porque gasta maior volume de material. Os investigadores têm agora trabalhado num modelo de aspersão, que pode ser adaptado às soluções já existentes na indústria alimentar para a lavagem dos alimentos. A UM está ainda a desenvolver uma aplicação em filme, muito semelhante às películas aderentes que são normalmente usadas nas cozinhas domésticas.

O queijo Quinta das Marinhas fará, em breve, o primeiro grande teste a este invento. Os produtos embalados com a nanopelícula desenvolvida no Minho chegarão em breve ao mercado, dando resposta a um problema que a empresa - que há vários anos trabalha com a UM - enfrentava e que é comum a várias empresas de lacticínios. O queijo é um alimento facilmente perecível, o que obriga a rotações constantes dos stocks nos supermercados, implicando muitas vezes grandes perdas para os produtores.

A invenção da equipa coordenada por José Teixeira reduz em 20 por cento as perdas de massa do queijo, que assim poderá passar mais tempo nas prateleiras das lojas. Este tipo de soluções já está a ser testado com outras duas empresas de lacticínios e há também empresas do Brasil interessadas em aplicar a tecnologia.

A nova solução parte da investigação em nanotecnologia aplicada a embalagens na indústria alimentar em que este grupo da UM se tem especializado. A área está em forte expansão e o mercado que representava, em 2002, 150 milhões de dólares anuais, deverá valer, no próximo ano, qualquer coisa como 20 mil milhões de dólares, apontam as últimas estimativas.

Brasileiros querem melhorar qualidade

A embalagem comestível desenvolvida pelo Instituto para a Biotecnologia e Bioengenharia (IBB) da Universidade do Minho é um dos projectos de um consórcio internacional a que a instituição está associada, juntamente com outros cinco centros de investigação e universidades de Portugal e Espanha.As universidades de Aveiro, Vigo, País Basco e Complutense de Madrid, bem como o Centro de Investigação Valenciano IATA-CSIC são os restantes parceiros, que estão a desenvolver outras aplicações da nanotecnología aplicada à industria alimentar. O próprio desenvolvimento da nanopelícula contou com a participação de investigadores de universidades cubanas e brasileiras. Essa abertura levou a que algumas empresas do Brasil estejam a estudar a hipótese de aplicar a invenção aos frutos tropicais que exportam para a Europa, para melhorar a sua qualidade."

Abraço!

20, 30 mil, mais mil, menos mil...

Vão ser muitos, isso é certo! 


"Mais de 30 mil professores contratados no desemprego

Mais de 30 mil professores contratados vão ficar no desemprego, já em Setembro, sendo este o "maior despedimento de professores desde sempre" segundo a Fenprof.

Dos cerca de 50 mil docentes contratados que foram a concurso para o próximo ano lectivo, a Fenprof estima que no próximo dia 31 de Agosto "venham a ficar desempregados mais de 30 mil professores". Números que são avançados pelo sindicato mas que o ministério da Educação e Ciência não comenta.

Em causa estão docentes com 18 ou 20 anos de serviço, que "devido a alterações às normas de elaboração de horários, vão ficar fora do serviço", explica Mário Nogueira. Situação que este ano, segundo o líder da Fenprof se vai complicar devido às medidas já anunciadas pelo ministério que não no sentido "de reduzir artificialmente as necessidades das escolas, concentrando mais horas de serviço em alguns professores, acabando com a redução de horário para a assessoria das direcções das escolas. Ao alterar as regras de funcionamento das escolas conseguem assim reduzir a necessidade de contratar professores".

Mas para além destes, também os "milhares de professores dos quadros com horário zero, que foram concorrer para destacamento por ausência de componente lectiva, não sabem se vão ser colocados", acrescenta Mário Nogueira.

para alertar e discutir esta situação, a Fenprof reuniu ontem com o Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida. Um encontro de onde não saíram, para já, soluções que venham resolver o problema do emprego. No entanto, durante a reunião foi estabelecido o compromisso de vir a ser agendado um processo negocial - que vai arrancar após a discussão da avaliação, que pode terminar no final de Setembro - entre o sindicato e o ministério de Nuno Crato para que seja fixado "um regime de vinculação para professores com mais tempo de serviço".

Para além disso, durante a reunião de ontem o ministério assegurou à Fenprof e ao"Diário Económico", que a redução do número de dois professores para um da disciplina de Educação Visual e Tecnológica, não vai avançar este ano. Medida que caso avançasse, segundo Mário Nogueira, iria provocar uma situação de desemprego "muito pior"."

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Acordo para os Horários Zero e DCE

Depois das negociações da ADD, negociou-se a situação dos Horários Zero e DCE.

Pelos vistos foram negociações com bons resultados, ainda bem, mostra alguma consideração do MEC pelos colegas nestas situações.

Mas, contratado que sou, não posso deixar de pensar: não foi mais um "piscar de olho" aos colegas mais velhos? Atenção, não estou contra eles, apenas refiro que o MEC tenta arranjar aliados que têm força...



"Governo e Fenprof chegam a acordo

Em cima da mesa estava a situação dos horário zero sem colocação e docentes com doenças graves



Ministério da Educação e Fenprof chegaram a acordo em relação aos professores com horário zero sem colocação e aos professores com doenças graves, mas a Fenprof acusa o Executivo de ter adoptado o que de mau o anterior Governo fez.

A Fenprof reuniu-se ontem com o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova Almeida, para discutir a situação dos professores que podem vir a ficar sem emprego devido às novas regras de horários. Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da Fenprof disse que não foram tomadas resoluções quanto à situação do emprego dos professores com horário zero. Mário Nogueira deixou ainda uma crítica ao governo de Passos Coelho: "Nós dissemos que este governo se limitou a adoptar aquilo que de mau foi feito pelo governo anterior", referindo-se às novas regras de organização do ano lectivo.

Da reunião ficou a garantia de que não haverá nenhuma situação de mobilidade especial em relação aos professores com horário zero, e para aqueles que não fiquem colocados será feita uma afectação administrativa à sua escola, por forma a continuarem com actividade docente. Quanto aos professores com doenças graves ficou também o compromisso de que "todos os docentes que não venham a ter colocação sejam afectados administrativamente a escolas onde possam de facto fazer os seus tratamentos"."

Abraço!

