A análise de um jornal de economia à situação atual e futura das Escolas e Professores.
Mais uma vez a realidade: o que está por detrás de todas as mexidas é a popança!
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Fazer mais com menos: o mote pode até servir para ilustrar a estratégia em todas as áreas sociais, mas em nenhuma fará tanto sentido como na Educação. Nuno Crato herdou a pasta com o maior corte de verbas desde o 25 de Abril. Além de ter que cumprir a meta de 380 milhões de poupança imposta pela ‘troika', o ministro gere a Educação e a Ciência com menos 600 milhões em 2012, (cerca de 0,4% do PIB). Contas feitas, um corte de 8% na despesa do Estado, estimada em 7.800 milhões. Para isso, há duas medidas essenciais a tomar até final do ano que prometem contestação: prosseguir o encerramento de escolas do primeiro ciclo com menos de 21 alunos (uma poupança de 175 milhões); e reduzir o número de professores contratados, implementando a reforma curricular do básico e secundário que extingue e funde diversas disciplinas e que, previsivelmente, deixará de fora do sistema milhares de docentes a contrato. Perante isto, o Governo apresenta como eixo estratégico de intervenção o reforço da autonomia das escolas. "Uma boa intenção que corre o risco de ser pouco mais que isso", defende Manuel Esperança, presidente do Conselho de Escolas. Isto porque, defende, se está "aplicar a todas as escolas a mesma receita, o que não faz sentido". As queixas, explica quem está no terreno, prendem-se sobretudo com o número de horas que se permite retirar à componente lectiva (tempo de trabalho a ensinar) de quem tem tarefas de gestão ou direcções de turma a seu cargo. Regras que "nem sempre permitem escolher os pessoas mais indicadas para a gestão porque, por exemplo no caso dos professores mais jovens, que são obrigados a uma grande carga horária de componente lectiva, não deixa de todo tempo disponível para assumir trabalho de gestão." Daí, conclui o professor, "apesar da intenção, parece que subsiste o medo de dar efectiva autonomia de gestão às escolas, para conseguir cumprir objectivos de poupança." E isso, "em muitos casos, vai dificultar enormemente o trabalho de gestão nas escolas"."
Económico
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