sexta-feira, 22 de abril de 2011

Patrões portugueses são menos qualificados que empregados

Não querendo ofender os patrões com menos habilitações literárias, pode ser esta uma das explicações para a falta de investimento/actualização das nossas empresas.

É uma notícia do Jornal i:

"A escolarização dos empregadores portugueses está abaixo do nível dos trabalhadores empregados. Mais de 70% do total de empregadores não foi além da escolaridade obrigatória (9.o ano). isto quando apenas 63% dos trabalhadores portugueses empregados por conta de outrem não passaram esse nível.

Além disso, e embora continuemos a registar os trabalhadores empregados menos qualificados dos 27 países da União Europeia, a melhoria entre estes tem sido maior que a registada entre os patrões portugueses. De 2000 a 2009, a taxa de empregados com qualificações entre o analfabetismo e o 9.o ano caiu 12 pontos percentuais, de 73,9% para 62,3%. Já a queda no lado dos empregadores não chegou aos 10 pontos, passando de 81,1% para 71,3%.

Este foi um dos principais problemas referidos ontem por Maria João Valente Rosa, directora do portal Pordata, a propósito do lançamento do livro "Retrato de Portugal - 2009", online desde ontem. A proporção é explicada pela realidade do tecido empresarial português, composto em 99% por empresas com menos de 250 trabalhadores. Segundo Maria João Rosa, "é deste tipo de empresas que falamos quando olhamos para estes números [de escolarização]".
A educação é um dos "sérios bloqueios em sectores muito importantes" em Portugal. "Partimos muito tarde, o que significa que temos que andar mais depressa que outros países para os apanhar", disse aos jornalistas, acrescentando que "se calhar a resposta [a este problema] está lá fora. É preciso atrair pessoas qualificadas." Mas há factores que afastam esse investimento no país, como é o caso da justiça, referiu. Segundos dados publicados no livro, os tribunais portugueses estão cada vez mais lentos: por cada 100 processos findos, mais de 184 ficam pendentes. O indicador tem vindo a piorar consideravelmente: em meados dos anos 90, esta percentagem rondava valores abaixo dos 80% - por cada 100, 80 ficavam pendentes.

retrato online "Espero que estes números façam sobretudo pensar", referiu Maria João Valente acerca do primeiro livro digital de estatísticas publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. A ideia, esclareceu, é lançar uma edição a cada ano.

Esta primeira versão engloba um total de cerca de 130 indicadores, arrumados em 12 temas, à semelhança do que se encontra no site Pordata. Cada um dos indicadores do livro digital tem um link directo para os quadros estatísticos correspondentes no site."
 
 
 
 
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