ADD: temos que esperar até segunda-feira

"Fenprof considerou reunião de ontem "inconclusiva". FNE fala em "espírito de abertura"" - O ideal seria um meio termo, uma "união de sindicatos" que não fosse 8 nem 80. Parece que temos o "isto está tudo mal" por um lado e por outro o "vamos lá ver, é a vida"...

Estas coisas dos sindicatos (e abro este parêntesis para relembrar que sou sindicalizado) deixam muito a desejar, mas lá vão conseguindo alguns resultados. Considero que são essenciais, mas não acredito muito nesta estrutura, preferia um "Ordem de Professores" onde tocam todos afinados. Creio que seriamos melhor representados se não estivéssemos tão dispersos.

Quanto ao MEC, parece-me mais "aberto" do que os anteriores recentes, o que não quer dizer muito, vamos ter que esperar para ver.

Quanto à ADD, só segunda lá saberemos qualquer coisa:

"Avaliação de professores. Governo só dá respostas na próxima segunda-feira

Fenprof considerou reunião de ontem "inconclusiva". FNE fala em "espírito de abertura"



O Ministério da Educação e Ciência ouviu ontem as propostas das federações sindicais, FNE e Fenprof, de modelo de avaliação de docentes, depois de na segunda-feira ter reunido com os outros sindicatos, mas não avançou ainda com nenhuma resposta em relação às propostas e às perguntas colocadas em cima da mesa.

O único compromisso assumido durante a reunião foi o alargamento do prazo para a apresentação dos professores contratados, que passará de um para três dias após o resultado do concurso, garantiu a FENPROF.

O silêncio do ministério em relação ao futuro modelo de avaliação foi visto de maneira diferente pelos parceiros de negociação. A FNE (Federação Nacional de Educação) diz que o governo mostrou "espírito de abertura", enquanto a Fenprof (Federação Nacional de Professores) considera a reunião "inconclusiva".

Em declarações ao i, Mário Nogueira, da FENPROF, acusou o executivo de querer apresentar um modelo que é uma "simples estrutura" e pedir aos sindicatos que depois o "preencham". Segundo a FENPROF, durante o encontro, a tutela mostrou-se indisponível para responder a "questões essenciais" para que "fosse possível formular uma opinião fundamentada e apresentar contrapropostas".

Já João Dias da Silva, da FNE, garante que o processo negocial com a tutela de Nuno Crato tem funcionado. "O ministério ouviu, registou e prometeu respostas para a próxima reunião", afirmou ao iapós o encontro de ontem. Segundo o líder sindical, uma das conclusões que saíram desta reunião foi o estabelecimento da "reapreciação deste modelo depois do primeiro ciclo avaliativo". É uma proposta com que, garantiu João Dias da Silva, "o executivo concorda".

O líder da Fenprof aproveitou também a reunião de ontem para alargar o âmbito das negociações e está convicto de que um acordo quanto ao modelo de avaliação de professores terá de passar também pelo desbloqueamento do congelamento das progressões na carreira - uma questão "essencial à lógica do modelo de avaliação", garante Mário Nogueira, sem comentar a abertura do executivo a esta proposta.

Ambas as federações insistiram no fim das quotas de avaliação. O líder da FENPROF diz que "não haverá flexibilização" no que diz respeito a esta posição. João Dias da Silva adiantou ter apresentado ao ministério a proposta de funcionamento sem quotas durante um ano, a título experimental.

No final do segundo dia de negociações com os sindicatos da Educação, o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, disse que "todas as propostas vão ser analisadas" e acrescentou que, embora "o fim das quotas seja importante para os sindicatos", este não é o momento adequado para se pronunciar. O próximo encontro está marcado para o dia 29."

Abraço!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sindicatos querem trocar quotas das avaliações por classificações dos professores

Seja lá o que isso for.

é uma notícia de ontem sobre as primeiras reuniões do MEC com os sindicatos "pequinitos".

"Sindicatos querem trocar quotas das avaliações por classificações dos professores


Uma delegação de cinco sindicatos apresentou esta segunda-feira ao Governo propostas de alteração no sistema de avaliação dos professores, incluindo a troca do sistema de quotas para as diferentes notas por outro de classificações.

Sem especificar como funcionaria a proposta das classificações, o porta-voz dos sindicalistas, Carlos Chagas, presidente da Federação Nacional do Ensino e Investigação (FNEI), afirmou que não houve objecções da parte do Ministério da Educação: “Nem sim, nem não”, o que, “por omissão”, significa que as propostas “ficaram em cima da mesa”.

“Se o Governo quiser aceitar propostas alternativas, há”, e “não são incompatíveis” com as do Ministério da Educação e não acarretam aumentos de despesa, salientou Carlos Chagas.

Uma das questões que os representantes dos professores deixaram hoje na sede do Ministério da Educação é a de aumentar a “autonomia efectiva” dos conselhos pedagógicos das escolas, com a eleição do seu presidente entre os professores.

As negociações para acordar com os sindicatos um novo modelo de avaliação começaram no dia 12 deste mês e o ministro da Educação, Nuno Crato, conta ter o processo encerrado no dia 9 de Setembro.

Uma das questões que têm vindo a suscitar maior oposição por parte dos principais sindicatos, que serão recebidos na terça-feira no Ministério da Educação, é a questão das quotas das notas atribuídas no processo de avaliação.

O Governo não quer que mais de cinco por cento dos docentes obtenham “Excelente”, a classificação mais alta, enquanto no grupo seguinte - “Muito Bom” -- não poderão incluir-se mais do 25 por centos dos professores.

A FENPROF, estrutura mais representativa da classe, afirmou anteriormente que o processo negocial fracassaria se o ministro se mostrasse irredutível, como anunciou, na imposição das quotas."

Abraço!

Negociações: Reacções da FENPROF

A Fenprof saiu das negociações com dúvidas, mas nem me pareceram muito "tristes", pode ser bom sinal, mas...


"Ministério da Educação e sindicatos discutem avaliação dos professores
O Ministério da Educação e os sindicatos estão a discutir a avaliação dos professores. O ministro Nuno Crato quer ver o modelo aprovado antes do início do ano letivo, mas há vários pontos onde o consenso será difícil."



Abraço!

Colocações saem no dia 31

Deve ser para não interrompermos as férias para as consultar... mas espera lá: já estamos a interromper as férias para concorrer às AEC e às Ofertas de Escola que estão a sair diariamente!

Afinal deve ser para castigo, para ficarmos a sofrer mais uns dias.

Ou então o ministério não tem competência para as divulgar antes...

