É mais ligado ao Ensino Superior e já ouvi quem teme que possa "puxar a brasa mais para essa sardinha".
Tem ideias que batem com as "tentadas" pelo governo do PS - o caso das provas de ingresso para os professores.
Tem muito menos dinheiro para gerir e muito pessoal para dispensar.
Está com a batata quente na mão e pode queimar-se... espero que não.
Mas não parece que vá ser "meu ministro", devo ser um dos muitos que vão ficar a ver o seu lugar como docente "por um canudo"... espero estar errado!
"
Nuno Crato é aguardado com expectativa
Sara R. Oliveira - Educare
Sindicatos e associações esperam que o novo ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência passe da teoria à prática, que aplique no terreno as ideias que tem defendido, que assuma uma postura dialogante. FENPROF e FNE aguardam pelas medidas que serão anunciadas e não desistem da suspensão do atual modelo de avaliação. Neste momento, pede-se rapidez na definição das normas de gestão do próximo ano letivo.
Sara R. Oliveira - Educare
Sindicatos e associações esperam que o novo ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência passe da teoria à prática, que aplique no terreno as ideias que tem defendido, que assuma uma postura dialogante. FENPROF e FNE aguardam pelas medidas que serão anunciadas e não desistem da suspensão do atual modelo de avaliação. Neste momento, pede-se rapidez na definição das normas de gestão do próximo ano letivo.
O novo ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência é Nuno Crato, matemático, professor catedrático, pró-reitor da Universidade Técnica de Lisboa. Tem 59 anos, é licenciado em Economia, doutorado em Matemática Aplicada e tem um mestrado em Métodos Matemáticos para Gestão de Empresas. Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, tem vários livros e artigos publicados em revistas científicas.
Em 2008, recebeu o prémio de comunicador científico do ano, atribuído pela União Europeia. Nesse mesmo ano, recebeu a comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelas mãos do Presidente da República. Amanhã, terça-feira, toma posse para liderar um ministério sensível durante os próximos quatro anos.
Nuno Crato tem três áreas sob a sua alçada e várias tarefas pela frente, como poupar 195 milhões de euros até 2012 e mais 175 milhões em 2013, reduzir pessoal e negociar com mais de uma dezena de sindicatos do setor. Combater a baixa escolaridade, travar o abandono escolar e melhorar a qualidade do ensino e da formação são assuntos que obrigatoriamente terá de manter debaixo de olho. De que forma o seu nome está a ser recebido? Com bastante expectativa. Até pelas ideias que tem vindo a defender ao longo dos anos.
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) e a Federação Nacional de Educação (FNE) não abdicam da suspensão do atual modelo de avaliação de professores e aguardam pelas medidas que Nuno Crato irá implementar. "O que é determinante não é o ministro, mas sim os programas que vão ser implementados", referiu, à Lusa, Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF. De qualquer forma, o responsável espera que o novo titular da pasta mostre disponibilidade e capacidade para dialogar e negociar.
João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, quer, além da suspensão do modelo de avaliação, que a fusão dos agrupamentos de escolas seja colocada de lado. "No imediato, é evidente que queremos a suspensão da avaliação de desempenho e a suspensão do processo de fusão de agrupamentos para se encontrar uma nova forma de concretização dos agrupamentos de escola e também para determinação de um novo modelo de avaliação" - sustenta, a propósito.
A FNE vê com bons olhos a fusão das três áreas num único ministério, relembrando que essa divisão significou dificuldades no passado. "Houve alguma falta de articulação e este reencontro parece-nos positivo", referiu Dias da Silva, à Lusa. A FENPROF, por seu turno, prefere esperar para ver se se trata de apenas um ministério ou se serão dois com o mesmo ministro.
O Conselho de Escolas (CE) está satisfeito com a nomeação de Nuno Crato e acredita que o seu trabalho poderá ser uma mais-valia para o setor educativo. Para Manuel Esperança, o novo ministro percebe do que fala, está "por dentro dos problemas da Educação" e, por isso, espera que coloque em prática "as ideias que tem transmitido". O presidente do CE não discorda da fusão de três áreas no mesmo ministério, mas sublinha que é fundamental conhecer a equipa que irá acompanhar Nuno Crato. "Talvez um ministro só para o Ensino Superior fosse um exagero", reparou.
A Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) aguarda com "serenidade" o desenrolar dos acontecimentos para ver o que acontece, apesar de reconhecer valor a Nuno Crato. "O ministro é pessoa cujo valor reconhecemos, mas como se trata de um super-ministério, é vital aguardarmos pelo programa do Governo e pelos nomes dos secretários de Estado, antes de nos pronunciarmos", disse Albino Almeida, presidente da CONFAP. O responsável espera abertura por parte da tutela para dialogar e expor situações que preocupam pais e encarregados de educação.
