quinta-feira, 28 de abril de 2011

Retrato de alguns dos nossos alunos

Eu sei que a nossa paciência está em baixo. Andamos 2 períodos a batalhar para transmitir conhecimentos e conseguir que os interiorizem e as perspectivas para o 3º não saõ as melhores.

Mas as situações sociais estão a modificar drasticamente, e os nossos alunos são espelho disso.

É claro que podem pensar, eu também o penso, que não podemos ser nós a resolver tudo: há instituições/organismos que têm mais competência e obrigação do que a Escola em resolver/atenuar estes casos.

Mas o que é certo é que somos nós a "levar com eles" e, no fundo, lá vamos ter que intervir ou majorar a nossa compreensão. O que não quer dizer que agora vamos permitir tudo por pena dos miúdos... Mas somos crescidinhos e conseguimos encontrar um equilíbrio saudável ao tratarmos destas situaçãoes, ou melhor, ao tratarmos das consequências destas situações.

Deixo-vos um extracto de uma notícia da RTP:

"Portugal tem a 8ª maior taxa de pobreza infantil da OCDE

Portugal apresenta uma taxa de pobreza infantil acima da média dos 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que publicou um relatório sobre o bem-estar das famílias dos Estados-membros. As pressões económicas sobre as famílias têm contribuído para a descida da taxa de natalidade. Ainda segundo este estudo, as mulheres portuguesas representam 60 por cento da força laboral do país e a segunda taxa de natalidade mais baixa.

A pobreza em Portugal atinge 16,6 por cento das crianças, um valor superior à média dos países da OCDE (12,7 por cento), de acordo com o estudo “Doing better for families”, hoje publicado. Portugal apresenta a oitava maior taxa de pobreza infantil entre os 34 países da OCDE. Os valores registados posicionam Portugal atrás de Israel, México, Turquia, Estados Unidos, Polónia, Chile e Espanha.

A OCDE, que analisou dados relativos à última década, apurou que Dinamarca, Noruega e Finlândia têm as menores taxas de pobreza infantil, com 3,7 por cento, 4,2 por cento e 5,5 por cento, respetivamente.

Portugal partilha com os países nórdicos a caraterística de famílias monoparentais tenderem a apresentar menor taxa de pobreza do que famílias duo-parentais em que apenas um adulto trabalha.

Mais de 60 por cento das crianças portuguesas vivem em famílias em que os dois pais estão empregados e trabalham a tempo inteiro. Esta é uma situação idêntica ao que se verifica na Eslovénia e nos Estados Unidos."
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Abraço!

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