Outra novidade é termos 72h ("termos" foi para ser simpático para mim, incluí-me neste grupo...) para nos apresentarmos na Escola de colocação. Assim podemos fazer férias dia 1 e 2 de Setembro, já viram que simpáticos?

Não se esqueçam de uma coisa: se não mudar, começa o contrato só no dia da apresentação... cuidado, eles são uns marotos...



"Colocações saem no dia 31
Professores vão ter três dias para se apresentarem na escola



As colocações de professores para o próximo ano lectivo vão ser publicadas no dia 31 de Agosto mas em vez de apenas um dia para se apresentarem na escola atribuída os docentes vão ter três dias para o fazer. A revelação foi feita hoje pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) à saída da primeira reunião para discutir o novo modelo de avaliação.

Mário Nogueira afirmou aos jornalistas que o Ministério da Educação assumiu o compromisso de alterar a lei para permitir que os professores “tenham 72 horas para se apresentarem” na escola onde foram colocados.

Sobre o novo modelo de avaliação, o líder da Fenprof qualificou a reunião de “útil” apesar de não ter permitido “grandes esclarecimentos”. “Há duas matérias sobre as quais há divergências profundas: a questão das quotas e a implicação nos concursos”, afirmou Mário Nogueira, salientando que ficou estabelecido que na próxima reunião, marcada para dia 29, o Ministério ficou de esclarecer “todas as questões”.

O secretário-geral desta estrutura sindical garantiu ainda que “a eventualidade de um acordo” está dependente “das progressões” na carreira, actualmente congeladas, e que a posição final da Fenprof “dependerá dos seus órgãos e de uma consulta aos colegas”, que irá decorrer até ao dia 7 de Setembro, dois dias antes da data apontada pelo ministro Nuno Crato para fechar um acordo. Mário Nogueira lembrou, porém, que poderá ainda haver lugar a um pedido de negociação suplementar.

O sindicalista afirmou ainda que, no que toca à avaliação externa, o modelo proposto pelo Ministério “não é exequível”. Relativamente à isenção de avaliação dos professores colocados nos escalões de topo, Mário Nogueira revelou que a Fenprof requereu ao Ministério informação sobre “a distribuição dos professores escalão a escalão” pois neste momento “ninguém sabe quantos estão nos últimos escalões”."

Abraço!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ADD: 2 dias de negociação - II

Crato, o optimista:


"O Ministério da Educação reúne hoje e amanhã com os sindicatos para negociar o novo modelo de avaliação.

Arrancam hoje as reuniões entre os sindicatos e parceiros sociais e o Ministério da Educação e Ciência (MEC) para negociar o novo modelo de avaliação de professores. Nuno Crato tem assim três semanas - até ao dia 9 de Setembro, altura em que arranca o novo ano lectivo - para chegar a um acordo com os sindicatos, uma meta por si estabelecida quando apresentou os princípios gerais do novo modelo de avaliação, no dia 29 de Julho.

Entre hoje e amanhã, vão decorrer as primeiras reuniões entre o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, para discutir a proposta de regulamentação da avaliação do desempenho docente com as organizações sindicais de professores.

Apesar do optimismo do ministro, que acredita ser "perfeitamente possível chegar a um acordo rapidamente", e da abertura a fazer alterações ao modelo que apresentou, as negociações podem vir a ser perturbadas pela existência de quotas para a classificação de mérito. Nuno Crato assegura que as quotas na avaliação dos professores vão continuar a existir. Em conferência de imprensa, o ministro da Educação já anunciou que "as quotas são uma orientação geral da Função Pública" e se não existissem "seríamos todos excelentes, o que seria injusto porque queremos que os melhores professores sejam privilegiados", justifica. Mas as estruturas sindicais defendem o modelo em vigor no ensino particular e cooperativo, no qual não existem quotas."
Diário Económico

Abraço!

ADD: 2 dias de negociação - I

Hoje e amanhã discute-se a ADD. Onde pode correr mal: poderes dos Directores, quotas, avaliadores, dispensas de avaliação...

"Avaliação. Sindicatos querem directores de escolas com menos poder

Quotas e carreiras congeladas são outros pontos de conflito nas negociações que arrancam hoje entre sindicatos e ministério da Educação




FENPROF avisa que dispensa de avaliação para 8º e 9º escalões pode ser ?presente envenenado?
mário cruz/lusa
As quotas na avaliação dos professores, as carreiras congeladas e a concentração de poderes nos directores das escolas prometem ser temas quentes nas reuniões negociais que arrancam hoje entre os sindicatos e o ministério da Educação.

O novo modelo apresentado pelo governo é uma "proposta aberta", disse o ministro da Educação, Nuno Crato. E é isso mesmo que os sindicatos esperam para os próximos dias: poder negociar alterações. "Porque certamente como está o modelo não merece o nosso acordo", avisa o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira.

Os sindicatos dos professores concordam todos num ponto: querem a eliminação das quotas na avaliação de desempenho dos docentes. "Não devem existir quotas, nem vagas para aceder a escalões mais elevados. Esta é uma das falhas deste modelo. A qualidade do desempenho não passa pela existência de quotas", afirma ao i João Dias da Silva, presidente da Federação Nacional da Educação (FNE). O ministro da Educação tinha afirmado que as quotas se vão manter, lembrando que existem em toda a Função Pública. Mas Mário Nogueira deixa um aviso: "A manutenção das quotas é um entrave fortíssimo a qualquer acordo".

Outro ponto de conflito entre sindicatos e ministério é o congelamento das carreiras. "Concordamos que a avaliação passe a coincidir com os momentos de progressão na carreira mas então temos de encontrar forma de progredirem ou isto é uma inutilidade", explica ao i Mário Nogueira. A progressão nas carreiras da Função Pública está congelada até 2014 devido ao acordo com a troika mas esta é uma das condições para que a Fenprof "admita um acordo" com o ministério, garante.

A concentração de poderes nos directores das escolas é uma das questões a gerar mais polémica. No modelo apresentado pelo ministro Nuno Crato, o director é responsável por todo o processo de avaliação e é quem homologa a decisão final, avaliando ainda os recursos. Mário Nogueira fala mesmo em aspectos "que não são legais": "O director preside ao Conselho Pedagógico e nomeia os membros e também preside à secção de avaliação. O professor pode reclamar da avaliação ao director mas foi ele quem fez a avaliação". Uma ideia partilhada por João Dias da Silva da FNE: "O Conselho Pedagógico não pode resultar de escolhas pessoais do director. Tem de ser eleito no âmbito do departamento e entre pessoas especializadas para o efeito". Já Carlos Chagas, presidente do Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (FENEI-SINDEP), afirma que a "prioridade deve ser científica e pedagógica e só depois pode ser rectificada pelo director".

