terça-feira, 29 de maio de 2012

"Importar" estudantes é uma forma de "exportação"

É uma forma de exportação, como já referi nesta mensagem de 5 de abril.

"Portugal está à procura de estudantes norte-americanos

Portugal participa esta semana pela primeira vez na maior feira universitária dos Estados Unidos, à procura de atrair para o país estudantes de ensino superior norte-americanos.

Para Fátima Fonseca, directora da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), o potencial de crescimento do número de estudantes norte-americanos que escolhem Portugal para fazer um ano ou um semestre lectivo é «bastante grande», dos actuais 200 por ano para perto de países como a República Checa, que capta perto de 3.000.

«Há um conjunto de razões que podemos `vender' nos Estados Unidos para captar o interesse para a escolha de Portugal como destino de formação», disse à Lusa.

Estas passam pela cotação internacional de universidades e centros de investigação portugueses, mas também o facto de ser um país europeu com História, «que pode abrir portas para outros mercados de língua portuguesa como o Brasil», adianta.

As «vantagens comparativas», incluindo para luso-descendentes, refere, incluem ainda a segurança, o custo relativamente baixo e o clima.

Recentemente, a FLAD apoiou a criação do primeiro programa de estudos no estrangeiro, que vai enviar alunos da Universidade de Massachusetts para Lisboa já a partir deste ano.

Com a participação na NAFSA 2012 - Association of International Educators, de 29 de maio a 1 de Junho na cidade de Houston, pretende-se gerar interesse de outras universidades norte-americanas para que sejam lançados mais programas do género, multiplicando a oferta ao dispor de alunos.

«Sentimos que há outras vontades para [mais programas] acontecerem, mas tem de haver conhecimento mútuo, um trabalho bilateral. Esta primeira presença como país dá a conhecer aos Estados Unidos e ao mundo» a oferta de ensino portuguesa, afirma.

A FLAD tem inclusivamente aberto um concurso que subsidia algumas das despesas inerentes à criação de programas do género study abroad ou summer school.

Este programa, 'Study in Portugal', é coordenado pela Fundação Luso-Americana (FLAD), em parceria com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, a Comissão Fulbright Portugal, o Turismo de Portugal, a AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a Embaixada dos EUA em Portugal e algumas câmaras municipais.

Tal como o programa Erasmus na União Europeia, os alunos norte-americanos têm por hábito passar um semestre ou um ano numa universidade fora do país, sendo os preferidos países europeus como a Espanha, que recebe perto de 20 mil estudantes por ano.

«Hoje Portugal não está muito no circuito destes programas e uma das razões é que as universidades portuguesa não se têm promovido nos Estados Unidos», afirma Fonseca.

Na feira, com perto de oito mil participantes de 80 países, Portugal nunca esteve representado.

Este ano terá 27 pessoas, e todas as universidades portuguesas mostrarão a sua oferta académica, directa ou indirectamente.

Para Fátima Fonseca, as universidades portuguesas têm na captação de alunos estrangeiros uma oportunidade para compensar a previsível descida futura do número de alunos de ensino superior, por razões demográficas."
Diário Digital

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