"O Governo vai concluir até final do ano lectivo uma nova estratégia para o currículo do ensino básico e secundário, baseada na definição de metas de aprendizagem para cada ciclo e áreas nucleares, segundo as Grandes Opções do Plano." - Uma nova estratégia é necessária, sem dúvida! Mas há algo que me deixa já de sobreaviso quando são medidas do Ministério da Educação...
"Pretende-se fazer ajustamentos no plano de estudos do ensino básico, de forma a reduzir o número de unidades curriculares simultâneas em cada ano de escolaridade" e a "promover uma maior flexibilidade de gestão", bem como a "efectiva integração curricular de áreas transversais", como a Educação para a Saúde e a Educação para a Cidadania.
Estas iniciativas serão desenvolvidas "de forma faseada até ao ano lectivo 2012-2013", de modo a assegurar mecanismos de consulta, acompanhamento e monitorização." - Quer isto dizer que vão dar ouvidos a quem conhece a realidade?
"O Governo compromete-se também diversificar a oferta educativa e formativa dirigida aos jovens do ensino secundário, "através da valorização das modalidades de dupla certificação, de uma oferta adequada aos seus interesses e expectativas e da conclusão da reforma do ensino artístico". - Convém, uma vez que está a chegar a obrigatoriedade do Ensino Secundário. Não queria ver arrastar marasmo (e malabarismo) que é manter os alunos até ao fim do Básico para a realidade do Secundário...
"Prevê igualmente consolidar e desenvolver programas e projectos destinados a melhorar as competências-chave e combater o insucesso e abandono escolar precoce, apostando na "prevenção e detecção" de situações de risco, com o envolvimento das famílias e da comunidade local." - Pois, envolver a comunidade e a família... até parece bem, mas o que tenho visto deste envolvimento não tem servido para melhorar, é mais para criticar, agredir, trazer problemas de fora para dentro da escola...
"O Governo destaca o Plano de Acção para a Matemática e adianta que o Plano Nacional de Leitura terá uma segunda fase a partir de 2012.
As Grandes Opções do Plano preconizam ainda programas de formação contínua para professores em português, matemática, ciências experimentais, inglês, tecnologias da informação e comunicação, educação para a saúde." - Formação? Sim, eu quero! A não ser que seja tanta que se esgote nos Quadros que precisam de subir de escalão. Vou dar o benefício da dúvida, mas com cortes no orçamento...
"Às escolas classificadas como Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP) são prometidos "recursos humanos e pedagógicos adicionais". - Cortes no orçamento, aumento de recursos... vão ter que cortar em algum lado. E talvez fosse melhor rever este conceito de TEIP e a sua autonomia. Já que são autónomos e têm privilégios em relação aos outros Agrupamentos, porque não começar a pedir contas do sucesso que nem sempre obtêm?
"Irá também ser aprofundada a dimensão inclusiva da educação especial, designadamente através do estudo de modalidades de diagnóstico precoce na educação do pré-escolar e no 1.º Ciclo, da caracterização da população educativa com necessidades especiais", entre outras medidas para aperfeiçoamento do regime em vigor." - Aperfeiçoar, ou eliminar e recomeçar, porque assim não parece estar a resultar.
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