Concordo que as faculdades inflacionam ou impõem barreiras às notas dos seus alunos.
Concordo que há muitos teóricos que são maus na prática.
Concordo que devíamos ter uma Ordem, como os advogados, médicos e outros - e estas exigem exames para admitirem associados.
O exame de admissão à carreira, visto como um meio para avaliar justamente o que realmente cada um sabe, não me parece mal.
O que me deixa preocupado é o tipo de exame e o que se pode concluir depois de o corrigirem.
Teórico? Sobre o quê? Mistura-se cultura geral e conhecimentos de língua portuguesa nas questões de pedagogia e didática?
Todos nós sabemos que as teorias dos grandes "entendidos" funcionam quando funcionam. E acabo por acreditar que, de uma forma geral, "pedagógico é o que resulta": se resultar para a esquerda lá vamos nós para a esquerda. Se resultar para uns à esquerda e para outros para cima, lá vamos nós para os dois lados.
E como se avalia isto? Como se avalia a gestão dos alunos e das mil e uma situações com que nos deparamos? Como se avalia a interacção com eles? Como se avalia a transmissão dos conhecimentos? Como se avalia... Para isso temos o estágio!
Mas cada grupo de estagiários é avaliado por um professor diferente. E cada professor defende os seus estagiários como entende que deve fazê-lo. E um considera que fazer da forma "A" é melhor do que da forma "B", enquanto que outro prefere a "B".
Ou seja, uma prova "no terreno", prática, não é viável.
Pois, voltamos à prova teórica: é igual para todos e os critérios de correcção estão bem estabelecidos, logo a correcção é mais justa.
Mas há algum modelo de prova que nos garanta que o futuro professor que tira 16 é melhor do que o que tirou 13? Teremos um belo teórico mas mau professor na prática? Alguém que domina as teorias do estudioso "X" e do "Y" mas que se vê no inferno quando lida com os alunos?
"O programa hoje divulgado reintroduz como uma das condições de acesso à profissão docente a realização de uma prova da avaliação de conhecimentos dos candidatos a professores.
Esta medida é justificada pela necessidade de “uma selecção inicial de professores que permita integrar no sistema os mais bem preparados e vocacionados”.
O Ministério liderado por Maria de Lurdes Rodrigues defendeu a realização de provas de ingresso, alegando que há professores "que não têm, de facto, condições mínimas" para serem docentes, apontando o dedo à formação ministrada em várias escolas do ensino superior. A medida foi fortemente contestada pelos sindicatos de professores, aplaudida por associações de pais, mas não chegou a ser implementada."
Abraço!
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