E no concreto? Pois, fiquem a pensar, tal como eu...
O que é certo é que não estamos melhores: nem nós professores, nem a Educação.
E podem vir aqueles relatórios todos bonitos com uns números louváveis: quem está por dentro sabe como se conseguem...
O artigo é grande, pelo que não o transcrevo. Mas podem lê-lo no Público. E podem ler também "PÚBLICO questionou personalidades sobre estado da Educação", uma "espécie de versão" mais alargada. Deixo só algumas partes:
"Pelo meio "não houve uma única medida de futuro bem pensada e bem articulada", sustenta Manuel Pereira, director do agrupamento de Cinfães e presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares. Pelo contrário, adianta, "as medidas mais emblemáticas deste curto mandato são as que se constituem como o mais forte ataque à escola pública de qualidade". Exemplos: "Desinvestimento na educação, constituição de mega-agrupamentos à força, uma gestão de recursos humanos calamitosa com escolas a precisarem de professores e a não os poder contratar".
..."A grande mudança foi cosmética. A atitude beligerante da anterior titular da pasta foi substituída pelo low profile da actual ministra. Esta mudança é positiva, mas é curta. No essencial, manteve-se uma política orientada para resultados de curto prazo", considera o deputado do PSD Pedro Duarte."
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"Bravo Nico, deputado do PS, destaca como "mudanças mais significativas, entre outras, "a aposta no ensino profissional ao nível do ensino secundário", "a maior requalificação de sempre no parque escolar" e a "inversão da tendência dos resultados de desempenho dos estudantes portugueses, facto evidenciado pelo último relatório PISA", o programa da OCDE que visa aferir as competências dos alunos de 15 anos."
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"O que verificamos é que existe cada vez mais uma escola para os filhos dos ricos e uma escola para os filhos dos pobres, sendo a primeira orientada para o prosseguimento de estudos e a segunda para a formação profissional", denuncia o deputado comunista Miguel Tiago."
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"A autonomia é também uma das prioridades apontadas por Bravo Nico, Pedro Duarte e por Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais. A par da autonomia das escolas, o deputado social-democrata defende uma "alteração do paradigma do Ministério da Educação": "Em lugar de um ministério que se quer sobrepor e substituir às escolas deveremos ter um ministério avaliador, fiscalizar e disponível para apoiar as iniciativas e dificuldades das escolas". Paulo Guinote, Mário Nogueira e Ana Drago defendem uma reforma curricular norteada por princípios pedagógicos e não pelos cortes orçamentais."
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"Professores e directores têm denunciado que com esta forma de avaliação se instalou a desconfiança nas escolas. "Como foi possível não se ter aprendido com os erros do modelo de Maria de Lurdes Rodrigues? Como foi possível criar um modelo que, do ponto de vista da burocracia e da conflitualidade que gera entre professores, é pior do que o anterior?", questiona o deputado social-democrata Pedro Duarte. Questionado pelo PÚBLICO, esta é uma das opções que o deputado destacou como sendo, em simultâneo, "uma das medidas emblemáticas e bicudas" da equipa de Isabel Alçada."
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"Ao contrário do que anunciara no final de 2009, Isabel Alçada garantiu em Julho de 2010 que não seria introduzida qualquer alteração ao currículo do 3.º ciclo no ano lectivo de 2011/2012. Mas os cortes impostos pelo Orçamento do Estado (OE) ditam o contrário. O decreto-lei é publicado em Fevereiro, apesar dos pareceres contrários de todos os parceiros consultados. Estipula-se o fim de Área de Projecto, o Estudo Acompanhado fica limitado a alunos com dificuldades e no 2.º ciclo o número de professores em sala de aula passará de dois para 1. Segundo os sindicatos, as medidas previstas levariam ao despedimento de pelo menos 12 mil professores. Em média, os alunos passariam a ter menos quatro horas de aulas por dia. Em Março, todos os partidos da oposição votam a favor da cessação de vigência do diploma, que ficou assim sem efeito. Já as mudanças propostas para o ensino secundário entrarão em vigor: no próximo ano lectivo acaba a Área de Projecto no 12.º ano, será criada a disciplina de Formação Cívica no 10.º ano e introduzido um exame optativo de Filosofia."
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"Em Junho de 2010 é aprovado no Conselho de Ministros o encerramento de 701 escolas do 1.º ciclo com menos de 21 alunos e a criação de 84 novas unidades de gestão, que resultarão da fusão e extinção de agrupamentos já existentes. As novas unidades poderão ter um máximo de três mil alunos. A lista de escolas a encerrar só foi publicada em Agosto. A Associação Nacional de Municípios contestou, os directores não chegaram a ser ouvidos pelo ministério. Com estas medidas, segundo o ME, terá sido possível reduzir cinco mil professores. Para o próximo ano lectivo previa-se o encerramento de 420 escolas do 1.º ciclo e a constituição de mais novos mega-agrupamentos."
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Abraço!
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