segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Após 2 dias, a actualização! Parte III

O fim de semana foi atribulado e não deixei mensagens neste blogue. Foi também um fim de semana com muitas novidades (e a sexta também). Junta-se tudo e temos uma grande desactualização!

1. Proposta do Governo para a ADD.
2. Reacções à ADD.
3. Aumento do número de alunos por turma no 1º ciclo.
4. Acordo com as privadas.


3. É claro que mais alunos por turma só vai complicar o que já era complicado.
Pensem nos colegas do 1º ciclo com um 1º ano: não têm autonomia, precisam de muita atenção personalizada (carteira a carteira, aluno a aluno) e estão naquela fase fundamental em que se não começam bem depois é complicado...

Para além disto, não será uma medida economicista? Vai dar para poupar uns professores...

"Dizem os professores
Mais alunos por turma terá como consequência menos qualidade


Ministério diz que houve uma "procura excepcional de matrículas"

O número máximo de alunos por turma no 1.º Ciclo passa de 24 para 26. O Bloco de Esquerda já pediu explicações.


O sistema público de educação tem de estar preparado para uma maior procura de modo que "a consequência não seja mais alunos e menos qualidade". Para Miguel Reis, do Movimento Escola Pública, será este o resultado do aumento do número máximo de alunos por turma, agora aprovado pelo Ministério da Educação e Ciência.

Na quinta-feira foi enviada para as escolas uma circular da Direcção-Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular transmitindo orientações da secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário no sentido de aumentar de 24 para 26 o número máximo de alunos por turma no 1.º Ciclo. Esta alteração é justificada com a "procura excepcional de matrículas em escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico".

O Movimento Escola Pública entregou, no ano passado, uma petição no Parlamento onde se pedia o movimento inverso: a redução do número de alunos por turma nos vários níveis de ensino. A petição, subscrita por mais de 18 mil pessoas, traduziu-se em dois projectos no mesmo sentido, apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, que não chegaram a ser votados. O então secretário de Estado da Educação, João da Mata, alegou que cerca de 60 por cento das turmas já têm menos alunos do que os máximos estipulados.

O Bloco de Esquerda já pediu esclarecimentos ao MEC. "A alteração ocorre a menos de um mês do arranque do ano lectivo de 2011-2012 e pode comprometê-lo, o que não seria novo para um Governo de maioria PSD-CDS", sustenta em comunicado. O BE requereu também o "acesso aos dados que justificam a excepcionalidade da procura de matrículas no 1.º ciclo com que o Governo fundamenta esta alteração".

Os bloquistas querem saber também como é que esta medida está em articulação com os compromissos programáticos deste Governo de "melhoria das aprendizagens no 1.º Ciclo". "Quem tomou esta medida foi alguém que, por certo, nunca trabalhou no 1.º Ciclo", criticou o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira. Este responsável lembra que as turmas para o próximo ano lectivo já estão constituídas e que as alterações deverão ser pontuais. Por isso sustenta que a medida adoptada "é um alargamento para o futuro". Miguel Reis não tem essa certeza: "Veremos em Setembro se o objectivo do ministério não será também o de reduzir o número de turmas e, portanto, de professores."

Também o líder da Federação Nacional de Professores, Mário Nogueira, advertiu que esta medida poderá levar as escolas a refazerem as turmas já constituídas e homologadas e, por conseguinte, "dispensarem professores e criarem mais horários zero".

O aumento do número de alunos por turma foi anunciado no mesmo dia em que o Ministério da Educação e Ciência divulgou a lista das 297 escolas do 1.º Ciclo que vão fechar em Setembro. Esta lista contou com o aval da Associação Nacional de Municípios Portugueses, confirmou à Lusa António José Ganhão, responsável pela área da Educação na ANMP."

Abraço!

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