domingo, 10 de julho de 2011

De pequenino se torce o pepino...

Quem não os "domina" enquanto crianças, nunca mais o vai conseguir.

Mas isso dá muito trabalho e nem todos estão dispostos a abdicar de algumas coisas para dispensarem o tempo necessário para a Educação dos filhos - e não me venham dizer que os pais de agora chegam muito mais tarde a casa, mais cansados, a Escola é que os tem que educar, etc, etc. Os nossos filhos são isso mesmo, NOSSOS.


A primeira responsabilidade é nossa. Fomos nós que os aceitamos ter (planeados ou não, amados ou não, queridos ou não). Somos nós  que os temos que educar, dar as maiores bases, definir a linha de acção. Depois é que aparecem os outros agentes externos - avós e outros familiares, amigos, professores e outros - que contribuem. Mas se a raiz for boa, a árvore aguenta-se mais facilmente.

Há excepções? Claro que sim, no melhor pano cai a nódoa. Mas o que vemos por aí aos montes não são excepções, pois não?...


"Os malcriados e a gramática

por Inês Teotónio Pereira



Tenho mais uma teoria sobre o comportamento infantil que tal como todas as outras teorias que reservo ainda carece de alguma (escassa, diga-se) demonstração: diz ela, a teoria, que as crianças são à partida e tendencialmente mal-educadas. Todas. Se puderem escolher, as crianças optam por se assumirem como pequenos selvagens sem obediência a quaisquer regras sociais de forma a garantir um convívio agradável/possível entre elas e os outros (nós). Segundo esta minha teoria, a gravidade deste fenómeno comportamental apenas verificável através de observação e de uma ou outra experiência com os filhos dos outros - porque os nossos não são malcriados (nós não criamos nem educamos mal coisa nenhuma quanto mais os nossos filhos) são livres, extrovertidos ou na pior das hipóteses rebeldes - é o que isso pode originar. Ou seja, uma criança malcriada quase sempre origina um adulto malcriado que pode facilmente chegar ao nível de javardo. 

Uma criança que não sabe esperar pela sua vez, que come de boca aberta, que diz palavrões, que insulta quem a contrarie, que cospe na sopa e bate na avó, não tem qualquer hipótese de vir a perceber na adolescência (altura em que todas as tendências multiplicam a sua intensidade por 19 990 mais coisa menos coisa) que tem de mudar. Ela não muda. Pode disfarçar, mas custa-lhe não o faz sem querer, automaticamente. As regras de educação, as sociais, são como todas as outras: de higiene, ambientais, de trabalho, de disciplina, de saúde, de alimentação, etc. e todas elas são como a gramática: ou as aprendemos quando somos pequeninos, ou nunca as conseguiremos sequer perceber, quanto mais decorar. "


Abraço!

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