Não se mexe, são iguais para toda a função pública! E já está justificado...
Afinal somos ou não equiparados à função pública no geral?
Correndo o risco de já estar desactualizado, não há um lei qualquer que não permite que se façam mais do que 3 contratos para os funcionários públicos? Depois desses 3 entra para os quadros ou não tem mais contratos? (Desta não tenho a certeza...)
E no fim de um contrato não recebem compensação por caducidade desse? A mesma que nos querem tirar?
E não podem meter férias durante o ano e não só em Agosto como nós?
E um lugar de chefia não garante ao chefe realmente mandar?
E recebem horas extras com base em 22 horas em vez das 35?
Quem quiser pode juntar outras...
Somos função pública "geral" e/ou"particular" conforme querem...
E será que vai ser pelas quatas que o caldo vai entornar?
"Avaliação docente. Negociação tem tudo para dar errado
A negociação começa dentro de duas semanas, mas quem souber ler nas entrelinhas já consegue adivinhar que os sindicatos e o ministro da Educação e Ciência dificilmente vão chegar a um acordo sobre o novo modelo de avaliação dos professores para o próximo ano lectivo. Não estão em causa as orientações gerais ontem apresentadas aos 14 sindicatos e federações no Palácio das Laranjeiras, mas um princípio-base de que nenhuma das partes está disposta a abdicar - as quotas para restringir as classificações mais altas.
Esse calcanhar de Aquiles, aliás, nem sequer foi discutido em pormenor entre Nuno Crato e os sindicalistas. Foi quase um assunto tabu, mas, apesar do silêncio, cada um sabe o que o outro pensa. Basta ouvir ambas as partes. Nuno Crato, não querendo desvendar tudo o que vai fazer, vai avisando desde já que as "quotas são a regulamentação para toda a administração pública". É o mesmo que dizer que os professores não são casos especiais nem merecem regimes de excepção: "Se calhar temos de regulamentar até como uma forma de incentivar os melhores."
Do outro lado está o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, que antes sequer de se sentar à mesa com o ministro da Educação sabe à partida que, se a tutela insistir nas quotas, "é certo e sabido que não haverá acordo". Está em causa um "sistema injusto" que "estrangula" a carreira de um professor excelente de uma escola e permite a ascensão de um outro colega só porque teve a sorte de frequentar um agrupamento com mais vagas para as notas altas, diz o sindicalista para justificar o finca-pé.
E pronto. Estão reunidas boa parte das condições para este processo continuar a arrastar- -se por tempos infinitos. A guerra na avaliação já atravessou três reinados - começou em 2007, com a ex-ministra Maria de Lurdes Rodrigues, atravessou a tutela de Isabel Alçada e agora resta saber se vai ultrapassar o ministério de Crato.
Está tudo em aberto, até porque os pormenores do novo modelo só vão ser conhecidos no dia 12 de Agosto. Ontem apenas foram apresentadas as linhas gerais do próximo sistema de avaliação. E foram tão gerais que os sindicatos nem sequer conseguiram perceber se estavam perante uma alternativa melhor ou pior que antes. Para os sindicalistas, os sete princípios do novo modelo apresentados pelo ministro tanto podem ser "bons como maus"; diferentes como iguais ao que já existe; "tudo ou nada". Os sindicatos saíram ontem da reunião com um certo desencanto por levarem para casa uma folha A4 com pouco mais de meia dúzia de tópicos.
"O que o ministro apresentou foram princípios tão genéricos que tanto dá para estar de acordo como para criar dúvidas", conta João Dias da Silva, dirigente da Federação Nacional da Educação. Importa pois discutir como vão ser "operacionalizadas" todas as ideias que a tutela quer introduzir no novo modelo, e portanto será preciso esperar pelas três rondas negociais que começam a 22 de Agosto e terminam a 9 de Setembro.
O ministro queria concluir a negociação até 31 de Agosto e a tempo de aplicar o novo modelo no início do ano lectivo, mas acabou por ceder às exigências sindicais. As férias dos professores são um entrave ao processo, já que os sindicalistas não abdicam da consulta à classe docente antes de partirem para qualquer entendimento. "Percebemos esse ponto de vista e estendemos o prazo, mas mesmo assim estou convencido de que vai ser possível chegar a um acordo no início do ano lectivo para que os professores possam recuperar a tranquilidade", explicou Nuno Crato.
Só que ninguém consegue garantir um desfecho feliz para esta novela, apesar de João Dias da Silva até apontar alguns pontos de partida que estão em sintonia com as reivindicações dos professores. Os ciclos de avaliação vão ser adaptados aos escalões da carreira, o que significa que, em vez de acontecer de dois em dois anos, a avaliação passará a ser em média de quatro em quatro.
Resta saber o resto, alerta o dirigente da FNE, esperando um modelo menos burocrático e "mais centrado na componente científica e pedagógica dos docentes"."
Abraço!
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