domingo, 21 de agosto de 2011

Presente envenenado

É o termo mais usado nas notícias sobre a isenção de avaliação dos colegas mais velhos.

A meio da semana li na revista Sábado que isto de deixar os mais velhos de fora era uma forma destes não contestarem a nova ADD, como outros também acreditam, incluindo eu.

E não podemos esquecer que poupar 40 mil avaliações é poupar mais uns cobres aos cofres do MEC.

O contratado é que se lixa, lá leva com a avaliação todos os anos. E vai servir para quê?


"Fenprof receia "presente envenenado" para professores isentos de avaliação




A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) receia que a isenção de avaliação a cerca de 40 mil docentes em topo de carreira seja um "presente envenenado" do Ministério da Educação para os "ganhar".

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou que a isenção de avaliação de professores no 8.º, 9.º e 10.º escalões prevista no novo modelo de avaliação de desempenho proposto pelo Ministério é "uma tentativa clara de ganhar aqueles professores".

Para a Fenprof, é uma tentativa de os fazer aceitar "um modelo não por ser bom mas por não se lhes aplicar".

"Não temos a certeza de que não esteja ali um presente envenenado", afirmou Mário Nogueira, que rejeita a "leitura simples" de se considerar que por estarem em topo de carreira, com cerca de 30 anos de exercício de profissão, os professores não têm de ser avaliados da mesma maneira que os outros.

Se a natureza do modelo de avaliação é também formativa e se destina a "ajudar a resolver problemas, não faz sentido pensar que um professor num escalão superior não tem problemas ou tem menos do que outro professor num escalão abaixo", argumentou.

Para a Fenprof, a real intenção pode ser "reservar para esses professores o papel de avaliadores", fazendo com que venham a ser avaliados, mas pelos diretores das escolas.

"Não nos parece que esses professores prefiram ser avaliadores externos, andar de escola em escola sem ter certeza sobre quem lhes paga as deslocações ou se têm reduções de horário para desempenhar essas funções e serem avaliados por diretores", sublinhou.

Mário Nogueira ressalvou que isso não está escrito no modelo de avaliação proposto aos sindicatos, mas a quantidade de dúvidas sobre esse modelo deixam a Fenprof preocupada sobre o que realmente se virá a passar.

O novo modelo de avaliação proposto pelo Ministério da Educação aos sindicatos supõe que os professores do nono e décimo escalões estão isentos, tal como os do oitavo que tenham tido boas classificações ao longo da carreira."

Abraço!

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