terça-feira, 9 de novembro de 2010

Funcionários públicos vão poder desistir da ADSE

"A proposta de lei prevê que a ADSE passe a funcionar como um seguro de saúde, cabendo a cada funcionário escolher se quer ou não beneficiar do sistema que comparticipa consultas, medicamentos e cirurgias.


Para o dirigente da Frente Sindical da Administração Pública, José Abraão, esta alteração poderá pôr em causa o financiamento do sistema. “Pode ser fortemente comprometedor, porque aparentemente haverá sempre a tentação para outras alternativas, nomeadamente criando condições para os mais altos salários abandonarem a ADSE e aquilo que é sistema que devia ser solidário, acaba por não ser”.

Já Ana Avoila, da Frente Comum, considera que esta proposta abre caminho para o Governo acabar com o sistema ou então para aumentar os descontos dos funcionários públicos."
RR

"No artigo 17.º da proposta a que o PÚBLICO teve acesso prevê-se que "os beneficiários podem, a todo o tempo, renunciar a essa qualidade" e acrescenta-se que essa "renúncia tem natureza definitiva" e impossibilita uma nova inscrição."

"Já os novos funcionários terão seis meses, contados a partir do momento em que entram para a função pública, para se inscrever na ADSE."

"...a proposta prever que os actos e cuidados médicos comparticipados pela ADSE passem a ter um número limite, além de uma duração temporal também previamente limitada."


Podem ainda ler a lista dos cuidados médicos que vão ser excluídos aqui.

Cortam nos salários, cortam na ADSE, cortam nas contratações... Ainda há vontade de ser professor?

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