sexta-feira, 13 de abril de 2012

Mais alunos por turma no próximo ano

30?  Só? Isso só dá para 5 equipas de Voleibol, ou 6 de Futsal... E se eu quiser fazer 3 equipas de Futebol?

30 numa sala? Pede-se à Parque Escolar para deitar uma parede abaixo e dá-se aulas a 2 turmas de cada vez...

Como recomenda a OCDE, temos que nos centrar mais no aluno. Com trinta, temos mais alunos para nos centrarmos...

Mas sabem que mais? Quem se desenrasca com 28 também se desenrasca com 30. Quem se desenrasca com 30 depois vai-se desenrascar com 32... e de desenrasco em desenrasco levamos com estas medidas. Comemos e calamos, como já há muito fazemos.

Um dia isto vai ser diferente: só temos que nos sentar e esperar. O problema é que vai ser diferente para pior...


"Um despacho do Ministério da Educação e Ciência (MEC), que será publicado nesta sexta-feira em Diário da República, determina que, do 5.º ao 12.º ano, o número máximo de alunos de turma passará a ser de 30 em vez dos 28 actuais. Por outro lado, para a constituição de turmas será necessário um número mínimo de 26 alunos. Até agora eram 24.
Em Agosto passado, o MEC já tinha aumentado de 24 para 26 o número máximo de alunos por turma no 1.º ciclo, tendo então justificado com uma “procura excepcional de matrículas” neste nível de escolaridade. Este novo limite mantém-se.

Conforme já anunciado pelo ministro da Educação, Nuno Crato, o despacho confirma a possibilidade de, no ensino básico, os pais poderem escolher a escola dos seus filhos independentemente de qual seja o seu local de residência, mas as vagas existentes nas escolas continuarão a ser distribuídas como até agora, tendo prioridade os alunos com necessidades educativas especiais, os que têm irmãos matriculados no agrupamento e aqueles cujos pais residam ou trabalhem na área de influência da escola.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) já reagiu: "Os governantes devem estar loucos". Numa nota enviada à comunicação social, a maior federação de sindicatos de professores lembra que esta medida é conhecida depois de a OCDE ter chamado a atenção de novo para os índices "muito elevados" de insucesso dos alunos portugueses.

"Nuno Crato dá assim cumprimento ao seu axioma de que a qualidade das aprendizagens dos alunos é directamente proporcional à grandeza numérica da turma em que se inserem", afirma a Fenprof. Em Janeiro, durante uma audição na comissão parlamentar de Educação, Crato disse que "não está demonstrado que o aumento do número de alunos por turma prejudica a aprenziagem".

"Vitor Gaspar vê assim cumprida a norma orçamental que impõe esta medida", afirma também a Fenprof, que classifica esta medida como um "atentado à qualidade de ensino". "

Abraço!

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