quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sinalizar alunos em risco

Se a intervenção da comunidade for para ajudar, sou todo a favor. Parece o caso.

O que me "chateia" (para ser comedido na expressão) é querem entrar na Escola só para estragarem o que é bem feito, questionarem competências de quem é competente, gritarem por direitos que não têm ou não merecem, abusarem de quem é bem intencionado e outras situações que quem anda nesta vida do Ensino conhece.

Já o disse anteriormente: recordo sempre um colega, era eu estagiário, que nos pôs alerta sobre a entrada da comunidade na Escola. Defende que, e infelizmente tenho que dar-lhe razão, na maior parte das vezes não é para ajudar...

"EPIS quer ajudar o Estado a criar sistema que sinalize alunos em risco



Os Empresários pela Inclusão Social (EPIS), que têm apoiado milhares de crianças e adolescentes no percurso escolar, defendem a criação de uma plataforma electrónica nacional que sinalize os casos de risco e as taxas de resolução.

Ao fim de três anos no terreno constataram que o sistema existente funciona “muito em roda livre”, com falta de articulação entre as diferentes entidades envolvidas, e manifestam-se disponíveis para colaborar com o Governo na criação de uma rede de reencaminhamento de jovens com problemas de insucesso escolar, associados ao contexto socioeconómico em que vivem.

A ideia foi transmitida à agência Lusa pelo director-geral da EPIS, Diogo Simões Pereira, na véspera do lançamento do livro “Jovens de Futuro”, um manual destinado a divulgar boas práticas que podem ajudar estes alunos a “conquistar o futuro”.

O livro espelha o trabalho desenvolvido em dez concelhos, desde que em 2008 a associação montou um sistema de sinalização dos alunos a precisar de ajuda.

“O nosso grande objectivo é que essa experiência possa ser transformada num sistema ou numa base de dados ou site, a nível nacional, porque existe muita falta de informação centralizada destes casos e destes factores de risco”, declarou.

“Sobretudo não há um sistema que permita formas de acompanhamento e controlo, de avaliação destes casos, que são graves, a nível nacional, sustentou o co-autor do livro.

Para Diogo Simões Pereira, existe uma entidade – a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens – que “poderia ter eventualmente um sistema informático que ajudasse, por um lado, a comunicação da sinalização a ser mais rápida”, mas depois haver controlo das taxas de resolução.

“Gostaríamos muito de poder participar num projecto dessa natureza e a EPIS estaria também disponível para investir e para apoiar o Estado”, avançou.

A EPIS tem já a experiência de uma rede de mediadores para o sucesso escolar, constituída por 40 elementos, que trabalham a tempo inteiro nas escolas com alunos de risco previamente identificados, sobretudo no 3.º Ciclo, quando se verifica o maior perigo de retenção e abandono escolar.

“Trabalhamos com os jovens para melhorarem e medimos as notas todos os períodos”, explicou, acrescentando que são envolvidos neste processo os parceiros locais.

No livro, com prefácio do ex-ministro da Educação David Justino, são incluídos dados estatísticos sobre a escolaridade em Portugal e casos reais de alunos abrangidos pelo projecto.

Entre 2007 e 2010, o projecto passou por 88 escolas e cerca de 30.000 alunos.

De acordo com David Justino, a criação da EPIS foi, em 2006, “uma das mais marcantes respostas ao desafio lançado pelo Presidente da República visando um compromisso dos portugueses para a inclusão social”.

Além de Diogo Pereira, assinam o livro Paulo Nossa, José Manuel Canavarro, Rita Vaz Pinto e Luísa Mantas.

Os autores consideram que perante a detecção de cenários de elevado absentismo escolar, os mecanismos colocados ao dispor da escola são “morosos e de reduzida eficácia”."

Abraço!

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