Já devem ter reparado que as "conversas de sindicato" já me agradaram mais. Já me cansa estar sempre a ler críticas atrás de críticas, ver greves e mais greves, protestos e afins e nada muda.
As declarações que fazem, os interesses de uns sobre os de outros, as formas de luta que sugerem, a capacidade negocial, as ligações políticas e outros aspectos não agradam a muitos, tal como a mim.
Põe-se em questão qual o peso dos sindicatos no panorama actual. Podem dizer, e com razão, que muitas vezes nos auxiliam quando pedimos ajuda, eu próprio já o fiz (embora nem sempre tenha ficado muito satisfeito). Mas o peso que deviam ter nas negociações com o ME é baixo. Num país que tem um número já assustador de obesos, os sindicatos parecem anoréticos...
Mas não estou a sacudir a água do meu capote, nem do vosso, caros colegas: a culpa é de todos...
"O secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, afirmou hoje que existe em Portugal "um quarteto" composto pelo Presidente da República, PSD, PS e CDS.
"Só temos 'troika' em Portugal se considerarmos que o Presidente da República é o padrinho. Se assim não for temos um quarteto, composto pelo PSD, PS, CDS e Presidente da República", afirmou hoje o presidente do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) e secretário-geral daFENPROF, em Viseu.
Na conferência de apresentação das Jornadas do SPRC, que arrancam hoje e decorrem até sexta-feira, Mário Nogueira sublinhou que o país está “à beira de uma situação catastrófica”, servindo-se do exemplo do que se vive na Grécia um ano depois de terem sido introduzidas as medidas internacionais impostas pela ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu).
“Nós não estamos para isso, temos de começar já a reagir. E só há uma forma de reagirmos: é não nos resignarmos e irmos para a luta exigindo respeito pelos nossos direitos”, sustentou.
Sobre o programa do atual Governo, Mário Nogueira sublinha que o seu conteúdo é “mais que desgraçado”, chegando mesmo a ser “pior do que o do Governo anterior”.
Para o presidente do SPRC, a pior coisa que os portugueses podem fazer "é silenciarem-se e esmagarem-se", prometendo por isso “denunciar as malfeitorias que pretendem fazer ao país”.
Ao longo das jornadas, “cerca de 150 dirigentes sindicais votarão um projeto, que se for consensual, será entregue ao presidente da câmara de Viseu”, ao final da manhã de sexta-feira.
Aos jornalistas, Mário Nogueira disse ainda que no campo da Educação, o programa do Governo tem uma matéria que considera “constitucionalmente duvidosa”.
O dirigente sindical afirmou que o Executivo "tenta pôr o privado ao mesmo nível que o público", o que considerou "um ataque violento à escola pública”.
Mário Nogueira afirmou ainda que, no arranque do próximo ano letivo, vão ser encerrados cerca de 30 mil horários.
“Não são 30 mil professores, mas podem ser cerca de 20 mil. Este problema pode ir muito além dos professores contratados e entrar nos quadros”, esclareceu.
O secretário geral da FENPROF considerou ainda que “começa a ser tardio o prazo para que o ministro da Educação se apresente às tropas”.
Segundo o responsável, no dia seguinte à posse do novo Governo foi solicitada uma reunião urgente ao ministro Nuno Carto, mas esta ainda não foi agendada.
“Ainda não é tarde, mas começa a não ser cedo e essa reunião deve ser rapidamente marcada”, referiu."
Abraço!
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