terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Jovens portugueses correm riscos online e apagam "vestígios"

(Este tema está está em voga nestes últimos dias. Até aqui já escrevi mensagens relacionadas nos últimos tempos.)

Espertalhões, estes jovens portugueses. Ou simplesmente apagam o histórico ou navegam no "InPrivate", isto não é difícil.

Ou sabem outras coisas que eu não sei... nem os pais deles.

Hoje em dia sabem mais do que nós neste mundo "interneticodigital" (vou aproveitar o novo acordo e registar esta nova palavra) e temos que acelerar o passo para nos mantermos ao nível deles.

Não se esqueçam que agora muitos têm computador barato e acesso à internet com desconto, nestas coisas do e-escola. E mais barato fica para quem é mais pobre (?), o que poderá significar que os pais destes serão menos instruídos nesta área e mais fáceis de enganar (muitos nem se importam de ser enganados, instruídos ou não, apenas não querem saber).

Mas chega de extrapolações/suposições. Leia a notícia do TEK:


"Os jovens portugueses sabem mais sobre segurança e privacidade online que os seus pais e não se inibem de usar esse conhecimento para ocultar dos próprios educadores por que sites passam quando navegam na Internet.

Num cenário em 31 por cento dos pais afirma não tomar quaisquer medidas para limitar ou controlar a utilização da rede pelos filhos, 62 por cento dos jovens portugueses confessa apagar o histórico ou a cache do browser para impedir que os pais monitorizem a sua actividade online.

Os números são de um estudo hoje divulgado pela Microsoft a propósito do Dia Europeu da Internet Segura.

Os dados recolhidos em Janeiro, junto de pais e jovens (entre os 14 e 18 anos) que usam o portal MSN, mostram que 93 por cento dos adultos já falaram com os filhos sobre os potenciais perigos online e 74 por cento acredita que estes tomam as precauções necessárias no que respeita à informação partilhada online.

A ideia não deixa de estar correcta, se tivermos em conta que 81 por cento dos jovens afirmam permitir o acesso aos seus perfis nas redes sociais apenas a familiares e amigos e sabem como usar as definições de privacidade destes serviços para limitar o acesso.

A questão é: deverá isso ser suficiente para descansar os adultos? Cinquenta e nove por cento dos pais parece concordar que não, afirmando que recorre a restrições de acesso online ou software de filtragem.

Trinta e seis por cento dos jovens parecem dar causa a esta posição, quando afirmam aceder a sites ou usa jogos online "com os quais os pais provavelmente não concordariam".

Mesmo com a maioria dos adultos a afirmar que tomam medidas, 38 por cento confessam não saber se os filhos estão a limitar o seu acesso às suas páginas nas redes sociais, por exemplo.

Podem não saber também que 39 por cento dos adolescentes já mentiram online quanto à idade, que 72 por cento foram contactados por estranhos e 42 por cento responderam "por curiosidade".

Sessenta e dois por cento admitem também já ter comunicado através de uma rede social com o intuito de ofender ou intimidar alguém.

E embora 5 por cento dos que foram contactados por estranhos online tenham ficado com medo e outros 5 por cento "preocupados", 17 por cento dos entrevistados afirma que se sentiria confortável com a ideia de se tornar amigo de adultos na Web - algo que não fariam normalmente. Dezasseis por cento afirma que se sentiria à vontade para partilhar online segredos que normalmente não contariam."

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Estejam atentos. Isto vai lá mais depressa com a educação/diálogo do que com a vigilância/restrições. Não se esqueçam que eles usam a internet também fora de casa, noutros computadores (ou ipads, ou telemóveis, ou nas wii - e por aí fora!), com a ajuda de colegas...

Abraço!

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