terça-feira, 26 de abril de 2011

Um quarto das crianças está nas redes sociais sem protecção

O assunto não é novo e até tem estado na moda recentemente.

Eu próprio já deixei aqui algumas mensagens relacionadas com este tema.

Ao que parece o risco continua presente.

Não basta mudar as políticas das redes sociais, falta o acompanhamento parental para que um meio de elevada riqueza - a internet - não se transforme num monstro capaz de coisas terríveis.


"Um quarto das crianças registadas em redes sociais como o Facebook ou o Hi5 definiram o seu perfil como público: ou seja, os seus dados de perfil podem ser vistos por qualquer pessoa que clique no seu nome na rede. Um quinto dessas crianças cujo perfil está publicamente disponível indica mesmo dados tão privados como a sua morada e o seu número de telefone.


Os dados, resultantes de um inquérito realizado para a Comissão Europeia junto de 25 mil jovens de 25 países europeus, levam os responsáveis pela Agenda Digital para a Europa a reforçar a urgência de tornar as redes sociais mais seguras e a exigir àquelas empresas que restrinjam o acesso aos perfis dos menores.

"Todas as empresas de redes sociais devem, de imediato, predefinir os perfis dos menores de modo a que fiquem acessíveis apenas para uma lista aprovada de contactos e fora do alcance dos motores de pesquisa. As empresas que ainda não assinaram os princípios para tornar as redes sociais mais seguras na UE devem fazê-lo sem demora, a fim de garantir a segurança das nossas crianças", sublinhou, a propósito do estudo, Neelie Kroes, vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela Agenda Digital para a Europa.

Uma vez que as crianças que utilizam as redes sociais são cada vez mais novas e "muitas não tomam as precauções necessárias para se protegerem em linha", Neelie Kroes acredita que a primeira solução para evitar que essas crianças fiquem vulneráveis a práticas de assédio e aliciamento passa pelas empresas de redes sociais, que devem ter responsabilidade na ocultação dos perfis dos menores.

A Comissão Europeia está desde 2009 a acompanhar a aplicação dos princípios para tornar as redes sociais mais seguras na União Europeia. No acordo de auto-regulação, as empresas de redes sociais comprometem-se a aplicar medidas para garantir a segurança dos menores, mas os resultados do inquérito mostram que há redes sociais tão populares como o Facebook ou o MySpace que ainda não aplicaram aqueles princípios de segurança. Perante esses dados, a Comissão Europeia decidiu lançar uma avaliação dos actuais acordos de auto-regulação das empresas nesta área.

Todos em (na) Rede O estudo publicado pela rede EUKidsOnline revela que 77% dos jovens dos 13 aos 16 anos e 38% das crianças dos 9 aos 12 anos têm um perfil registado numa rede social. França é o país em que a percentagem das crianças dos nove aos 12 na rede é menor - 25% - enquanto os Países Baixos lideram a lista, com 70% a admitirem ter um perfil registado.

São as crianças dos nove aos 12 os que menos têm preocupações de privacidade na rede: em 15 dos 25 países, a percentagem de crianças dessas idades com perfis públicos é superior à dos jovens dos 13 aos 16 anos. E se mais de três quartos (78%) dos jovens dos 15 aos 16 dizem saber como mudar os parâmetros de privacidade, apenas 56% dos jovens com 11 e 12 anos sabem como alterar o seu perfil.

A média das crianças dos nove aos 12 anos que têm mais de cem amigos na rede social situa-se nos 15%, mas a percentagem triplica entre as crianças húngaras: 47% afirmam ter mais de cem contactos no seu perfil. A percentagem dos 13 aos 16 anos belgas, dinamarqueses, gregos, húngaros, italianos, neerlandeses, noruegueses, polacos, suecos e britânicos com mais de 100 contactos é superior à dos jovens dos restantes países."




Abraço!

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