segunda-feira, 4 de julho de 2011

Países com bons resultados «têm mais exames»

Não sei se é com mais exames que melhoramos, mas se for...


"Países com bons resultados «têm mais exames»

Países como China, EUA e Reino Unido, com melhores resultados do que Portugal no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), têm mais exames e uma gestão descentralizada da educação.

A China, que ocupa o primeiro lugar no relatório de 2009, tem nove anos de escolaridade obrigatória. Há dois exames por ano, no final de cada semestre. Nos exames nacionais, que dão acesso ao Ensino Superior, há três disciplinas obrigatórias: inglês, chinês e matemática.

Nos exames do final da escolaridade obrigatória e que permitem ingressar no último ciclo de três anos secundário, as disciplinas (seis) são definidas pelas comissões provinciais de educação. Em Xangai e Pequim são chinês, inglês, matemática (valem 120 pontos cada uma), física (100 pontos), química (80) e desporto (50).

Os Estados Unidos da América, em 17.º lugar entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), têm um sistema de educação altamente descentralizado.

O governo federal só tem um departamento de educação desde 1980 e várias correntes conservadoras são contra a sua existência, defendendo que a educação diz respeito às comunidades locais e às famílias.

As escolas têm grande autonomia no dia-a-dia, sob alçada de uma administração (“Board”) cuja jurisdição pode abranger uma cidade, um condado, distrito ou estado. Por isso, desde o nível básico até ao liceu, os processos de avaliação variam consoante as regiões, com diferentes frequências, modalidades e mesmo conteúdos de testes.

No final do liceu, há uma avaliação nacional (Teste de Aptidão Escolástica), determinante no acesso à faculdade.

Mesmo aqui, a responsabilidade pela realização dos exames não compete ao Estado, mas a uma organização não lucrativa, o College Board.

O Departamento de Educação e alguns governos estaduais têm apresentado nos últimos anos recomendações sobre os conteúdos a leccionar, mas não são obrigatórios.

Dois lugares à frente de Portugal (em 25.º), o Reino Unido tem um sistema em que os alunos realizam uma avaliação no final de cada etapa do Currículo Nacional para avaliar o progresso e desempenho no âmbito de uma escala de oito níveis.

No final do “Key Stage 1”, quando a criança tem sete anos, há testes e exercícios sobre leitura, escrita e matemática. É o professor que faz a avaliação.

Aos 11 anos, no final do “Key Stage 2”, são feitos exames nacionais de inglês (leitura e escrita, incluindo a caligrafia e soletração) e matemática (incluindo cálculo mental) e ciência.

No fim do “Key Stage 3”, aos 14 anos, a avaliação é feita pelos professores em matérias como línguas estrangeiras, geografia ou cidadania.

Uma avaliação importante ocorre aos 16 anos, fim da escolaridade obrigatória, com os exames nacionais conhecidos por “General Certificate of Secondary Education (GCSE)”, à escolha entre mais de 40 temas.

A maioria das universidades exige cinco GCSE com notas elevadas e ainda “A-Levels”, exames feitos aos 18 anos e que são a via mais tradicional de acesso ao ensino superior.

O Governo PSD/CDS-PP vai generalizar a avaliação nacional, passando a haver provas nacionais para os 4.º, 6.º, 9.º, 11.º e 12.º anos, segundo o programa entregue no Parlamento.

Na sexta-feira, o novo ministro da Educação, Nuno Crato, defendeu no Parlamento, além de provas e exames no final dos ciclos de ensino, o aprofundamento da descentralização com os municípios e a independência da entidade que produz os exames nacionais."
Diário Digital / Lusa 



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