sábado, 2 de julho de 2011

Estudar para quê? - I

Estudar para quê? Com a 4ª classe este homem construiu um império...

É claro que isto não é assim tão linear, acredito no conhecimento/instrução adquirido nas Escolas. E já não há histórias destas...

Mas para ter sucesso não é preciso ser "sr. Dr." ou "Eng", basta ter garra. E poucos portugueses a têm (eu, português sem garra, pelo menos sem esta garra do sr. Caetano, me confesso)...

E digo mais: estudar para quê? Quero é ser herdeiro de uma fortuna...


"Salvador Caetano. Tinha a 4ª classe, deixou um império

Já não tinha o poder executivo, mas continuava a ir regularmente à fábrica de autocarros de Gaia, a CaetanoBus. Afinal Salvador Caetano ainda era o chairman do grupo que criou, e ao qual deu o próprio nome. O "sr. Toyota" deixa a décima maior fortuna do país (avaliada em 637 milhões de euros, segundo a revista "Exame"), aos três filhos: Maria Angelina, Salvador Acácio e Ana Maria.

Hoje a fábrica de Gaia estará parada entre as 15h30 e as 18h30 para os trabalhadores poderem prestar a última homenagem ao comendador Salvador Fernandes Caetano. O self-made man de Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, morreu ontem aos 85 anos, vítima de doença prolongada, vai hoje a enterrar na freguesia onde nasceu.

Foi com 11 anos de idade que Salvador Caetano se estreou no mundo empresarial, o pai conseguiu-lhe o ofício de pintor de carroçarias na empresa de viação gondomarense Castro Reis. Assim começa o percurso de um homem de origem humilde e que fez fortuna no sector automóvel. Queria ser era advogado, mas só tirou a quarta classe.

Com 20 anos estabeleceu-se na indústria das carroçarias e, juntamente com o seu irmão Alfredo e com Joaquim Martins, criou, em 1946, a empresa Martins & Caetano & Irmão, L.da, nada mais nada menos que o embrião da Toyota Caetano Portugal, S. A. e do grupo. A sociedade não correu como previsto e os sócios separaram-se, com Salvador a tomar as rédeas. Até que decide montar uma unidade industrial em Vila Nova de Gaia e exporta, pela primeira vez, em 1967, autocarros para Inglaterra. O ano-chave foi 1968, quando se tornou representante exclusivo da Toyota em Portugal. Três anos depois, em 1971, construiu a primeira unidade industrial, em Ovar. Na década seguinte, a montagem atingia já as 100 mil viaturas.

Soma e segue. Em 1982 compra a quase falida A. M. da Rocha Brito, L.da, importadora dos camiões Hino, que viria a proporcionar a representação da BMW em Portugal com a criação da Baviera.

Quando comemorou meio século de actividade, Salvador Caetano tinha criado ou adquirido 50 empresas em vários sectores e representava várias marcas. O projecto mais recente do grupo é o autocarro eléctrico, mas os negócios chegam aos seguros, às renováveis e às tecnologias de informação. O grupo tem vendas anuais superiores a 2,4 mil milhões de euros e emprega mais de 6500 pessoas em Portugal, Reino Unido, Espanha, Alemanha, Cabo Verde e Angola.

Apesar dos títulos, Salvador Caetano não gostava de aparecer, evitando os jornalistas como o Diabo a cruz. Foi cônsul honorário do México no Porto, desde 1994. Foi distinguido com o grau de Comendador da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial pelo governo português, e com a Ordem do Tesouro Sagrado pelo governo japonês."


Abraço!

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