A Confederação Independente de Pais (CNIPE) espera que Nuno Crato seja coerente e que aplique no terreno o que tem vindo a defender publicamente. A nomeação não foi totalmente uma surpresa e não há contestação ao nome indicado. Maria José Viseu, presidente da CNIPE, gostaria que o novo ministro não tardasse a explicar as regras do jogo, ou seja, as normas de gestão do ano letivo. "Ele defende uma escola de qualidade, uma escola exigente, onde os conhecimentos científicos sejam valorizados, uma escola responsabilizadora e responsabilizante e, portanto, nesse sentido nós só podemos concordar com ele", comentou, em declarações à Lusa.
Uma pessoa dialogante, com sensibilidade e que reflete sobre o setor. É assim que o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESUP) olha para Nuno Crato. "Temos expectativas positivas. Trata-se de alguém que já tem reflexão sobre o Ensino Superior e cujas ideias, em grande parte, vão ao encontro do que defendemos. Aguardamos agora o início do diálogo", afirmou o presidente do SNESUP, António Vicente. E mais do que fusão de três áreas, o importante é, sustenta, "ter um ministro preocupado e sensível para as matérias".
Em 2008, recebeu o prémio de comunicador científico do ano, atribuído pela União Europeia. Nesse mesmo ano, recebeu a comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelas mãos do Presidente da República. Amanhã, terça-feira, toma posse para liderar um ministério sensível durante os próximos quatro anos.
Nuno Crato tem três áreas sob a sua alçada e várias tarefas pela frente, como poupar 195 milhões de euros até 2012 e mais 175 milhões em 2013, reduzir pessoal e negociar com mais de uma dezena de sindicatos do setor. Combater a baixa escolaridade, travar o abandono escolar e melhorar a qualidade do ensino e da formação são assuntos que obrigatoriamente terá de manter debaixo de olho. De que forma o seu nome está a ser recebido? Com bastante expectativa. Até pelas ideias que tem vindo a defender ao longo dos anos.
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) e a Federação Nacional de Educação (FNE) não abdicam da suspensão do atual modelo de avaliação de professores e aguardam pelas medidas que Nuno Crato irá implementar. "O que é determinante não é o ministro, mas sim os programas que vão ser implementados", referiu, à Lusa, Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF. De qualquer forma, o responsável espera que o novo titular da pasta mostre disponibilidade e capacidade para dialogar e negociar.
João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, quer, além da suspensão do modelo de avaliação, que a fusão dos agrupamentos de escolas seja colocada de lado. "No imediato, é evidente que queremos a suspensão da avaliação de desempenho e a suspensão do processo de fusão de agrupamentos para se encontrar uma nova forma de concretização dos agrupamentos de escola e também para determinação de um novo modelo de avaliação" - sustenta, a propósito.
A FNE vê com bons olhos a fusão das três áreas num único ministério, relembrando que essa divisão significou dificuldades no passado. "Houve alguma falta de articulação e este reencontro parece-nos positivo", referiu Dias da Silva, à Lusa. A FENPROF, por seu turno, prefere esperar para ver se se trata de apenas um ministério ou se serão dois com o mesmo ministro.
O Conselho de Escolas (CE) está satisfeito com a nomeação de Nuno Crato e acredita que o seu trabalho poderá ser uma mais-valia para o setor educativo. Para Manuel Esperança, o novo ministro percebe do que fala, está "por dentro dos problemas da Educação" e, por isso, espera que coloque em prática "as ideias que tem transmitido". O presidente do CE não discorda da fusão de três áreas no mesmo ministério, mas sublinha que é fundamental conhecer a equipa que irá acompanhar Nuno Crato. "Talvez um ministro só para o Ensino Superior fosse um exagero", reparou.
A Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) aguarda com "serenidade" o desenrolar dos acontecimentos para ver o que acontece, apesar de reconhecer valor a Nuno Crato. "O ministro é pessoa cujo valor reconhecemos, mas como se trata de um super-ministério, é vital aguardarmos pelo programa do Governo e pelos nomes dos secretários de Estado, antes de nos pronunciarmos", disse Albino Almeida, presidente da CONFAP. O responsável espera abertura por parte da tutela para dialogar e expor situações que preocupam pais e encarregados de educação.
A Confederação Independente de Pais (CNIPE) espera que Nuno Crato seja coerente e que aplique no terreno o que tem vindo a defender publicamente. A nomeação não foi totalmente uma surpresa e não há contestação ao nome indicado. Maria José Viseu, presidente da CNIPE, gostaria que o novo ministro não tardasse a explicar as regras do jogo, ou seja, as normas de gestão do ano letivo. "Ele defende uma escola de qualidade, uma escola exigente, onde os conhecimentos científicos sejam valorizados, uma escola responsabilizadora e responsabilizante e, portanto, nesse sentido nós só podemos concordar com ele", comentou, em declarações à Lusa.
Uma pessoa dialogante, com sensibilidade e que reflete sobre o setor. É assim que o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESUP) olha para Nuno Crato. "Temos expectativas positivas. Trata-se de alguém que já tem reflexão sobre o Ensino Superior e cujas ideias, em grande parte, vão ao encontro do que defendemos. Aguardamos agora o início do diálogo", afirmou o presidente do SNESUP, António Vicente. E mais do que fusão de três áreas, o importante é, sustenta, "ter um ministro preocupado e sensível para as matérias".
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