quinta-feira, 1 de março de 2012

Holanda: por lá faz-se assim...

Como se diz, "lá não é como cá"! A nossa tendência é para vermos os outros países sempre exemplares, onde não há cá confusões e trapalhadas como no nosso.

Isto das comparações serve para o que serve e corremos o risco de fazer cá só porque resultou noutro país qualquer. É preciso contextualizar, saber porque resulta no outro país, encontrar "adaptações", estudar muito bem os casos e, depois de um trabalho sério, ver se interessa tudo, nada ou uma parte.


"Educação na Holanda como referência

A liberdade de ensinar, a liberdade de abertura de estabelecimentos de ensino e a liberdade de escolha da escola pelos pais, na Holanda, foram os pontos mais debatidos no seminário desta manhã na Fundação Calouste Gulbenkian, sobre o Modelo de Ensino Holandês, organizado pelo Fórum pela Liberdade para a Educação.

Definido por Paul Zootjens, professor de Direito e membro do Conselho de Educação da Holanda, como um "modelo descentralizado", o sistema de educação holandês permite a cada escola "criar a sua própria identidade, regendo-se pelas religiões e filosofias que entender". Em alguns casos é autorizada a selecção ou exclusão de docentes e alunos.

A liberdade de escolha da escola pelos encarregados de educação permite aos pais a escolha do modelo de ensino que mais se adapta à sua forma de ver o mundo: "É um ponto a favor o facto de eu poder escolher colocar o meu filho não na escola mais próxima de minha casa mas na escola que se identifica mais comigo", afirmou Frans de Vijlder, professor de Governo e Inovação nos Sectores Sociais na Universidade de Arnhem/Nijmegen.

Outra das grandes diferenças apontadas entre o sistema de educação português e holandês é o facto de neste último também o programa curricular ser uma opção das escolas. Existe apenas a obrigação de leccionar a língua holandesa, a Matemática e pelo menos mais duas línguas estrangeiras.

Estima-se que, na Holanda, o financiamento do Estado à Educação seja de cerca de 36 mil milhões de euros por ano. Naquele país a tarefa de gestão das escolas cabe a administrações que têm total responsabilidade sobre a forma como gastam o dinheiro e os resultados obtidos pelos alunos. Ao Governo cabe a aferição da qualidade do ensino.

Ao longo dos anos, a Holanda tem mantido uma elevada eficiência no campo educacional, conseguindo bons resultados em testes internacionais como o PISA e o TIMMS, aproximando-se dos países asiáticos.

O seminário contou ainda com a presença de Henk Soeters, Embaixador do Reino dos Países Baixos."
Correio da Manhã

Abraço!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Porque me interessam outras opiniões! Tentarei ser rápido a moderar o que for escrito, para poder ser publicado.