O facto de os professores do 8.º e 9.º escalões ficarem de fora da avaliação também levantou críticas entre os sindicatos. Para Mário Nogueira este é um "presente envenenado": a real intenção do ministério pode ser "reservar para esses professores o papel de avaliadores", fazendo com que venham a ser depois avaliados pelos directores.

A maneira como serão avaliados os professores destacados para avaliar os outros é outra das principais dúvidas da FENPROF, que quer saber como é que será criada a "bolsa de avaliadores externos". "Quem designa esses professores e quem vai pagar as deslocações? Que reduções de horário vão ter?", questiona Mário Nogueira. Já a FNE irá propor ao ministério que os avaliadores pertençam ao mesmo grupo científico-pedagógico do professor avaliado, por exemplo, um professor de Matemática não poderá avaliar um de Educação Física.

Além dos pontos comuns, os sindicatos também vão levar uma série de propostas distintas. A FNE quer eliminar a avaliação para efeitos de concurso, mas por enquanto não existe qualquer indicação neste sentido por parte do ministério. Já a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) não quer aulas observadas. "Só se surgirem situações atípicas como procedimentos incorrectos por parte do docente e no caso do período probatório", diz ao i Maria João Alves."

Abraço!

20 mil de fora das Escolas

O número estimado já foi mais negro, "conversa dos sindicatos" que querem empolar a situação, mas entretanto tenho que reconhecer que têm mais dados, logo o número já deve estar mais perto da realidade.

Continua, no entanto, a ser um número muito drástico, onde eu vou estar metido!

Tenho um colega muito mais optimista do que eu e que diz que o 3º ciclo e o secundário serão menos afectados. Eu não tenho tanta confiança, mas, como já sabem, há vezes em que prefiro estar errado...



"FENPROF estima perda de quase 20 mil horários
Educare

Resultados dos concursos de colocação de professores são conhecidos no final de agosto. Ainda não há números, mas as previsões não são animadoras. Os "horários zero" vão aumentar. FNE pede que não se reduza a necessidade de professores ao funcionamento das disciplinas.


Todos já assumiram que haverá menos professores contratados no próximo ano letivo, inclusive o próprio ministro da Educação, Nuno Crato, numa cerimónia pública. O número de docentes sem horário vai aumentar. Por outras palavras: haverá menos contratações e mais "horários zero". No final de agosto, os professores saberão o destino que lhes é reservado para o próximo ano letivo. FNE e FENPROF estão preocupadas com a situação, alertam para a extinção de milhares de postos de trabalho, lembram que há projetos em risco e pedem soluções para quem ficar sem alunos.

"A conjugação das orientações dadas com a diminuição do número de alunos e algumas alterações curriculares determinará uma diminuição das necessidades do número de professores, que depois poderão ser ajustadas mediante a realidade de cada escola". Ao EDUCARE.PT, João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), refere que o cenário "é preocupante em termos de empregabilidade" da classe docente. Todos os anos, por esta altura, há professores com o coração nas mãos.

João Grancho tem acompanhado atentamente as palavras do ministro da Educação que dão conta da diminuição do número de professores que terão um horário no próximo ano letivo. Para o responsável da ANP, o problema não tem sido atacado na raiz. "Ao longo de muito tempo, não se atacou na base, foram sempre criados cursos de formação de professores, não acautelando as necessidades escolares que enfrentam uma diminuição do número de alunos", refere. A oferta da formação inicial não estancou e o mercado de trabalho deixou de ter capacidade para absorver tantos professores. Por isso, o presidente da ANP defende que é necessário ter "uma referência mais objetiva e concreta do que são as necessidades" do sistema educativo.

As escolas estão a fazer o inventário das suas necessidades para o ano letivo que arranca no próximo mês. A Federação Nacional de Educação (FNE) não tem dúvidas de que haverá mais professores contratados a ficar sem trabalho. "Pela primeira vez, haverá menos professores contratados no próximo ano letivo", diz João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, que avisa que não se deve "reduzir as necessidades de professores ao funcionamento das disciplinas". O responsável receia que haja projetos educativos que não sejam implementados precisamente por falta de profissionais. Além das aulas, há outras iniciativas de promoção de sucesso a que, em seu entender, é preciso dar resposta.

Dias da Silva pede soluções ao Governo, ou seja, "políticas ativas" para que os professores que não consigam um horário não sejam colocados numa prateleira. Nesse sentido, o responsável pede que se "alargue o leque da capacidade de emprego dessas pessoas". Isto é, que se estique a possibilidade de empregabilidade de quem não conseguiu um lugar numa sala de aula. Uma forma de, sublinha, aproveitar a experiência e os conhecimentos adquiridos ao longo de anos de serviço.

A vice-secretária-geral da FNE, Lucinda Dâmaso, já deixou um aviso à tutela. "Será um erro gravíssimo se as escolas, porque o ministério quer fazer cortes em termos financeiros com professores, ficarem sem recursos humanos para fazer face a todos os problemas que existem de ordem pedagógica", referiu.

Nas contas da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), o número de horários que poderão ser eliminados poderá chegar aos 20 mil. "O que significa muitos horários zero, muitos professores despedidos", diz Mário Nogueira ao EDUCARE.PT. Na sua opinião, a alteração das regras para a elaboração de horários e organização das escolas tem uma responsabilidade importante neste cenário. E não é tudo. O sistema da mobilidade especial entra também no rol das preocupações. "Há uma tentativa do Governo em querer livrar-se dos professores, nomeadamente através da mobilidade especial". "A intenção do Governo é reduzir a despesa através da redução de professores", acrescenta.

Mário Nogueira pede à tutela que acautele algumas situações. Ou seja, que seja garantido serviço aos professores com "horário zero" nas escolas a cujos quadros pertencem. "Há milhares de horários que vão embora", aponta. A FENPROF tem já alguns números nas mãos de escolas que ficarão com mais de 30 "horários zero" e em que os lugares de contratação desaparecem. "É da mais elementar justiça que um trabalhador que estabeleça uma relação contratual com o Estado por vários anos tenha direito à ambiciona estabilidade profissional, em resultado da sua utilização com caráter permanente para suprir necessidades do sistema educativo", escreve a Federação no seu site."

domingo, 21 de agosto de 2011

Presente envenenado

É o termo mais usado nas notícias sobre a isenção de avaliação dos colegas mais velhos.

