"Ou, pelo menos, um miúdo que não vai acabar os dias enterrado até ao pescoço em dívidas de cartão de crédito. Sim, vale a pena começar logo no infantário."
É assim que começa esta interessante notícia do Metro.
Há um tempo atrás já abordei a importância dos mais pequenos estarem a par de coisas simples da economia (preços, poupança, dívidas, entre outros) e agora ao ler esta notícia decidi reforçar a mensagem.
"Hoje, 93% dos pais de jovens estão preocupados porque os seus filhos vão gastar mais do que têm, acumular dívidas e não ter dinheiro para fazer face a uma emergência."
"81% não ensinam o que é e como se deve investir.
80% nunca falaram do custo da escola
71% nunca explicaram o que são juros e taxas
80%não os envolvem em decisões sobre poupanças
76% não costumam falar de dinheiro
71% nunca ensinaram a usar o cartão de crédito
72% dos miúdos que aprendem a poupar tendem a fazê-lo regularmente
Os pais têm de começar a educação financeira muito antes de os filhos chegarem a adolescentes.
Porque lidar com dinheiro conta com dois factores essenciais: sabedoria e hábito.
A melhor idade para os ensinar a ter hábitos é quando ainda estão no ardim infantil. Se esperamos pelo liceu, vai ser muito mais difícil que eles ganhem novos hábitos.
A organização norte-americana “Pay Your Family First” sugere que se ensine os primeiros conceitos monetários a miúdos de 4/5 anos. Só a partir desta idade é que são capazes de distinguir a diferença entre uma nota de 5 e 20 euros, por exemplo.
Começar com o porquinho mealheiro pode ser uma boa ideia.
Aquilo que damos aos filhos deve ser visto como muito valioso, um tesouro que deve ser muito bem guardado ou para gastar apenas em ocasiões especiais. As lições que aprenderem com essa idade ficarão para o futuro.
As crianças e jovens devem perceber bem a diferença entre desejo e necessidade. Por exemplo, se pedem alguma coisa que custa o dobro só por causa da marca, obrigue-os a pagar a diferença em dinheiro retirado da mesada ou a fazer um trabalho doméstico em troca."
Mais tarde poderei ter oportunidade de debruçar-me mais e melhor sobre este artigo.
Abraço!
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