FENPROF não aceita, FNE ainda tem esperança (nada de novo).
"Avaliação. Fenprof já sabe que não haverá acordo na última reunião
Tutela mantém quotas ou a obrigatoriedade do director avaliar topo da carreira. Sindicatos vão pedir novo encontro com Ministério da Educação
As quotas mantêm-se para as classificações de mérito, os directores continuam a avaliar os professores no topo da carreira e só quem conseguir dar 95% das aulas que lhe foram atribuídas no ciclo de avaliação em causa pode aspirar ser "muito bom" ou "excelente". Estas são algumas das posições do Ministério da Educação e Ciência (MEC) que ontem à noite enviou aos sindicatos a terceira versão do projecto sobre o novo modelo de avaliação de desempenho docente.
A mais recente proposta do MEC tem tudo para não agradar os sindicalistas e por isso a reunião que seria conclusiva agendada para esta sexta-feira com a tutela e a Fenprof "será rápida" e sem acordo da maior federação de sindicatos dos professores: "Se for este o documento que é suposto discutir no dia 9 não vale a pena perder muito tempo. Estas propostas já foram apresentadas anteriormente, logo, nós já emitimos e transmitimos o nosso parecer", explicou ao i o líder da Fenprof, Mário Nogueira.
Não há diferenças entre esta e a última versão, a não ser "uma construção do texto com outra arrumação", censura Mário Nogueira que agora só está à espera de saber se a tutela está ou não disponível para aceitar um período negocial suplementar ou então concluir que "se enganou e por lapso enviou aos sindicatos um documento errado". Os sindicatos têm até ao dia 17 deste mês para decidir se pretendem solicitar à tutela mais tempo para agendar nova reunião e tentar um possível entendimento.
João Dias da Silva, da Federação Nacional da Educação, não é tão peremptório no eventual desenlace da última ronda negocial com o secretário de estado da administração escola, apesar de reconhecer o "desencanto" com a mais recente proposta da tutela. "À primeira vista este documento é muito próximo da versão anterior", diz João Dias Silva, salvaguardando que, à hora de fecho desta edição, só foi possível fazer uma leitura superficial da proposta do MEC.
O único "ponto positivo" para a FNE prende-se com o facto do ministério ter recuado na composição do júri que avalia o recurso hierárquico e admitir que os seus membros possam pertencer a outras escolas.
De resto, está tudo em aberto e dependente do que o secretário de Estado João Casanova de Almeida tiver ainda a acrescentar ou negociar, esclarece o dirigente da FNE.
"Há matérias que para nós são decisivas como é o caso dos efeitos da avaliação no concurso de professores ou a atribuição de quotas nas classificações mais elevadas e que poderão ter até novos desenvolvimentos", diz João Dias da Silva, acrescentando que a reunião desta sexta-feira não deve ser entendida como a última a encerrar este processo.
Na proposta da avaliação do desempenho docente, os professores que ambicionarem a classificação "excelente" terão que ter aulas observadas, não ter menos de nove (em dez) na escala de valores e estar num percentil "igual ou superior a 95", patamar aplicado "por universo de docentes a estabelecer por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pela Administração Pública e da Educação".
Para a nota da avaliação final conta 60% da classificação na vertente científica e pedagógica; 20% da "participação na escola e relação com a comunidade" e outros 20% na "formação contínua e desenvolvimento profissional".
Serão ainda os directores a avaliar os professores nos escalões de topo da carreira (9.º e 10.º) e os de oitavo escalão que tenham tido "satisfaz" nos resultados das avaliações antes de 2007 e pelo menos "bom" nas posteriores."
Abraço!
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