A meio da semana li na revista Sábado que isto de deixar os mais velhos de fora era uma forma destes não contestarem a nova ADD, como outros também acreditam, incluindo eu.

E não podemos esquecer que poupar 40 mil avaliações é poupar mais uns cobres aos cofres do MEC.

O contratado é que se lixa, lá leva com a avaliação todos os anos. E vai servir para quê?


"Fenprof receia "presente envenenado" para professores isentos de avaliação




A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) receia que a isenção de avaliação a cerca de 40 mil docentes em topo de carreira seja um "presente envenenado" do Ministério da Educação para os "ganhar".

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou que a isenção de avaliação de professores no 8.º, 9.º e 10.º escalões prevista no novo modelo de avaliação de desempenho proposto pelo Ministério é "uma tentativa clara de ganhar aqueles professores".

Para a Fenprof, é uma tentativa de os fazer aceitar "um modelo não por ser bom mas por não se lhes aplicar".

"Não temos a certeza de que não esteja ali um presente envenenado", afirmou Mário Nogueira, que rejeita a "leitura simples" de se considerar que por estarem em topo de carreira, com cerca de 30 anos de exercício de profissão, os professores não têm de ser avaliados da mesma maneira que os outros.

Se a natureza do modelo de avaliação é também formativa e se destina a "ajudar a resolver problemas, não faz sentido pensar que um professor num escalão superior não tem problemas ou tem menos do que outro professor num escalão abaixo", argumentou.

Para a Fenprof, a real intenção pode ser "reservar para esses professores o papel de avaliadores", fazendo com que venham a ser avaliados, mas pelos diretores das escolas.

"Não nos parece que esses professores prefiram ser avaliadores externos, andar de escola em escola sem ter certeza sobre quem lhes paga as deslocações ou se têm reduções de horário para desempenhar essas funções e serem avaliados por diretores", sublinhou.

Mário Nogueira ressalvou que isso não está escrito no modelo de avaliação proposto aos sindicatos, mas a quantidade de dúvidas sobre esse modelo deixam a Fenprof preocupada sobre o que realmente se virá a passar.

O novo modelo de avaliação proposto pelo Ministério da Educação aos sindicatos supõe que os professores do nono e décimo escalões estão isentos, tal como os do oitavo que tenham tido boas classificações ao longo da carreira."

Abraço!

Professores reformados, alunos sem aulas

É um cenário que não é novo, mas mereceu notícia nos meios de comunicação.

Já houve tempos em que os colegas que aguardavam a reforma não tinham turma atribuída. Agora compreende-se que não pode ser assim.

O pior é que com a lentidão na "máquina da contratação", os alunos podem ficar ainda algum tempo sem aulas...

"Alunos podem ficar sem aulas no início do próximo ano lectivo

Reforma de professores ameaça deixar alunos sem aulas no início do próximo ano lectivo



Quase 300 professores ainda vão ser colocados para deixar de dar aulas logo depois. Este ano já se reformaram mais de 2100 professores, numa média mensal de 237, avança o DN.

Os que se reformarem em Outubro ainda vão ter de dar aulas em Setembro. Ou seja, como osprofessores não têm a reforma aprovada vão ser colocados em escolas e obrigados a leccionar. Assim que esta estiver aprovada, os alunos deixam de ter professor.

Este processo de transição pode deixar os alunos um mês sem aulas, uma vez que as escolas só podem arranjar substituto depois de eles saírem."

Abraço!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Horários: Indicações às Escolas

Tive acesso a estas informações (podem vê-las todas na imagem que deixo mais abaixo) dadas às Escolas antes de procederem à identificação das necessidades transitórias (horários que vão ser lançados a concurso para as listas do fim do mês).

Pensem comigo:
No ponto 3 não há novidade, já no ano passado era igual. No entanto sabemos que isto não acontece, ou pelo menos não tem acontecido, pois há horários anuais, e até mesmo completos, a saírem depois. Será que se sair depois não o consideram anual mesmo que acabem a 31 de Agosto? Só se for uma questão de nomenclatura...

No ponto 9, estranho esta informação. Há Escolas que já disseram aos professores com condições de recondução ("renovação" é um termo mal empregue aqui, digo eu) se continuam ou não nelas. Outros dizem que ainda não sabem. Ora, pelo que aqui se lê, já têm que saber. Porque não dizem? Será que estão mesmo mal informados? Eu interpreto que os DACL já estão colocados, pois se não não poderiam dizer aos colegas se ficam ou não...


"3. Só podem ser pedidos, nestas necessidades transitórias, horários de duração anual. É fundamental que cada Director tenha presente que, após esta recolha de horários e, para a Bolsa de Recrutamento, apenas devem surgir horários temporários, decorrentes de substituição de docentes que já tinham serviço distribuído.
...
9. É impreterível que a indicação de intenção de renovação com docentes contratados seja feita antes de aceder à aplicação de Recolha de Necessidades Transitórias.
..."


Abraço!

Parabéns UP

Parabéns à Universidade do Porto, que vê o seu reconhecimento a aumentar.





"Universidade do Porto sobe 100 lugares no ranking das melhores do mundo

A Universidade do Porto (UP) subiu 100 posições no «Academic Ranking of World Universities» e situa-se, segundo o estudo realizado pela Universidade de Shangai Jiao Tong (China), entre as 301 e 400 melhores do mundo.

Depois de durante os últimos quatro anos estar classificada entre as 400 a 500 melhores do mundo, o estudo realizado este anos pela Universidade de Shangai Jiao Tong (China), coloca a UP entre as 300/400 melhores, subindo por isso, 100 posições.

«O crescimento neste ranking revela o resultado do esforço e rigor que a Universidade do Porto tem colocado nas suas unidades de investigação», declarou o gabinete de imprensa da universidade ao TVI24, reforçando que «Tem sido uma aposta estratégica da instituição, desde há quatro anos, afirmar-se no plano internacional, como universidade de investigação».

Já em Outrubro, a Universidade do Porto tinha surgido entre as melhores do mundo no ranking «Times Higher Education World University Ranking». A instituição portuense estava entre as 250 melhores e foi considerada 106ª melhor da Europa.

