domingo, 19 de junho de 2011

Lugares para os contratados em 2011/2012

Tenho falado com alguns colegas, uns pessimistas, outros "neutros" e outros menos pessimistas (sim, porque optimistas não há!) sobre os número de contratados que vão ter trabalho para o ano.

Há muitos factores a considerar, muitas contas (mesmo sem termos os números necessários) para fazer e alguma reflexão à mistura.

No lado do "mau" temos, entre outras, as seguintes medidas:

As horas que deixam de ser lectivas;
Os cargos que deixam de ser equiparados a estas horas;
O corte enorme no Desporto Escolar;
Os colegas que regressam à vida docente depois de terem de deixar cargos fora da escola que eram equiparados à actividade docente;
Os colegas das privadas que vão ficar sem emprego e vão-se virar para o concurso público (sim, eu sei, há o "problema" da 2ª prioridade para estes, mas não se esqueçam que muitas escolas quando estabelecem critérios para a contratação nem sempre querem saber destas prioridades);
A obrigatoriedade de leccionarem a uma ou mais turmas mesmo tendo outros cargos que até agora permitiam que não o fizessem;
O corte no número de acessores dos directores;
a junção de escolas (pelo menos os "mega-agrupamentos" parecem estar parados por agora, mas ainda há escolas por agrupar...);
o fecho de várias escolas com menos de 21 alunos;
...

Do lado do "bom":

Grande número de reformas - mas não se esqueçam que embora os Educadores e os Professores do 1º Ciclo deixem a vaga completa, os dos 2º, 3º e secundário deixam 14 horas lectivas... é preciso mais do que "professor e meio" para originar um horário completo;
...(?)

E agora pesa-se tudo: está mau! As reformas não vão compensar os cortes!

Há quem esteja descansado porque no grupo tal não vai haver muitos cortes, outros porque já são do quadro e têm lugar garantido... cuidado!

Já falei, e volto a falar, do exemplo do Desporto Escolar: quem não é da Educação Física até chega a aplaudir os cortes, pois nós somos uma cambada de malandros e andamos a enganar o pessoal com isto do desporto Escolar, blá, blá, blá, etc e tal, como já devem ter reparado se estiveram atentos aqui há uns tempos atrás quando originei uma "acesa" discussão noutro blogue sobre Educação.

Se os quadros de Educação Física não vão ter essas horas, vão ter que fazer outras coisas, ficar com outros cargos, logo vão "competir" directamente com outros colegas que normalmente os teriam.

E um Quadro em final de carreira sai muito caro ao Estado: porque não começar a cortar despesa pelo topo? Não podem? Também não podiam obrigar-nos a dar aulas de substituição, não podiam obrigar-nos a corrigir exames de graça, não podiam isto e mais aquilo... é só mudar um ou outro ponto na lei e conseguem tudo (e agora têm maioria, nem precisam negociar com a oposição).

E que tal considerá-los excedentes e transferí-los para outro ministério? E que tal obrigarem-nos a trabalhar administrivamente noutras funções? E que tal obrigarem-nos a exames para comprovar as suas capacidades? Muda-se o cenário, as condições e as regras e não vai faltar quem saia voluntariamente...

Resumindo: nós os contratados estamos tramados (vai dar para os melhor graduados - e nem sei para quantos); os Quadros mais cedo ou mais tarde também poderão ficar...

O que dizem?

Abraço!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Porque me interessam outras opiniões! Tentarei ser rápido a moderar o que for escrito, para poder ser publicado.