Quatro professores 'à rasca' convocam protesto
Um grupo de professores desempregados lançou na Internet o apelo a um protesto na rua contra o número de docentes que ficou sem colocação, afirmando estar a lutar quer pela sua vida quer pela qualidade do ensino.
«É um protesto espontâneo, não há aqui partidos, não há aqui sindicatos. Apelamos a toda a gente que queira vir, que tragam aquilo que quiserem, cartazes, amigos», disse um dos quatro organizadores, Miguel Reis.
Apesar de ser sindicalizado e membro do Bloco de Esquerda, Miguel Reis reitera que o protesto não tem por trás nenhum partido ou organização mas também não lhes é hostil.
«Sou sindicalizado, mas a verdade é que nas últimas concentrações de professores contratados e desempregados convocadas pelos sindicatos junto ao Ministério da Educação esteve sempre muito pouca gente, 40, 50 pessoas», notou.
Por isso, decidiram-se por «uma coisa mais informal, mais espontânea», convocando o protesto para dia 10 de Setembro, no Rossio, em Lisboa, através da rede social Facebook.
Mas Miguel Reis garante que também apoiam a manifestação já apontada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) para 16 de Setembro.
Há um mês que a convocatória do Protesto dos professores desempregados foi publicada porque os quatro organizadores «já previam» os resultados do concurso de colocação de professores. Para já, cerca de 600 pessoas se comprometeram a participar no protesto.
Recordando o protesto da Geração à Rasca, também convocado por quatro pessoas na rede social, que juntou centenas de milhares de pessoas em Lisboa e em outras cidades, esperam que as pessoas «se identifiquem mais» com esta forma de acção.
Professor de Filosofia, Miguel Reis afirmou que nos dois anos de profissão que tem andou sempre de escola em escola. Este ano, não conseguiu colocação.
Como ele, cerca de 37 mil professores não conseguiram colocação no concurso para professores contratados.
«Nunca ficaram tantos professores de fora. É uma irresponsabilidade, porque estamos a desperdiçar profissionais qualificados que são necessários e fazem falta às escolas para combater o insucesso. É a nossa vida e a qualidade do ensino que estão em causa», salientou.
Belandina Vaz, outra organizadora, é professora de História desde 1999 e este ano também não conseguiu colocação.
«Estive sempre com contrato a termo certo, nunca sabendo em Setembro se fiquei colocada ou em que local do país. Já estive no Algarve, no Alentejo, no distrito de Setúbal e também perto de casa, mas com horários incompletíssimos», referiu.
Este ano, como ficou desempregada, resta-lhe «esperar pelos resultados da Bolsa de Recrutamento», em que há lugares disponibilizados semanalmente conforme as necessidades das escolas.
Assim não é maneira de trabalhar, indica Belandina, salientando que «traz instabilidade ao corpo docente e aos alunos, que também são prejudicados porque são capazes de estar um mês sem professor».
As dezenas de milhares de professores desempregados têm que arranjar outros empregos: «Todos os anos vamos ao centro de emprego inscrever-nos, porque pelo menos agora temos direito ao subsídio de desemprego», referiu Belandina.
Agora, afirma que é preciso que «as pessoas voltem à rua, protestem, façam ouvir a sua voz», argumentando que «em 2008 e 2009 houve grandes manifestações e acabou por não acontecer nada...a classe anda um bocado desacreditada».
«É um protesto espontâneo, não há aqui partidos, não há aqui sindicatos. Apelamos a toda a gente que queira vir, que tragam aquilo que quiserem, cartazes, amigos», disse um dos quatro organizadores, Miguel Reis.
Apesar de ser sindicalizado e membro do Bloco de Esquerda, Miguel Reis reitera que o protesto não tem por trás nenhum partido ou organização mas também não lhes é hostil.
«Sou sindicalizado, mas a verdade é que nas últimas concentrações de professores contratados e desempregados convocadas pelos sindicatos junto ao Ministério da Educação esteve sempre muito pouca gente, 40, 50 pessoas», notou.
Por isso, decidiram-se por «uma coisa mais informal, mais espontânea», convocando o protesto para dia 10 de Setembro, no Rossio, em Lisboa, através da rede social Facebook.
Mas Miguel Reis garante que também apoiam a manifestação já apontada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) para 16 de Setembro.
Há um mês que a convocatória do Protesto dos professores desempregados foi publicada porque os quatro organizadores «já previam» os resultados do concurso de colocação de professores. Para já, cerca de 600 pessoas se comprometeram a participar no protesto.
Recordando o protesto da Geração à Rasca, também convocado por quatro pessoas na rede social, que juntou centenas de milhares de pessoas em Lisboa e em outras cidades, esperam que as pessoas «se identifiquem mais» com esta forma de acção.
Professor de Filosofia, Miguel Reis afirmou que nos dois anos de profissão que tem andou sempre de escola em escola. Este ano, não conseguiu colocação.
Como ele, cerca de 37 mil professores não conseguiram colocação no concurso para professores contratados.
«Nunca ficaram tantos professores de fora. É uma irresponsabilidade, porque estamos a desperdiçar profissionais qualificados que são necessários e fazem falta às escolas para combater o insucesso. É a nossa vida e a qualidade do ensino que estão em causa», salientou.
Belandina Vaz, outra organizadora, é professora de História desde 1999 e este ano também não conseguiu colocação.
«Estive sempre com contrato a termo certo, nunca sabendo em Setembro se fiquei colocada ou em que local do país. Já estive no Algarve, no Alentejo, no distrito de Setúbal e também perto de casa, mas com horários incompletíssimos», referiu.
Este ano, como ficou desempregada, resta-lhe «esperar pelos resultados da Bolsa de Recrutamento», em que há lugares disponibilizados semanalmente conforme as necessidades das escolas.
Assim não é maneira de trabalhar, indica Belandina, salientando que «traz instabilidade ao corpo docente e aos alunos, que também são prejudicados porque são capazes de estar um mês sem professor».
As dezenas de milhares de professores desempregados têm que arranjar outros empregos: «Todos os anos vamos ao centro de emprego inscrever-nos, porque pelo menos agora temos direito ao subsídio de desemprego», referiu Belandina.
Agora, afirma que é preciso que «as pessoas voltem à rua, protestem, façam ouvir a sua voz», argumentando que «em 2008 e 2009 houve grandes manifestações e acabou por não acontecer nada...a classe anda um bocado desacreditada».
Lusa / SOL
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