Neste ranking, além da universidade do Porto, está ainda a Universidade de Lisboa, no patamar compreendido entre a 401ª e a 500ª posição mundial.

O top 10 da tabela é liderado pelos Estados Unidos da América com os três primeiros lugares ocupados pelas universidades de Harvard, Stanford e o MIT, respectivamente. Nos últimos três lugares estão a universidade Xian Jiao Tong, da China, a universidade japonesa Yamaguchi e a canadiana York.

A UP foi fundada em 1911 e é a maior universidade de Portugal, a todos os níveis. Tem mais estudantes, mais faculdades e mais cursos. É ainda reconhecida internacionalmente pela sua investigação."
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Alunos das privadas entopem Escolas públicas

Afinal pensei bem. Na mensagem que escrevi ontem referi que os alunos vindos das privadas estavam a "entupir" as públicas:

"Alunos sem Escola

Primeiro pensei que há muitos alunos a saírem das privadas, o que implica que sejam colocados nas públicas. Isto deve ajudar, mas segundo esta notícia do público a razão, pelo menos a principal, é outra: os pais querem as melhores escolas públicas para os filhos."

Numa notícia do Jornal i apontam esta saída do privado como problema para os "não colocados" nas públicas, a confirmar o que eu e vocês já sabiamos:


"Fuga do ensino privado ameaça “fazer estragos” na colocação de alunos

Número de vagas no ensino público não tem em conta transferências do privado. Colocação de alunos complica-se



Alunos que chegam do privado ao ensino público podem não ficar nas escolas que pretendiam

A transferência de alunos do ensino privado para o público é uma “variável incontrolável” pelas Direcções Regionais de Educação e “vai fazer estragos” no processo de colocação de alunos, ainda a decorrer, para o ano lectivo de 2011/2012. Um processo que, contudo, só poderá ser avaliado no final do mês.

O alerta é dado por Manuel Esperança, presidente do Conselho de Escolas, que admite que as condições socioeconómicas que o país atravessa vão reflectir-se num maior número de alunos transferidos do ensino privado para o ensino público. Um número que ficou de fora das contas do Ministério, em Abril, altura em que cada escola vê definido o número de turmas a abrir no ano lectivo seguinte. A planificação de vagas é feita entre a rede escolar e a DRE, de acordo com o número de alunos que cada escola espera receber. Segundo Manuel Esperança, as transferências do privado para o público, são “dados que a Direcção Regional de Educação não consegue controlar” e que estão apenas na posse dos estabelecimentos de ensino privado, que não participam nessa reunião.

A confirmar-se a maior afluência de alunos ao serviço público, “a diferença para os números avançados vai fazer estragos” num procedimento já de si complexo, diz o presidente do Conselho de Escolas.

Em causa está um processo de colocação de alunos por escola que todos os anos se arrasta até ao início das aulas. Agora, e desde que estejam abrangidos pelo critério da área de residência (ou de área de trabalho dos encarregados de educação), estes novos alunos, que vêm de escolas privadas, entram em pé de igualdade com as restantes transferências de ensino. Ou seja, entre alunos que já frequentavam a rede pública. Pese a discrepância de números, Manuel Esperança garante que “nenhum destes alunos [quer venha do particular ou do público] vai ficar sem escola. Mas é natural que não seja na primeira que escolheram”.

Um cenário bastante provável tanto para o Conselho de Escolas como para a Associação Nacional de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas, contactada pela Agência Lusa.

Segundo estas associações, o peso dos “rankings” na hora de escolher uma escola pública, levou a que os estabelecimentos com melhores resultados nos exames tenham um número de inscrições superior àquele que podem comportar. Facto que leva a que, a um mês do início das aulas, muitos alunos estejam ainda por colocar. O presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas, Adalmiro da Fonseca, também garante que “o ensino público vai conseguir dar resposta a todos” mas não excluí a hipótese de “problemas pontuais”.

Segundo a explicação de Manuel Esperança, este movimento de processos de alunos a tão pouco tempo do início do ano lectivo já é habitual. Não havendo vaga na primeira escola elegida, as inscrições vão sendo transferidas por ordem de preferência, de escola em escola, até encontrarem vaga numa turma incompleta.

Ajudas ao ensino privado
O novo ministro da Educação, Nuno Castro, chegou a acordo este fim--de-semana quanto ao financiamento das escolas privadas que recebem alunos do sistema público. Segundo Valter Branco, do Movimento de Escolas Privadas com Ensino Público Contratualizado, o Estado vai avançar com 85,3 mil euros por cada turma (dos 2º e 3º ciclos). Um valor acima do prometido pelo anterior Governo, que previa 80 mil euros em ajudas, mas inferior aos 90 mil euros que o movimento exigia no início das negociações.

A Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular (AEEP) classificou este protocolo como uma “esmola” acordada com “um pequeno movimento de escolas”. "

Abraço!

Dormem pouco, rendem menos

Tantas vezes dizemos que os nossos alunos andam a dormir e tantas vezes temos razão. Se perguntarmos a que horas se deitam dizem todos orgulhosos (pois isto de deitar tarde é de crecido) que o fazem muito tarde. É a tv, as redes sociais, os jogos...
Não descansam o que devem e as consequências passam também por pior rendimento escolar.

Este é um extracto de uma notícia do Público:


"Um grande número de crianças e de adolescentes portugueses só dorme metade do que precisa, revelam os inquéritos que Teresa Paiva e Helena Rebelo Pinto realizaram recentemente em escolas de Lisboa e de Soure. "Estudos recentes comprovam taxas de sonolência excessiva em mais de 50 por cento dos estudantes, o que tem um impacto evidentemente negativo no sucesso escolar", diz a neurologista.

Especialmente em época de férias é comum encontrar jovens que adoptam uma rotina de sono trocada em relação ao dia e à noite. Saem e divertem-se até de madrugada, deitam-se de manhã, dormem até meio da tarde e "acordam" já de noite para voltarem a deitar-se de madrugada. Mesmo em tempo de aulas, embora reduzam este ritmo, a tendência para deitar tarde e levantar cedo e portanto dormir pouco mantém-se entre grande número de crianças e de jovens portugueses. Uma prática que pode ser "altamente prejudicial", alerta Teresa Paiva. "As crianças que dormem menos do que precisam têm um risco aumentado de hipertensão arterial, de diabetes, de insucesso escolar, de depressão e de insónia", explica, chamando a atenção para a gravidade da situação, já que se trata de "doenças crónicas que são problemas para toda a vida".

