sexta-feira, 13 de maio de 2011

Escolas TEIP com bons resultados

O investimento extra parece estar a ser justificado, ainda bem.


Os  Directores aplaudem e gostam dos resultados. Mas também não iam dizer mal... se com mais meios não conseguirem melhores resultados não convém que o divulguem... mas prefiro acreditar que há sucesso.


Mas há Escolas por onde tenho passado, e outras como estas ou piores, que não são TEIP mas precisavam muito de o ser. Hoje em dia muitas têm que lidar com situações muito complicadas com os mesmos recursos que as outras...


Mas qualquer Escola só pode ser boa se tiver bons professores. Será que algum do sucesso anunciado se deve ao facto de poderem escolher os professores para o seu grupo de trabalho?


As contratações nas TEIP estão muitas vezes encobertas por histórias de muitos que concorreram e foram aceites por vias, no mínimo, passíveis de contestação... e não acredito - tenho a certeza - que os melhores lá estejam:  muitos não querem e  outros tiveram "sorte" e lá foram parar...


A notícia é da SIC:


"Educação: Escolas dão boa nota a programa para escolas de risco



Almada, Setúbal, 13 mai (Lusa) -- Diretores de agrupamentos de escolas que integram o programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP), dirigido a escolas problemáticas, dão boa nota ao projeto e consideram-no responsável pelas melhorias no ambiente do estabelecimento de ensino e nos resultados escolares.
De acordo com um estudo do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior de Ciência do Trabalho e da Empresa (CIES/ISCTE), "o abandono e a indisciplina têm-se reduzido de forma significativa na grande maioria [das escolas do TEIP]. Cerca de metade [dessas escolas] evoluiu de forma muito positiva em termos de resultados escolares".
O coordenador do estudo, Pedro Abrantes, disse à agência Lusa que, "ainda que com traços e intensidades diferentes, em termos gerais, o programa TEIP tem tido um efeito positivo nos 105 agrupamentos de escolas que abrange".
Pela voz dos que o têm vivido é assim também. Inês de Castro é diretora do agrupamento de escolas do Monte da Caparica, em Almada, que tem cerca de 1.200 alunos, e integra o TEIP desde 1996, quando o projeto foi criado.
Nessa altura, contou à agência Lusa, "este era um agrupamento muitíssimo problemático, com gravíssimos casos de indisciplina, de violência, com um forte absentismo escolar, com uma taxa elevada de abandono escolar e com resultados escolares fracos, com um elevadíssimo número de reprovações".
Hoje, "e mesmo depois de os TEIP terem sido abandonados pelo poder político durante uns anos", o cenário é outro, "sem comparação": "A partir de 2006 o projeto ganhou um novo impulso, contratámos um mediador para a população de etnia cigana, animadores sócioculturais e mais professores do primeiro ciclo para dar apoio especializado aos alunos que apresentavam maiores dificuldades de aprendizagem", acrescentou.
"Reduzimos os casos de violência a quase zero, o ambiente escolar melhorou substancialmente, o abandono escolar no nosso agrupamento é claramente residual e melhorámos muito as taxas de transição de ano", disse ainda.
Pela frente "há, claro, um longo caminho a fazer", mas "as melhorias são evidentes".
O mesmo contou à Lusa Rui Filipe, diretor do agrupamento de escolas de Almancil, em Loulé, que tem 1.330 alunos e aderiu ao TEIP no início deste ano letivo.
"A escola mudou muito. Está muito diferente. Tem melhor ambiente, há mais atividades ligadas ao sucesso educativo, há menos indisciplina, mais recursos, mais ferramentas para resolver os problemas das famílias e dos alunos", afirmou.
O professor considerou também que "estas ferramentas deviam ser estendidas a todas as escolas do país".
Mais a Norte, em Gaia, Agostinho Guedes, diretor da escola secundária Inês de Castro, que tem 1.140 alunos e está integrada no programa desde 2006, afirmou que "a dinâmica criada foi bem articulada e trouxe com ela ferramentas que permitem às escolas com mais problemas terem um projeto educativo diferente".
Para o responsável, o programa trouxe "um reforço financeiro que permitiu reforçar a parte pedagógica e complementar o trabalho dos professores com o trabalho de profissionais especializados. A nossa equipa tem um animador sociocultural, um psicólogo e um educador social. Criam uma estrutura de apoio importante, são fundamentais".
O programa TEIP foi criado em 1996 mas esteve praticamente inativo durante dez anos. Em 2006 ganhou novo impulso e foi retomado. Em 2008 lançou-se o segundo TEIP, que alargou o projeto a mais agrupamentos de escolas, de Norte a Sul do país."

Abraço!

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