quinta-feira, 5 de abril de 2012

Contratados: Exame de ingresso na carreira

A ideia já é antiga e está prevista na lei. Agora parece mesmo que avança.

Não há pormenores. Não é para todos os contratados, vai depender de um determinado tempo de serviço que ainda não está estipulado.

Outro pormenor a destacar é a vontade de dar mais autonomia aos agrupamentos para a contratação dos docentes. A intenção é boa: escolher o melhor professor independentemente do tempo de serviço. Mas todos receiam que se abra a porta (que já está aberta nas TEIP e escolas com autonomia) do fator "C".

Mas quero ser otimista: se dão autonomia para contratar podem pedir responsabilidade nos resultados. Se contratarem os familiares e amigos podem não estar a contratar profissionais competentes e depois... E não há assim tantos primos e amigos para encher todas as vagas (digo eu). Quem conseguir comprovar que é bom vai ter mais hipóteses de trabalhar por mérito próprio. E pode ser uma forma de colocar os professores mais perto da sua área de residência. Ficam as esperanças...

"Professores vão fazer exame de ingresso na carreira este ano

Os professores com menos tempo de serviço vão realizar este ano civil uma prova de avaliação que terá influência no concurso de colocação, com vista a seleccionar os melhores docentes, afirmou hoje o ministro da Educação.

Nuno Crato respondia a perguntas dos jornalistas no final de um almoço do American Club, em Lisboa, em que falou das medidas que o Governo português tem estado a desenvolver na área da Educação.

Os moldes em que a prova vai ser aplicada estão ainda a ser discutidos pela equipa de Nuno Crato, que admite, no entanto, dispensar daquele exame “professores com um determinado tempo de serviço”, tal como chegou a ser equacionado pela tutela de Maria de Lurdes Rodrigues.

Durante o discurso que proferiu perante a plateia de convidados, o ministro sublinhou que a peça principal do ensino são os professores e que estes só podem ensinar bem se dominarem o conhecimento das matérias que têm de transmitir.

De acordo com Nuno Crato, não basta aumentar a escolaridade obrigatória e pôr mais dinheiro na educação para melhorar a qualidade do ensino.

Aos jornalistas, Crato afirmou que estão a ser introduzidas algumas mudanças em relação ao recrutamento e à formação inicial de professores.

“Queremos dar, na formação inicial de professores, mais peso aos conteúdos. Ninguém pode ensinar muito bem se não dominar aquilo que vai ensinar. E estamos a introduzir uma prova de acesso à carreira docente, que, aliás, está na lei, mas que vai este ano ser implementada”, indicou.

Os professores do quadro não terão de se submeter a esta avaliação, mas “para entrar na profissão, em termos definitivos, vai haver uma prova de acesso”, garantiu o ministro.

Nuno Crato referiu também a autonomia que progressivamente está a ser dada às escolas e manifestou o desejo de a ver reforçada.

“Estamos a reforçar os contratos de autonomia, têm sido experiências muito positivas”, disse, acrescentando que, havendo ainda concursos nacionais, a equipa que dirige gostaria também que “houvesse uma maior autonomia das escolas na contratação de professores”.

São questões que, segundo o ministro, têm de “ser resolvidas a pouco e pouco”.

Aos participantes no evento, Nuno Crato disse que o Governo está empenhado em reforçar os conhecimentos dos alunos nas matérias essenciais e seleccionar os melhores professores para melhorar a qualidade do ensino.

“A peça essencial que garante a qualidade do ensino chama-se professor. Sem bons professores é muito difícil ter sucesso no sistema de ensino”, afirmou, destacando: “Estamos a dar uma grande atenção à formação inicial de professores, avaliação e selecção. Queremos que os professores que vão ensinar sejam aqueles mais bem preparados”."

Abraço!

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