Dormir menos do que se precisa "afecta ainda a aquisição de conhecimentos abstractos" e traduz-se no insucesso escolar e nas dificuldades em relação à aprendizagem da Matemática, o que já se tornou num "problema nacional".

Mesmo que os jovens que trocam o dia pela noite acabem por dormir o mesmo número de horas, esse sono "não tem qualidade", afirma a médica. "Dormem fora da fase do sono, portanto o sono nunca tem tanta qualidade e sabe-se que, para além da depressão e da obesidade, o dormir assim tem um risco aumentado de cancro".

Está provado como a luz "tem importância para a saúde", nota Teresa Paiva. E, explicando o benefício de dormir de noite, lembra que "as primeiras células que existiram aprenderam a multiplicar-se de noite e não de dia" e que "são as hormonas [muitas das quais são produzidas exclusivamente quando estamos a dormir] que facilitam a divisão celular". Também é de noite que "há mais interacções entre os neurónios nas várias fases do sono". "Não somos nem ratos nem morcegos, não somos feitos para andar a dormir de dia", nota a neurologista, referindo que "temos relógios no organismo" e que "tudo se passa de forma muito padronizada, tanto durante a noite, como durante o dia relativamente aos horários alimentares e às produções hormonais".

O grande problema é que muitos adolescentes com estes hábitos recusam mudar. "Quando lhes fazemos uma proposta diferente, não querem, porque todo o seu esquema de relações sociais está montado para a noite e de outra forma perdem o círculo social que conhecem", explica aquela médica.

Verifica-se sempre uma grande resistência à alteração de hábitos. "Quando dizemos que uma criança de dez anos deve dormir dez horas e que os mais novos devem dormir muito mais, muitos pais deitam as mãos à cabeça", conta Helena Rebelo Pinto, defendendo que os hábitos de sono fazem parte de "uma aprendizagem que vem desde a mais tenra idade". A experiência mostra "como os pais sofrem, quando as crianças dormem mal e quantas práticas erradas têm para tentar que as crianças durmam bem", diz. Refere a importância de que "os pais tenham informações sobre o que se passa com o sono dos filhos", o que frequentemente não se verifica: "Muitos pais acham que as crianças têm de dormir o mesmo tempo do que eles e ir para a cama ao mesmo tempo que eles."Na sua opinião, há na sociedade portuguesa "uma cultura de desvalorização do sono e um desconhecimento e conjunto de ideias erradas acerca do sono".

Atentas ao surgimento precoce de problemas do sono, Teresa Paiva e Helena Rebelo Pinto lançaram no último ano lectivo o projecto Sono-Escolas, que envolveu mais de cem estabelecimentos escolares em todo o país.

Divulgar os conhecimentos básicos sobre o sono e a sua relação com a saúde, sensibilizar as crianças e os jovens para a importância de dormir bem e adquirir bons hábitos de sono e preparar os agentes educativos para uma intervenção eficaz na melhoria do sono das crianças e dos adolescentes são os principais objectivos deste projecto, que prosseguirá durante o próximo ano lectivo, já com um trabalho integrado num concelho cuja identificação as autoras preferem ainda não revelar. A investigação consistirá num "estudo epidemiológico do sono naquele concelho em determinados anos de escolaridade, junto de uma amostra representativa dos estudantes", esclarece Helena Rebelo Pinto. A partir desse estudo, o projecto inclui também a "formação dos professores que vão trabalhar directamente com os alunos".

No âmbito deste projecto, a neurologista e a professora de Psicologia já escreveram três livros sobre o sono destinados a crianças de várias faixas etárias: Dormir É Bom, Dormir Faz Bem, para crianças dos três aos cinco anos; O Meu Amigo, o Sono, para crianças dos oito aos 12 anos e Os Mistérios do Sono para adolescentes dos 13 aos 18 anos."

Abraço!

Alunos sem Escola

Primeiro pensei que há muitos alunos a saírem das privadas, o que implica que sejam colocados nas públicas. Isto deve ajudar, mas segundo esta notícia do público a razão, pelo menos a principal, é outra: os pais querem as melhores escolas públicas para os filhos.

Há pouco tempo atrás falou-se dos "esquemas" para se conseguir vaga numa determinada Escola mais reputada, do género mentir sobre a residência (fácil de detectar), alugar casa na zona de abrangência da Escola mesmo sem a habitarem, fazerem pressão (mesmo com muito tempo de antecedência) sobre os directores e outras.

Em parte temos que perceber que os pais querem o que pensam ser melhor para os filhos. mas nem todos os bons alunos estão nas melhores Escolas, há muito mais do que estar num estabelecimento com um bom lugar no ranking nacional. Um mau aluno não se transforma por milagre num bom se estiver numa boa Instituição. Não há "osmose", não aprendem por estar junto a melhores alunos. Pode ajudar, mas se não estiverem dispostos a um esforço constante...
Este ano estive a fazer turmas do 6º, 8º e 9ºs anos no Agrupamento onde ainda estou colocado até ao fim do mês. Pensei que seria tarefa para umas boas horas, mas acabei por estar lá bem mais tempo do que eu, e a própria direcção, esperava, apesar de ter a colaboração de outra colega. Não é fácil gerei pedidos de transferência da e para a nossa Escola. Não é fácil meter todos os alunos num número restrito de turmas (por não haver autorização para mais, por não haver instalações para tal, porque uns são de Espanhol e outros de Ingês e outras situações que quem está de fora só imagina), não é fácil abrir um curso e não ter inscrições suficientes (por vezes menos 2 ou 3 alunos "estragam" a abertura desse curso), não é fácil...

Assim acredito que muitos alunos ainda andem "de Escola para Escola" á espera de uma que os possa aceitar. O trabalho que desenvolvi com a minha colega ainda não está terminado, apesar de termos trabalhado até ao limite do início das nossas férias. é mesmo moroso e complicado!

"Há alunos que ainda não estão colocados em nenhuma escola


A um mês do início das aulas, há alunos que ainda desconhecem onde vão estudar. Os responsáveis das escolas apontam o dedo à divulgação de rankings que fizeram com que as preferências dos pais recaíssem em apenas alguns estabelecimentos.

