domingo, 19 de junho de 2011

Quando o dinheiro não chega para tudo...

..."corta-se" na Educação. E estou a referir-me ao orçamento familiar.

É de esperar que cada vez mais os alunos saiam das Escolas privadas por motivos económicos. Mau para estas, mas também pode ser mau para as públicas, que vêm aumentar o número de alunos por turma (sim, pois o aumento de turmas só é possível com a aprovação do "Papa" hoje em dia...) e muitas vezes em estabelecimentos que já estão a arrebentar pelas costuras.

Mas se o "Papa" autorizar pode ser bom para os professores que leccionam no público, sempre são mais uns lugares... Já para os que leccionam nas privadas...

Podem ler esta notícia da TVI:


"Pais transferem filhos do ensino privado para público

Escolas públicas estão a receber cada vez mais pedidos de alunos de colégios particulares

As escolas públicas estão a receber cada vez mais pedidos de transferência de alunos de colégios particulares. Segundo a agência Lusa, em Lisboa, há um estabelecimento onde metade dos estudantes do 7.º ano veio de privados.

Com o primeiro período a chegar ao fim, a direcção da escola Rainha Dona Amélia começou a notar «um aumento de procura muito acima do normal de alunos do ensino particular», contou à Lusa a diretora da secundária, Isabel Le Guê.

Mas, garante a responsável, as transferências de privadas para o público é um fenómeno que já começou há algum tempo. Prova disso é o facto de «este ano, cerca de 50 por cento dos alunos do 7.º ano serem meninos que vieram do privado», contou à Lusa Isabel Le Guê, explicando que na Rainha Dona Amélia existem atualmente seis turmas de 28 alunos.

Além disso, «no ano passado, a procura foi tão elevada que o Director Regional de Educação mandou abrir duas turmas de 7.º ano aqui na escola vizinha», recordou, antevendo um agravamento da situação este ano.

A escola é tão procurada que não se consegue livrar da «injusta fama» de ali se conseguir entrar apenas com cunhas. Isabel Le Guê garante que todos são tratados da mesma maneira: «Explicamos aos pais que seguimos as normas definidas a nível nacional. Primeiro entram os meninos com necessidades educativas especiais. Depois conta ter irmãos na escola. A proximidade ao local de residência ou trabalho é a terceira razão».

Também na Escola Filipa de Lencastre a procura de vagas de alunos que frequentavam o privado sentiu-se este ano com mais intensidade. Segundo contou à Lusa o vice-presidente Luís Sequeira, «durante o ano houve muitos pais a tentar transferir os filhos».

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Adalmiro Botelho da Fonseca, confirma que são cada vez mais os alunos que abandonam o privado. «Em conversa com colegas que trabalham no particular eles contam-nos que estão preocupados com a saída cada vez maior de alunos para o público», resumiu Adalmiro da Fonseca.

No entanto, o número real de transferências só será conhecido no próximo mês, quando terminarem as inscrições no ensino público. Até lá, os responsáveis falam apenas em «perceções».

Segundo presidente da ANDAEP, se a maioria dos pais procura as escolas bem posicionadas nos rankings, também existem encarregados de educação que, influenciados pelos filhos, acabam por escolher escolas próximas de zonas de lazer. «Há alunos que preferem escolas que estejam pertinho do metro, de centros comerciais e bares bonitos. Querem ficar perto das zonas de entretenimento», sublinha, referindo-se a um caso concreto em Gaia. Mas, garante, os pais mais preocupados com a qualidade de ensino ignoram estes desejos."


Abraço!

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