Neste momento, “ainda está a haver movimento de processos de alunos” de umas escolas para as outras, contou à Lusa Manuel Esperança, presidente do Conselho de Escolas. Ou seja, há estudantes que ainda não estão colocados em nenhum estabelecimento de ensino.

“Os pais procuram as escolas mais bem colocadas nos rankings, mas elas têm o seu limite e os pais não podem pensar que todos irão para o estabelecimento X”, alertou o responsável, lembrando que, não havendo vaga na preferida, os processos vão sendo transferidos por ordem de preferência, de secretaria para secretaria, até encontrar uma turma incompleta.

Desde que começaram a ser divulgadas listas com as médias das notas dos exames dos alunos, a escolha da grande maioria dos encarregados de educação começou a incidir em apenas alguns estabelecimentos de ensino, lamentou Manuel Esperança.

A agravar a situação, a crise sentida no país veio aumentar os casos de transferências de alunos do ensino privado para o ensino público.

O presidente do Conselho das Escolas diz que só no final do mês será possível traçar um quadro realista, mas neste momento já são conhecidas algumas “zonas extremamente problemáticas”, como os agrupamentos escolares de Benfica ou Carnide, em Lisboa.

Adalmiro da Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos das Escolas Públicas, acrescenta outros casos no norte do país: “Há escolas que não conseguem dar resposta a todos os pedidos. Em Gaia, por exemplo, temos uma escola a abarrotar e mesmo ao lado temos outras duas praticamente vazias. Os pais querem pôr os filhos todos nas mesmas escolas”, disse.

O presidente desta associação não tem dúvidas de que “o ensino público vai conseguir dar resposta a todos os meninos”, mas admite que possam surgir “problemas pontuais”. Adalmiro da Fonseca lamenta o “lado pior dos famosos rankings, que valem o que valem”.

A própria Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP) reconhece que as direcções escolares não podem fazer mais. Albino Almeida, presidente da CONFAP, lembra que o direito de liberdade de escolha da escola consagrado na lei não pode ser visto de forma cega, como acontecia há poucos anos.

“Houve uma altura em que tínhamos escolas na zona de Lisboa, Porto e Coimbra com uma ocupação de 170 por cento, porque os pais pareciam preferiam ter os filhos a estudar no telhado de uma boa escola do que numa escola menos considerada”, criticou Albino Almeida.

Hoje, sublinha o responsável da CONFAP, os responsáveis das escolas estão obrigados a respeitar a limitação máxima das escolas e todas as situações extra têm de ser autorizadas pelas direcções regionais de educação."

Abraço!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Desistência Parcial ou Total de Preferências

Se estão arrependidos e querem tirar algumas opções...

"Desistência Parcial ou Total de Preferências - Candidatos
17 Agostoa 18 Agosto
Contratação + Destacamento por Condições Específicas (DCE)"

Abraço!

TEIP e Autónomas já contratam

A aplicação já lá estava desde o dia 12, bem como o aviso correspondente.

Hoje abri a aplicação e vi que já estão a aceitar candidaturas, embora, pelo que pude entender no aviso, os seleccionados só possam aceitar (ou não) em Setembro:

"Os Agrupamentos de Escolas/Escolas não Agrupadas deverão colocar a concurso, novamente, na aplicação da Contratação de Escola, todas as necessidades declaradas na aplicação das Necessidades Transitórias 2011 (Horários). Após as colocações das Necessidades Transitórias, em finais de Agosto, só permanecerão a concurso, nesta aplicação, os horários não preenchidos pelos docentes de carreira (QA/QE e QZP).

Desta forma, estes Agrupamentos de Escolas/Escolas não Agrupadas, deverão efectuar todos os procedimentos necessários, até à fase da selecção, de contratação de candidatos permitindo que a aceitação, por parte dos mesmos, possa ocorrer a partir de 1 de Setembro de 2011."

Podem concorrer aqui.

Abraço!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Respeito pelos Professores!

Alunos empenhados + respeito pelos Professores = Sucesso!

Parece uma fórmula simples, mas...

Nesta era do pouco esforço, das máquinas que fazem tudo, dos sofás confortáveis, de tantas redes sociais para explorar, de tantas prendas para compensarem a ausência, de tanto facilitismo, em que se vê que quem não se esforça também se safa, empenharem-se para quê?

Nesta era em que os ministros da Educação nos espezinham, somos tratados como números, avaliados à toa, agredidos sem que os agressores sofram consequências, mandados daqui para acolá, a trabalhar muito para além do que devíamos, com a instabilidade sempre presente, respeitarem-nos porquê?

Ainda há esperança...

"Nuno Crato: "Mais que computadores, o que mais faz falta nas escolas é empenho"

O ministro da Educação e da Ciência (MEC), Nuno Crato, defendeu hoje, em Gouveia, que "mais que computadores ou quadros interativos, o que mais falta faz nas escolas é empenho".

Nuno Crato afirmou que é "necessário fazer melhor com menos meios" e que isso obriga ao "empenho" de todos, professores, alunos e pais.

O governante visitou Gouveia, que hoje festeja o seu feriado municipal, a convite da Câmara Municipal, onde assistiu à homenagem ao pintor Abel Manta, natural desta cidade.

No discurso proferido nos Paços do Concelho, o ministro salientou a necessidade de "haver mais disciplina e respeito pelos professores", tanto da parte dos alunos como dos educadores.

"O problema central das escolas não é a avaliação dos professores", disse Nuno Crato, adiantando que está a trabalhar para que este modelo de avaliação seja "o mais justo possível".

O ministro quer dar maior autonomia às escolas, às autarquias e às populações para que sejam elas os protagonistas nas mudanças e afirmou que o seu ministério lhes dará todo o apoio.

"Temos de ter o bom senso de não tentar fazer tudo de novo e de uma só vez", disse Nuno Crato, que disse preferir ir fazendo "pequenas mudanças".

Questionado pela Lusa sobre se o aumento do número de alunos por turma - de 24 para 26 - terá como consequência o despedimento de professores, Nuno Crato disse que esta medida terá "muito pouca" influência sobre os quadros das escolas, mas adianta que tal não invalida que vá haver contratos que não serão renovados.

O presidente da Câmara de Gouveia, Álvaro Amaro, elogiou a "tranquilidade" do novo ministro e realçou a importância das políticas educativas no sentido de evitar a desertificação do interior e apelou ao governante para que ajude a autarquia na sua vontade de instalar na cidade um curso superior de saúde."
DN

Abraço!